Capítulo 12.

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Bill.
♦ ____ ♦

As observo com cautela, vejo cada detalhe que a Raphaela está fazendo e que possa estar fazendo fora do meu campo de vista, observo seu manuseio com os utensílios, o jeito que os manipula.

A necessidade da ajuda da Raphaela é preciso em ralação a ruiva, ela é uma boa enfermeira.  Só não muito confiável.
Um ferimento daquele acredito que magia pode fazer algo, a não ser um bruxo com poder específico. O lado ruim de ser um bruxo forte ou fraco é que qualquer ferimento grave vai precisar da medicina.  Feridas leves pode haver uma possibilidade de ter uma cicatrização acelerada como eu que só preciso descansar e no dia seguinte estou bem.  Já feridas mais profundas... Caso acha demora no socorro pode levá-los a morte. Mundo injusto.

Suas mãos ágeis acabam de dar os pontos necessários na perna da ruiva, com cuidado corta o excesso de linha. O remédio que havia aplicado na ruiva já deve ter dado efeito, os olhos dela estão quase fechados, a dando um ar de sonolência, sei que não está em si possivelmente deve está dormindo.

__ Você está diferente. __ diz quebrando o silêncio.

__ Diferente como? __ digo voltando a olhar a Scarlett.

__ Não sei. __ pausa. __ Tudo bem que você "as vezes" ajuda quem precisa mas... nunca foi tão preocupado com uma pessoa ferida, seja ela qual for.

__ Não entendi? __ aperto meus braços já cruzados.

__ Oras Bill, você ainda está aqui, esperando ela. Se fosse antes já teria ido embora e a deixado comigo. Você mudou, acho que esses anos fizeram algo em seu coração.  __ ri ao terminar.

__ Só estou preocupado com ela, não é normal uma pessoa se preocupar?

__ Você não.  Você parecia ter prazer em ver as pessoas que você odiava sangrar.

__ Pessoas mudam, você sabe perfeitamente disso, deve filho...

__ Compara minha mudança com a sua? __ diz esboçando um sorriso ao pegar uma atadura. __ Me ajuda?

Desencosto da janela descruzando os braços, sento ao lado da Scarlett segurando sua perna enquanto Rapha enrola a atadura.
Seguro sua perna sentindo  sua fina pele branca delicada, meu corpo reage estranhamente a essa sensação, assim que a Raphaela acaba de enfaixar solto rápido a perna querendo que essa sensação tão estranha suma.

__ Pronto. __ diz se levantando, afastando dela. __ É só deixa-la descansar que depois poderá sumi da minha casa.

vago ainda naquela fatídica sensação que ainda me incomoda, um rangir de garganta me faz sair do possível transe.

__ Eu disse que ela precisa descansar.

__ Tá.

__ Ahm... Que tal tomar um banho? __ diz me olhando de cima a baixo. Faço o mesmo.

__ Iria ser bom se tivesse roupas.

__ Tenho umas roupas do meu irmão, acho que vão dar em você, vocês tem o mesmo corpo. __ diz saindo do quarto.

Deveria segui-la mas deixar a Scarlett sozinha impotente?
Me aproximo do seu rosto vendo sua delicadeza sua serenidade, talvez seja isso que a torna tão... idiota.
Seu cabelo bagunçado na cama, ao ajeitar aproveito e escondo sua tatuagem, creio que a Raphaela ainda não saiba que há uma 9 fraca por ai.

A última Bruxa.Onde histórias criam vida. Descubra agora