Capítulo 1

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Oi Oi Oi, leitores.

Eu não disse que nos veríamos de novo?

Quero agradecer antecipadamente por terem dado uma chance para Tentar, podem ter certeza que não vão se arrepender.

Vim avisar que a partir de hoje terei um cronograma de postagem, ou seja, toda sexta-feira terá um capítulo novo para vocês lerem e conhecerem um pouquinho mais sobre a nossa querida Aalis.

Aproveitem a leitura!!


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       Desde cedo disseram que eu não seria uma garota fácil. Eles estavam certos.

       O caminho em direção a entrada do reformatório não era muito longo, apenas uma estrada de pedras já soltas que se seguiram por cerca de cinco metros até chegar a uma grande porta de aço já demonstrando estar com seus dias contados.

       O homem que me levava para dentro não parecia ser nem um pouco simpático, um óculos escuro cobria boa parte de seu rosto, mas se percebia o quão séria era sua expressão. Pelo visto ele não estava lá para brincadeiras, isso explicava o fato de estar puxando meu braço com força enquanto caminhávamos para o triste destino que me esperava de braços abertos, um ano vivendo no Reformatório San Rafael para então ser realocada para a Penitenciária Estadual de San Quentin em que passaria mais cinco anos de minha vida. A situação não era nada boa.

       Ao chegar na secretaria fui levada até um balcão onde um homem narigudo de cabelo grisalho mais velho que meu acompanhante digitava em seu computador. Quando nos viu chegar, o mesmo parou o que fazia e deu um estranho sorriso para mim.

       — Você deve ser a Aalis De Freyn, estou certo?

       Concordei com a cabeça em silêncio.

       O homem então pegou um pequeno amontoado de folhas e me entregou junto de um caneta. Na primeira folha estava escrito o nome do reformatório e logo abaixo havia uma ficha com todos meus dados, inclusive uma foto três por quatro. Era a foto de uma garota de aproximadamente quinze anos com cabelos platinados, olhos azuis cristalinos que brilhavam intensamente e um pequeno sorriso estampado em seu lábios rosados. Eu mal pude me reconhecer naquela foto. Meus cabelos já se encontravam com boa parte da raiz castanha aparecendo, os olhos antes azuis brilhantes agora estavam tão apagados que poderiam até ser confundidos com cinza, e aquele sorriso nunca mais havia aparecido em meus lábios que agora eram secos e rachados. E o pior de tudo, aquela foto havia sido tirada a apenas dois anos.

       — Assine onde diz seu nome.

       Eu fiz o que ele mandou, assinei com minha caligrafia irregular no local indicado e devolvi para ele a ficha e a caneta.

       — Muito bem, aqui está o papel com o número de seu quarto, todas as devidas instruções sobre o funcionamento do reformatório serão explicadas amanhã durante o café da manhã dos novatos na cantina ao norte do pátio — disse me entregando um pequeno pedaço de papel com alguns números rabiscados por uma pessoa com pressa.

       Peguei o papel e concordei novamente com a cabeça, não sabia onde ficavam esses lugares e pelo visto teria que descobrir sozinha.

       O homem que havia me levado lá me empurrou para que começasse a andar e assim eu o fiz.

       Uma porta com senha estava logo à nossa frente, mas após ele digitar uma meia dúzia de números ela rapidamente se abriu e eu novamente fui empurrada. Pelo visto seria algo contínuo durante minha estadia lá.

TentarWhere stories live. Discover now