Excitante

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Na segunda de manhã o Chris veio me buscar em casa para me levar a escola. Tomei um susto quando peguei a mochila, me censurando por estar atrasada, e ouvi a buzina. Olhei pela janela do meu quarto, vendo o carro prata. Desci as escadas correndo e recebi um olhar preocupado da minha mãe. Dei de ombros e saí, fechando a porta atrás de mim. 

Corri para o carro e entrei sentando no banco do passageiro. Beijei ele, que esperava o meu beijo. 

_ Eu diria que a escola fica a duas quadras daqui, como protesto. Mas estou atrasada, e neste caso, só posso dizer: obrigada.

_ Não se preocupa. Eu fiz isso por um beijo _ ligou o carro e seguiu estrada.

Todo mundo nos olhou, mas muitos olhares desviaram depois. Não éramos  mais novidade. Nem o fato do nosso relacionamento ser fixo era mais novidade,  depois da ameaça do Chris. 

Ainda deu tempo de dar uns beijinhos no Chris, num cantinho do jardim, antes da aula. Ficamos juntos no almoço, e em todos os intervalos de aula. O Chris era carinhoso e atencioso. E conversava tão bem! Marcamos de nós ver a tarde.

Me apressei com a lição para não dar motivo para a minha mãe proibir.

Desci as escadas e fui a cozinha para fazer um lanche, e minha mãe estava lá. 

_ Tá saindo com Christopher, Yasmin? Aquele Christopher? 

_ Sim.

_ Mas ele já saiu com o bairro inteiro. Não tinha um garoto mais tranquilo?

_ Eu gosto dele.

_ Isso é  sério? 

_ Parece que sim.

_ Como assim, parece. Você não sabe?

_ Ele disse que sim. Mas é o Christopher. Eu acredito nele, mas não vou te induzir a acreditar também. 

Minha mãe esboçou um sorriso e ficou mais segura quanto a mim e minha escolha.

Escutamos a buzina e minha mãe  se zangou _ Fala pra ele parar de buzinar quando vem aqui. Nos podemos ouvir o barulho do motor se aproximando, não somos dementes. 

_ Vou falar _ sorri e beijei o seu rosto antes de pegar a minha bolsa e ir até o carro. 

_ Minha mãe não quer que você buzine _ informei antes do beijo.

_ Tudo bem _ ligou o rádio e seguiu a estrada, com o carro que já estava ligado.

Fomos a uma praça de recreação que também tinha quadra e pista de skate. Sentamos num banco a sombra e ficamos namorando. 

_ Como você planeja o seu futuro? _ a pergunta veio do nada.

_ Com você _ respondi sincera.

_ Não é disso que estou falando. Quero saber que faculdade você vai fazer. Coisas deste tipo.

_ Eu não decidi ainda. E você? 

_ Nada.

Lancei um olhar de estranheza.

_ Te perguntei pra ver se você me dava uma luz _ deitou a cabeça em meu colo.

_ Porquê está fazendo Teatro? 

_ Pra perder a timidez _ lancei um olhar de dúvida _ Que foi? Você não acredita que eu sou tímido? 

Balancei a cabeça, deixando o assunto pra lá. Acariciei a sua cabeça olhando ao redor _ Talvez eu faça direito ou administração. 

_ Que garota mais séria _ sorriu _ Acho que você gostaria de algo mais gratificante e humano.

_ Você sabe que advogar e administrar é algo gratificante e humano, não  sabe?

_ Sei. Mas pensei em você com crianças ou filhotinhos. 

Fiz uma careta pra ele. Eu não me via como um tipo maternal. Onde ele pretendia chegar com essa conversa? 

Avistou um carrinho de sorvete e foi até lá. Voltou com um sorvete para mim, no meu sabor favorito, e outro sorvete para ele. Ora, ora! Vejam só! Ele andou, mesmo, me observando. Gostei.

Ficamos assim a semana toda, só namorando. Era estranho que ele não quisesse mais, na minha opinião.

Até sexta a noite, quando fomos a uma festa de um amigo do amigo dele. Acabamos no quarto de alguém. Já  chegamos nos beijando ele tirou a minha calcinha entre os abraços, beijos e carícias. Deitamos na cama e ouvi o seu zíper sendo aberto antes do seu membro apontar e se fazer sentir na entrada da minha vagina. Ofeguei em suspense e gemi ao sentir o seu corpo encaixar no meu.

Parecia ansioso por isso, bem como eu. Mas aquilo foi meio mecânico e frio. Cheguei ao ápice, porque era o meu crush, o estranho seria eu não chegar lá. Mas voltar para a festa como se nada tivesse acontecido foi o que me incomodou mais. 

Durante o tempo que ficamos na festa, depois do ocorrido,  o brilho de interesse no olhar do Chris sumiu. Devia ser assim quando transamos no seu quarto também,  mas não ficou tão nítido quanto na festa. Parecia como se eu não coseguisse mantê-lo interessado em mim.
Dali fomos para o seu carro estacionado. Ele me beijou e declinou os bancos ficamos quase deitados trocando carinhos.

_ Por que estamos aqui?

_ Porquê estou meio alto. Vamos esperar passar para eu poder dirigir.

_ Tão responsável _ brinquei. 

_ Não quero machucar ninguém _ passou a mão pelo meu rosto _ Desculpa pela rapidinha. Você não pareceu curtir muito. 

Esse comentário foi... Hã? 

_ Só não gostei de como você ficou depois. 

_ Me senti culpado por sua mudança e... ficou estranho. 

Houve um silêncio e quando levantei o olhar para o seu rosto, ele havia adormecido. Eu não notei que eu mudei primeiro, mas pode ter sido. 

Depois de um breve cochilo, ele acordou levantando no automático. Imitei. Depois de ajeitar os bancos, seguiu para a sua casa. Subimos as escadas sem fazer barulho. 

Ele me levou para o seu banheiro e retirou a minha roupa, antes de tirar a sua. Entramos no chuveiro nos beijando, e abraçados. Beijava o meu pescoço e dava mordidas leves e demoradas, enquanto a sua mão explorava a minha intimidade com habilidade e posse.

A outra mão, acariciava um dos meus mamilos, e seus dedos na minha intimidade, concentravam as suas carícias sobre o meu clitóris. Tentei tirar a sua mão dali, quando o prazer aumentou, mas a mão que antes estava no meu seio, prendeu pelo pulso a mão que o impedia, contra a parede, no alto da minha cabeça. Aquilo foi excitante. 

Conforme os seus movimentos aumentam, o calor do meu corpo e aquela sensação na base da espinha, também, e eu cheguei ao orgasmo, sem me importar com o olhar atento do Chris sobre o meu rosto. 

Tão logo meus gemidos cessam, ele me beijou com as mãos nos meus seios e encaixou os nossos corpos. 

Foi um longo e delicioso banho. Ele ensaboou o meu corpo, depois de gozar  junto comigo. Tocou cada parte do meu corpo, com as mãos envolvidas em espuma cremosa. 

O Christopher fez questão de me secar e me vestiu com uma camisa social de manga longa. Tirou foto de mim, assim, com o seu celular. Pôs na tela de descanso do mesmo.

FriendzoneWhere stories live. Discover now