Capítulo 17.

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Quinze dias se passam e nada dos meus poderes evoluir, permaneço fraca frágil e dependente de proteção.  Acho que nem bruxa sou, poderes podem ser apenas coincidência de algo da natureza que possivelmente possa me dar ilusões reais. Vai ver que eles me enganam alegando que sou "a" bruxa mais forte que todos procuram para matar.
Cacete! 
Se sou a bruxa mais forte por que que estou fraca?
Perguntas que concerteza vai demorar para ser respondidas com clareza.

Quinze insuportáveis dias se passam para infernizar minha cabeça com dores de hipnose, de concentrações e musculares,  graça ao Bill, Abigail e Scott.

Reencosto na árvore e olho para cima, tempo nublado acinzentado com uma bela brisa fria, faz quinze dias que o tempo está assim, de casaco largo e uma calça justa de cabelo solto permaneço sentada ao pé da árvore.
Abigail me fez ler alguns livros de magia, lembro de alguns dos feitiços de um dos livros; encontrei um feitiço que faz você arrotar bolhas de sabão por resto da sua vida, outro que faz crescer um rabo de qualquer animal que queira no rabo.  São feitiços inofensivos e engraçadas, deve ter sido de lá que ela tirou aquele feitiço de cabelo para Angélica.
Como disse, "são feitios inofensivos".
Tratei de ler uns feitiços mais apropriados para uma pessoa da minha idade, lembro de um que faz a coisa que você quer flutuar, mas como qualquer treinamento  de poderes requer a bendita da concentração.  Aff!

__ Beien flutuos.  __ murmuro para mim mesma o feitiço de flutuação.

Palavrinha bem esquisita.

Levanto me afastando da árvore, caminho chutando a grama, sabe aquele tédio insuportável? É o que sinto.  Sigo assim até a varando da casa, subo as escadinhas e vejo um pequeno tufo de poeira. 
Apanho a vassoura e o varro fazendo se juntar a grama, uma pedra ao longe me chama atenção, aprendi um feitiço novo e não consigo usar, talvez funcione em uma pedra.

Fecho os olhos, respiro fundo, uma espiada na pedra e fecho de novo.

__ Beien flutuos. __ sussurro pensando na pedra que nem se mexe. __ O quê?! __ digo ao abrir os olhos e vê-la inércia no lugar.

Bufo e refaço os passos, fecho os olhos e repito a palavra umas três vezes. E nada.

__ Mas o quê! __ esbravejo. __ Eu quero que você voa! Beien flutuos! __ vocifero com fúria fazendo a vassoura bater no chão.

A pedra fica na mesma ao contrario da vassoura que começa a tremer, uma coisa bem estranha na vassoura até ela simplesmente sair do chão.

__ Éh! __ comemoro. __ Fiz você voar! __ digo alegre vendo a vassoura uns cinco metros do chão rodobiando em volta da casa.

Eu fiz um feitiço que deu certo!

O capo da vassoura vira para mim,  sua velocidade é bem assustadora enquanto se aproxima de mim.

__ Droga. Não não!!

A vassoura me faz cair, seguro seu capo e a faço parar:

__ Nossa. __ digo deitada na grama segurando a vassoura.

Novamente o capo recomeça a tremer, seus solavancos são brutos, uma força da qual não consigo fazê-la ficar firme, não solto o capo e a vassoura recomeça a rodopiar,  giro igual a um pião até literalmente levantar voo.

Pendurada a vassoura vejo as gramas se afastar, ficando pequenas até que não as vejo, o vendo bate contra meu rosto deixando claro que realmente o clima estar frio.

__ Ah!__ grito histérica querendo descer.

Passo das nuvens gritando desesperada enlouquecida,  vejo um céu completamente limpo, um pequeno giro da vassoura e me sentar no capo, literalmente igual a uma bruxa, uma desses histórias infantis.    Um pouco mais a baixo das nuvens e damos a volta na cidade, ela é incrivelmente grande apesar de disserem que é  pequena, o vento bate no meu cabelo e a viajem que começou completamente aterrorizante se tornou tão belo e aparentemente "tranquilo".

A última Bruxa.Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt