Epílogo

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Nicholas Hill

Natalie acordou depois de uma noite longa de sono e sorri ao ver seu rosto ainda sonolento.

Nunca pensei que amaria minha melhor amiga de infância e que fosse possível me apaixonar por ela todos os dias.

– Já acordado? – ela indaga e beijo a ponta do seu nariz.

– Só há pouco tempo. – murmuro.

Eu estava acordado há vinte minutos, aprimorando um desejo enorme de lhe dar algo que achei nas coisas de meu pai.

Depois de três meses, tivemos uma noite de amor intensa, regada a carícias e palavras de amor. Confesso que gostei de surpreender Natalie ao deixá-la com as mãos amarradas na cabeceira da cama.

– Mais um de seus segredos? – ela pergunta curiosa.

– Não tenho segredos para você. – desço pelo seu corpo que involuntariamente puxa seus braços verificando que estão presos.

– Tenho um pouco de ciúmes por saber que você aprendeu isso com as francesas.

– Não aprendi com elas. – digo e abocanho um dos seus seios. Escuto-a gemer e sorrio. – Foi por aqui mesmo. Uma garota que tinha gostos peculiares.

– Isso não diminuiu meus ciúmes. – ela diz e chupo outro seio a silenciando.

– Eu sou seu agora.

– Gosto disso. – ela arfa e subo meu rosto olhando-a. Seus olhos já estão cheios luxúria.

– Do que gosta exatamente? – indago ao penetrá-la devagar. Sua boca abre liberando um suspiro.

– Gosto de amar você.

Ontem foi realmente inesquecível. E pensar que quase a perdi por causa de Verônica.

– No que está pensando? – ela pergunta se apoiando em meu peito.

– No dia em que Verônica te pegou como refém.

– Não é uma lembrança muito boa. – ela diz com cenho franzido e passo meus dedos pela sua testa expulsando a confusão.

– Eu sei que não foi, mas... Lembra de me dizer que descobriu estar apaixonada por mim quando fui embora? – murmuro e vejo sua face rosar.

– Eu disse isso foi?

– Disse. É verdade ou aquilo foi só um delírio?

Seus olhos fogem de mim encabulados mais o sorriso continua.

– É verdade. Quando você foi embora, eu fiquei com raiva, triste e magoada, mas tinha um sentimento que eu não queria ver, não queria permitir. Depois que você voltou, as coisas ficaram tão confusas e ainda sim, não queria admitir esse sentimento por você, não queria ser a única a estar apaixonada e estar amando.

– Mas você não conseguiu resistir. – brinco fazendo-a rolar os olhos.

– Não resisti ao Sr. Hill. – brinca e suspira. – Quando por fim aceitei, percebi que talvez eu fosse apaixonada por você durante muitos anos.

– Talvez? – questiono a palavra usada.

– Seu convencido. Eu fui apaixonada por você e hoje... Hoje pretendo continuar apaixonada por você durante toda minha vida. – sua declaração me silencia por completo.

Beijo sua testa com carinho. Natalie é a mulher que quero para minha vida. Não foi a toa que quando encontrei o anel, que neste momento está escondido no criado mudo do lado da cama, seu rosto foi a primeira imagem que vi.

– Sr. Hill, vai querer ajuda com o escritório? – pergunta Bernard. Depois de uma conversa e de um acordo para morar e trabalhar aqui, Bernard está fazendo de tudo para se sair bem.

– Não, Bernard. Cuide de outro cômodo, pode deixar que eu cuido do escritório do meu pai.

Eu ainda estava irritado com Natalie e pelas suas palavras, mas eu tinha muito o que organizar. Havia muitas papeladas, que eu teria que dar uma olhada depois, não poderia sair jogando tudo no lixo. Abro a última gaveta e percebo ter um fundo falso.

O que é isso?

Mais papéis surgem e uma caixinha de veludo é o único objeto desconexo. Nele, um papel colado. Pego.

"Dê para nosso menino quando ele encontrar a mulher certa. – Penny."

Suspiro. Um presente de minha mãe. Fecho os olhos com um aperto do no coração. Ela fez e ainda faz tanta falta. Fito a caixinha e abro-a. Dentro, um pequeno papel.

"A faça feliz!"

Provavelmente foi minha mãe que escreveu esse também. Tiro o papel de cima e lá está. Um anel simples com uma pedra verde e singela. Como uma resposta, o rosto de Natalie aparece em minha mente. Sua risada, sua teimosia, seus olhos, seu corpo... No que estou pensando!

Natalie é apenas minha amiga.

Me sento na cama afastando Natalie. Ela continua deitada me observando. Tomo um tempo buscando o anel na gaveta e quando volto, tenho sua total atenção.

– O que está escondendo? – ela indaga.

– É só uma coisa que encontrei na minha casa. – digo e ela se senta na cama. Noto seus olhos curiosos.

– Eu posso saber o que é?

Entrego-lhe a caixa sorrindo. Confesso que não sei o que esperar. Natalie me olha confusa e volta para caixinha. Percebo ela engolir nervosa.

– Vamos petite, tem que abrir. – murmuro incentivando-a.

Ao abrir, sua expressão vai de surpresa a confusão, parando em um sorriso.

– O que é isso? – sussurra e sorrio com seu jeito.

– Até onde nós sabemos, é um anel. – falo em ironia e ela cerra os olhos.

– Engraçadinho.

– É um anel de compromisso, de noivado e de casamento. – murmuro notando seus olhos brilharem. – Aceita fechar todas essas alianças comigo?

Natalie deixa a caixinha vindo em minha direção.

– Sim. – ela sussurra subindo em mim. – Sim. – sussurra mais um sim e sou derrubado na cama com ela sobre mim. – E... Sim.

Sou beijado com intensidade e alegria ao receber os três sims. Felicidade mal cabe em mim.

A vida é cheia de seduções e segredos, e quando por fim o segredo é revelado e a sedução nos mostra o amor... A vida se torna perfeita.

 A vida se torna perfeita

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Seduções & Segredos - A Chama Where stories live. Discover now