Todos os times e as lideres estavam organizando os últimos preparativos para o evento e o baile.
Assim que cheguei na escola fui para minha tenda arrumar os prêmios.
Quando já tinha organizado tudo fui até a quadra, onde ia ser o baile, para ajudar as meninas.
Estava colando umas flores na entrada quando alguém esbarrou em mim. Olivia como sempre, já sentia o embate.
- Posso ajudar? - pergunto com deboche.
- Só precisa sumir, nerd, de perto do nosso grupo e do Matteo.
- É só isso?
Saio sem esperar uma resposta.
Vejo o Sam perto da tenda dele colocando umas lonas e ofereço ajuda.
- Estou desculpado pelo aquele dia, então?
- Isto está em andamento - ele sorri.
Temos muito trabalho por conta do vento. Assim que terminamos vou conferir tudo e Sam sai para comprar sorvete.
Nos sentamos no banco e comemos juntos.
- Obrigada, pelo sorvete - sorriu.
- Eu que tenho que agradecer por toda a ajuda.
- Relaxa, eu que quis ajudar.
- Violet
- Sim.
Jogo o copinho num lixeiro ao lado do banco. Fico esperando sua resposta mas ele não diz nada. Percebo que ele está me encarando. Não fujo o olhar, mas sinto que deveria.
Ele se aproxima encostando nossos lábios e rapidamente o afasta.
Não sabia se queria beija-lo, então fiz a coisa mais sensata sai dali.
- Tenho que ir.
***
Vou pra casa sozinha no carro, ouvindo música, pensando, eu ainda não vi o Matteo, espero que ele esteja se fazendo de desentendido como eu, ou não, não sei mais nada.
Tem tanta coisa, acontecendo tão rápido que não estou conseguindo acompanhar.
Abro a porta e entro em casa, quando escuto minha mãe chamar na cozinha.
- Oi - falo entrando quando vejo a tia Naty e vou da um abraço nela - que barrigão - falo segurando sua barriga - Você já é meu preferido - elas riem.
- Está sumida - comenta ela
- Muita coisa na escola, preparativos para bailes e essas coisas.
- Vai com quem?
- Sam - responde minha mãe - o garoto que te falei.
Agora que minha mãe falou, preciso repensar isso, as coisas estão estranhas desde que ele me pediu isso. Não queria desmarcar tão em cima, tinha me esquecido disso já, que droga. Mas podemos ir só como amigos e vou deixar isso claro para ele.
- Mãe!
Vou para o meu quarto e tomo um banho rápido, desço até a cozinha. Espero que a comida não demore, que fome!
- Voltei - falo me sentando no balcão - Cadê o tio Bruce?
- Na sala com seu pai e ....
Nem término de ouvir e vou para sala o cumprimentar.
- Tá sumida - observa ele.
- Não é a primeira vez que escuto isso hoje.
- Ela anda ocupada com o time - explica meu pai
Ficamos conversando até que minha mãe chama na cozinha e vamos todos pra lá, e que droga ele veio.
- E ai, Matteo ?
- E ai, tio - ele e meu pai fazem um toca aqui.
Ele olha pra mim, mas tenta disfarça, vou pra outro lado, vejo se minha mãe precisa de ajuda e ela manda eu arrumar a mesa de jantar. Vou até a sala de jantar, pego as coisas e arrumo na mesa, falta só as taças e copos, me viro e bato em alguém, claro, Matteo.
- Tá maluco? Parecendo um psicopata atrás dos outros - digo.
- Porque você saiu daquele jeito ? Não gostou? - ele não está deixando para trás como eu esperava.
- Do que você está falando? - nem fui sonsa.
- Nos poupe, Violet.
- Não enche.
- Me responde - ele insiste.- O que ? - enrolo
-Enfim, foi só um beijo, isso não muda nada, não é ? - ele me encara.- Não mesmo - sorrio e ele estranha - AÍ MATTEO - grito, fazendo parecer que ele me bateu.
- Sua louca - sussurra ele - ME DEIXA EM PAZ, GAROTA - grita ele, entrando no jogo - NÃO SEI PORQUE VOCÊ INSISTE EM BRIGAR COMIGO - ele sorrir pra mim e nossos pais chegam.
- O que é isso aqui ? - pergunta minha mãe.
Passamos o jantar com nossas brigas de sempre. Quando todos vão embora, vou para meu quarto e fico pensando sobre o beijo. Não tinha parado para pensar nisso ainda. A primeira pessoa que eu beijei foi o Matteo, só podia ser brincadeira.
Mas eu gostei, o que não importa, já está as claras que não significou nada. Eu acho.
VOCÊ ESTÁ LENDO
INIMIGOS DECLARADOS (CONCLUÍDA)
Teen FictionEla é nerd e ele é popular, os dois se odeiam, seus pais são melhores amigos e eles são vizinhos. Desde os dez anos se declaram inimigos, mas não é incomum de se ouvir, toda tristeza vira alegria, a dor se transforma em força, e o ódio vira amor.