Capítulo 13

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A casa de Nicholas estava silenciosa. Por um momento imaginei que ele não estivesse em casa, no entanto seu mordomo poderia me dar algumas informações. Como era de se esperar, o portão de ferro não estava trancado. Passei pela pequena entrada com certa rapidez, batendo na porta assim que subi os degraus.

Que ele esteja em casa! Que ele esteja em casa!

O barulho da porta sendo destrancada pareceu longo, mas finalmente ela se abriu me mostrando um Bernard bastante... Aliviado?

– Graças a Deus é você! – diz me puxando pela mão com rapidez.

– Graças a Deus? – repito perplexa.

– Sim! Foi como se um anjo tivesse enviado você até aqui. – a alegria em sua voz era evidente e vinquei minha testa.

– O que está acontecendo, Bernard?

– Nicholas! – ele diz como se fosse óbvio e aguento a vontade de revirar os olhos.

– O que tem Nicholas?

– Venha, ele precisa de você. – diz apressado me empurrando escada acima. Meu coração acelerou preocupado.

– O que está acontecendo Bernard, diga logo de uma vez! – ordeno fazendo-o parar de me empurrar e me viro para vê-lo.

– O Sr. Hill há três dias atrás chegou em casa bastante ferido. Sei disso por que quando fui pegar suas roupas para lavar estavam cheias de sangue.

Puxo o ar com dificuldade. De repente ele se tornou rarefeito.

– Três dias? – indago e ele sussurra um "sim". Não acredito que se meteu com Marlow de novo. – E como ele está?

– Eu não sei. – seu murmuro lento e temeroso me faz ter uma leve tontura.

Nicholas está há três dias ferido e Bernad não sabe de nada?

– Como assim você não sabe de nada?

– É que no dia que ele chegou, seu pedido foi para que eu levasse para seu quarto apenas o kit de primeiros-socorros e uma garrafa de vodca. De inicio eu não percebi que estava machucado. Só quando eu fui deixar as coisas que me pediu é que notei as roupas. Ele estava no banheiro e me ouviu entrar, suas ordens foram para levar suas roupas e que não fosse interrompido. Eu acatei o que me foi ordenado. No dia seguinte, eu fui ao seu quarto e tentei entrar mais a porta estava fechada.

– E não existe uma chave reserva? – pergunto com o tom elevado. Percebo Bernard se encolher.

– Não tem chave reserva, só a porta principal.

Argh! Cubro meu rosto com as mãos pensando no que deveria fazer, mas logo depois e encaro-o com rapidez.

– Você já pensou em arrombar a porta?

– Pensei, mas ele disse que se eu fizesse, estaria no olho da rua. Assim como ligar para qualquer pessoa que pudesse vir para ajudar. Não sabe o alívio que senti quando lhe vi em pé parada na entrada da porta.

– O que Nicholas tem na cabeça? Por que fazer isso?

– Acha que você consegue fazê-lo sair do casulo? – Bernard pergunta com confiança e suspiro.

– Eu vou tentar.

– Ele parece gostar de você. Acho que conseguirá entrar naquele quarto.

– Bem, sou a melhor amiga dele até onde me lembro. – murmuro e ele sorrir.

– Amigos nessa hora é uma boa pedida.

Sorrio pensando se Bernard tem amigos. Talvez não. Acho que se tivesse, estaria nessa casa junto com ele quando o encontrei. Me pergunto se ele tem família, mas resolvo deixar isso para depois. Um assunto urgente precisava da minha atenção e eu percebia isso nos olhos de Bernard que me encarava com uma incógnita no rosto por estar encarando-o.

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