Pain - II.I

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A dor é cortante, em todo o meu corpo deve haver perfurações que foram causadas por essas pedras insignificantes. Eu não consigo me mexer, meus olhos estão abertos, vejo as nuvens do céu formarem um belo corcel. Por um breve momento me veio à mente a imagem de Yong e Jennie há alguns dias atrás. Como eu pude deixá-la dessa forma? Por favor, me perdoe Jen.

– Jisoo! — sinto seu toque, trêmulo, em minha pele. — O que você fez? Deveria ter ido!

Não consigo respondê-la novamente, sinto muito por isso Chae, mas agora você não tem com o que se preocupar, ele não consegue mais se mover.

Tudo isso para me proteger? Eu poderia dar um jeito, você… Merda, Jisoo. — sua mão repousou em minha nuca, ela ergueu minha cabeça. Pude ver a entidade com vários fragmentos daquele metal que estava revestido em minha espada. Estaria morto? Assim tão fácil? Talvez Chaeyoung realmente não precisasse de minha ajuda, fui idiota ao pensar que ela precisaria de mim para algo. — Não se esforce… Eu… eu não sei o que fazer.

Tentei mover minha mão ao ver lágrimas escorrerem de seus olhos, mas eu não consigo me mexer. Sinto cada vez mais a dor se alastrando em meu corpo.

– Du! A água! — gritou olhando para cima. Ela iria me jogar na cascata? Eu não sei se tenha algo a se fazer no estado que me encontro. — Por favor não feche seus olhos…

É mais forte que eu, Chaeng.

Senti uma forte pontada em meus ouvidos, dói muito. Tudo está doendo. Fechei meu olho ao sentir meu sangue se aproximar do local, minha boca estava ferida, eu não conseguia mais me mover de forma alguma.

Jennie... — ela banhava meus pensamentos, eu realmente fui uma péssima amiga. Tentei ao máximo falar com Chaeyoung, precisava pedir pela proteção de Jennie, antes de sentir uma dor extrema em meu peito. Suspirei pesadamente e uma boa quantidade de sangue saiu pela minha boca.

O desejo de poder ver os olhos de Chaeyoung novamente me fez abrir o único olho que ainda estava inteiro. Acho que seja a única coisa em mim que não foi danificada.

Ela estava bebendo daquela taça que deveria estar no centro da árvore, e antes que eu, pudesse fechar meus olhos novamente, a aproximação dela me fez relutar.

Seus lábios se encontraram com os meus, e senti a água adentrar em meu corpo. Ela estava tentando me salvar? Parte do líquido estava escorrendo por meu pescoço, eu realmente não consigo mais me mover.

Chaeyoung se afastou de mim, limpando meu pescoço com suas vestes, um breve toque em minha testa me fez fechar os olhos e sentir toda aquela dor se dicipar. O que estava acontecendo?

Eu sentia novamente minhas mãos, e agora meus olhos estão abertos. Não doía mais, é uma sensação estranha e ao mesmo tempo gratificante.

Me sentei no solo, encarando minhas mãos, tateando meu corpo à procura de quaisquer ferimentos, mas nem ao menos uma cicatriz eu não encontrei.

Ao virar meu rosto para perguntar à Chaeyoung o que estava acontecendo, fui surpreendida por seu abraço. Um abraço forte. Ela deitou a cabeça em meu ombro.

Quando eu disse para ir embora, é por que você deveria ir, Jisoo. — falou me apertando ainda mais em seu abraço. Eu estava sem qualquer reação. Rodeei sua cintura com um braço e me apoiei no chão com o outro. Esperando que ela se desse por satisfeita e se afastasse de mim. A pequena Du me encarava completamente temerosa. — Onde estava com a cabeça?

– Eu sinto muito, não sabia que isso iria acabar dessa forma. Mas… O que aconteceu? Onde ele está?

– A entidade foi levada até o outro lado, preciso remover a armadura dele e jogá-lo ao rio Taedong, esse já foi o quarto, o último.

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