Perguntei primeiro

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 Assim que Peter saiu correndo pelos corredores da escola, com seu uniforme antigo de homem aranha, eu corri até a sala onde Ned estava. Era nossa antiga sala do jornal, que ainda estava destruída por conta do incidente com o cara que me perseguia.

Ned mexia em seu computador super concentrado. Na verdade, em três computadores ao mesmo tempo.

-O que está fazendo? – eu perguntei me sentando ao seu lado.

-Conectando o computador com o aparelho que está no ouvido de Peter, para a gente se comunicar.

Eu não fazia a menor ideia de como fazer aquilo, mas Ned parecia fazer com facilidade. Quando vi, ele já tinha hackeado o computador da escola e, consequentemente as câmeras do colégio, permitindo que a gente assistisse tudo o que acontecia no estacionamento.

-Pronto! – ele disse já comemorando – Está me ouvindo Peter?

-Estou! – ele gritou do outro lado da linha.

Sorri com aquilo e observei melhor as imagens.

Tinha um cara no estacionamento que usava uma espécie de luva brilhante. Tudo que ele tocava com aquela luva recebia um golpe muito forte. E nesse caso, Peter estava sendo uma dessas coisas. O cara já tinha dado uns cinco golpes em Peter, fazendo o mesmo rolar alguns metros e bater na parede.

-Ele precisa de ajuda – eu disse fechando os olhos. Peter estava caído no chão.

-Não podemos fazer mais nada – Ned disse, mas eu nem deixei ele terminar.

Me levantei e comecei a correr até o estacionamento.

-Peter não vai gostar disso! – ouvi Ned gritar, mas eu já tinha saído da sala.

Corri o mais rápido que pude e quase caí por conta dos saltos que eu usava. Me apoiei na parede e tirei os mesmos em um movimento rápido, jogando eles em algum canto qualquer.

Odeio saltos.

Voltei a correr e quando cheguei no estacionamento, Peter estava caído no chão, tentando se levantar com dificuldades. O cara em sua frente se aproximava aos poucos, ainda com aquela luva brilhante.

Olhei ao redor, pensando no que eu poderia fazer. Avistei no chão um pequeno pedaço de madeira. Sorri com aquilo.

Me aproximei devagar do cara, por trás dele. Segurei com força a madeira e, em um movimento rápido, joguei com tudo na cabeça do homem, fazendo o mesmo cair no chão segundo a região que tinha sido atingida.

Foi o suficiente para Peter lançar uma de suas teias na cara do homem e outra em sua mão, impedindo que ele fizesse mais alguma coisa. Peter lançou outra teia, prendendo o mesmo na parede perto de nós.

-O que você está fazendo aqui? – Peter gritou apavorado.

-Te ajudando – eu disse apontando para o cara.

-Você adora atingir as pessoas assim né – ele disse e mesmo com a máscara, eu sabia que ele estava sorrindo.

-Tenho meus truques também.

-Ned – Peter disse com a mão no ouvido – Preciso que você rastreie o pai da Liz.

Olhei para Peter confusa.

-O pai dela é o homem com as asas.

Abri a boca surpresa com aquilo. Liz sabia daquilo? Se não, iria acabar com ela...

Ned disse alguma coisa no ouvido de Peter.

-Precisamos ir até aquele galpão que nos encontramos uma vez – Peter disse eu olhei para os lados, tentando achar uma solução.

The perfect article (Peter Parker)Where stories live. Discover now