CAPÍTULO TRINTA E NOVE

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A formatura nem era minha mas o frio na barriga era intenso, eu estava lá, sentada ao lados dos meus tios, assistindo toda a cerimonia, tudo muito bonito, lindas histórias e fotos deles, dos anos ali, em umas e outras eu aparecia, o clima de despedida era forte e tomava conta, não só deles mas de mim também que logo os veria partir.

Depois de um longo falatório, deu se por encerada a formatura e mais tarde teria o baile,  eu, não era de se estranhar era a acompanhante do Matteo, nós estávamos um pouco distantes e eu não entendia bem o porque, mas logo que acabasse o jantar feito em sua casa, iria falar com ele antes de irmos para o baile.

Assim que o jantar se encerrou conversei um pouco mais com todos e fui procurar Matteo para conversarmos, enquanto subia as escadas sentir minha cabeça doer e meu estomago embrulhar, esses sintomas malditos não paravam de me atormentar, mas eu ofuscava tudo, fingia estar bem, querendo ser mais forte que minha doença.

Bati na porta do quarto e entrei, Matteo saia do banho apenas com uma toalha envolta da parte inferior do seu corpo, ele estava molhado, com o cabelo bagunçado, ele era tão lindo, que as perdas de consciência do aneurisma eram até ridículas as que Matteo me causava, um pouco exagerado, sim, mas era o que eu pensava.

Queria beija-lo, ter ele para mim, quase não nos tocávamos, ou ficávamos sós depois da descoberta, como disse, estávamos  afastados e de certa forma estranhos, ele veio até mim, fazendo uma cara maliciosa e eu contra todas as minhas vontades o impedir de se aproximar mais.

- Tudo bem, amor? - perguntou ele de forma calma

- Nada bem - sou mais fria possível

- Ta sentido dor? - se mostra preocupado

- Não muita, mas não é isso - ando no quarto

- Então fala - ele se senta na cama

- Você não quer mais nada comigo, admite logo, só não me deixa incerta assim - falo de costas para ele

- Não te querer? Você enlouqueceu? - me viro para ele

- É a faculdade, ou a doença, ou eu mesmo? - pergunto nervosa e ele começa a rir

- Vem aqui, besta - ele me puxa pelo braço me fazendo sentar em seu colo

-Para - faço uma cara triste

- Nada vai me faz desistir do que eu sinto por você - quando ele diz essas coisas minhas pernas tremem

- Drama demais? - pergunto

- Para você? Não foi nada - rimos


Agora nossas bocas não falam mais, estão coladas em um beijo quente, suas mãos estão em minha cintura, enquanto as minhas acariciam seus cabelos molhados, mudo de posição ficando mais confortável para o beijo, sinto sua mãos saírem da minha cintura e descerem para minhas bunda, ele a aperta com força e eu solto um disfarçado gemido, ele sorrir e agora aperta minhas coxas, comecei a beijar seu pescoço e deixar leves marcas de mordidas e chupões, a medida que o acaricio sinto seu membro, me deito por cima dele, e adivinha.


- Não demorem a se arrumarem  crianças,  vão perder o baile - disse meu tio do lado de fora e sinceramente eu não me importava de perder o baile, porém mais uma vez nosso clima foi cortado.

INIMIGOS DECLARADOS (CONCLUÍDA) Where stories live. Discover now