Eu não estava bem

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 Algumas semanas se passaram depois do ocorrido no baile. Eu não estava conseguindo falar muito com Peter, já que Tony Stark decidiu dar mais algumas funções para ele como herói. Ele sempre andava muito ocupada e eu entendia completamente sua situação.

Acordava, ia para a escola, estudava e raramente via Peter nesses momentos. O máximo era durante as aulas de química na qual ele ainda era minha dupla. Depois da aula ele saía correndo e quando acaba seu trabalho, eu já estava dormindo.

Mas ele sempre tentava ser um bom namorado. Aquilo era novidade para nós dois, mas ele estava se saindo muito bem. Deixava chocolates em meu armário e sempre dava um jeito de falar comigo, nem que seja por mensagem ou nos intervalos das aulas.

E aquilo deixava tudo melhor.

Eu estava voltando para casa depois de um dia bem cansativo. Eu e Ned tínhamos ficado a tarde inteira escrevendo para o jornal da escola.

E eu andava pelas ruas com a última força que tinha em meu corpo. Sentia que assim que eu chegasse em casa, dormiria no chão mesmo. E com toda essa distração, eu nem reparei em uma movimentação atrás de mim.

A rua não estava vazia e por isso eu não fiquei com medo.

Mas já era tarde demais quando um cara alto apareceu bem na minha frente, impedindo que eu continuasse a andar.

Ele usava uma roupa estranha e por conta da luz escura, não conseguia ver seu rosto direito. Mas assim que ele deu um passo para frente, pude observar seu rosto totalmente verde. Aquilo com certeza não era um ser humano. Seus olhos eram vermelho puro e eu podia jurar que estavam brilhando como se fossem metais preciosos. Sua roupa na verdade era uma especie de armadura que o deixava mais forte.

Me virei para trás na intenção de correr, mas ele já tinha me segurado. Sua mão apertava meu braço com força e seus dedos metálicos machucavam mais ainda.

-Alguém me ajuda! – eu gritei para as pessoas ao meu redor, apavorada. - Me solta!

As pessoas começaram a gritar assim que perceberam o que estava acontecendo.

-Digam ao homem aranha que eu estou com sua namoradinha – ele disse olhando para as pessoas ao nosso redor, que estavam assustadas e correndo.

Eu tentava me soltar a todo custo, mas o braço dele era muito forte e me machucava. Seus olhos vermelhos me encaravam e me davam muito medo. E a última coisa que eu ouvi antes de apagar com um soco dele, foi uma risada horrível dele.


Quando abri os olhos, rezei para que tudo aquilo fosse apenas um pesadelo e eu estava acordando. Mas percebi que estava errada assim que vi que estava em um lugar muito alto. Me levantei e tentei entender o lugar que estava. Minha cabeça doía muito. Coloquei a mão em minha testa e percebi que ela sangrava bastante.

-Ferrou – eu disse para mim mesma assim que percebi que estava em cima da ponte de Nova Iorque. Os carros passavam lá em baixo e as luzes da cidade estavam fortes. Embaixo da ponte, eu só conseguia ver água. 

Como que eu tinha parado ali?

Ou melhor: como eu ia descer?

Fiquei uns bons minutos só querendo chorar e pensando em como sair dali. Eu estava sem celular e não havia uma alma ali perto. E meu medo de altura não ajudava em muita coisa.

Respirei fundo tentando me acalmar.

Mas assim que eu ouvi aquela risada mais uma vez, o pânico tomou conta de mim. Virei para trás e aquela coisa verde estava parada na minha frente.

The perfect article (Peter Parker)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora