Psicólogo |Z.M|

67° Capítulo

Aos poucos eu fui acordando, o cheiro de mofo é tão forte que minha cabeça começa a latejar de dor.
Aonde eu estou ?
Eu tento levar minhas mãos ao meu rosto, porém sou impedida pois estão amarradas, mas o que está acontecendo ?
Abro os meus olhos e a primeira coisa que vejo é uma porta a minha frente, rodo meus olhos pelo local e vejo um colchão e uma janela bem pequena, onde entra pouquíssima luz.
Eu começo a me desesperar, não é possível que eu vou passar por isso novamente, por favor me diga que não, meus olhos começam a arder e logo as lágrimas descem rapidamente.
- SOCORRO... ALGUÉM ME AJUDA- Grito o mais alto que posso, porém é certeza que ninguém tenha me ouvido, minha garganta começa a doer pelo grito e também porque está seca.
Eu estou sentada em uma cadeira, com as mãos atadas, sem poder fazer absolutamente nada, o que faz eu entrar em pânico, eu não quero ter que passar por isso novamente.
Escuto algo a entrar na fechadura e em seguida a porta ser aberta, a claridade machuca minha vista fazendo eu fechar os olhos automaticamente, assim não vendo de primeira quem é.
Escuto os passos se aproximando de mim e sei que é uma mulher por conta dos saltos, olho para a pessoa e nem me surpreendo.
- Olha Aninha - diz Lúcia com um sorriso sarcástico nos lábios - Não parece tão valente que nem mais cedo não é ?
- O que você quer de mim ? - pergunto
- De você nada, apenas quero o Zayn para mim - diz e eu começo a rir - Não sei porque está rindo - diz agora de cara fechada
- O Zayn não vai te querer, ele tem a mim, deixa de ser idiota Lúcia - digo divertida
- Ele não terá por muito tempo, porque você não sairá viva daqui - diz e meu sangue gela, porém não demonstro para ela
- Você não mata nem uma mosca, quem dirá uma pessoa - digo sarcástica, ela chega o seu rosto bem perto do meu, fazendo os nossos narizes se encostarem de tão perto que está.
- O ódio que criei de você faz eu matar uma população inteira, por que não matar você ? - diz - Quero que sua morte seja lenta e dolorosa - diz rindo como se tivesse muita graça - E terá plateia para assistir
- Quem seria ?- pergunto curiosa
- Zayn - diz lentamente o nome dele, fazendo meus músculos se contraírem- Ele irá vê o que sou capaz de fazer por ele, então ficará comigo e apenas comigo - diz e eu cuspo na cara dela, fazendo ela fechar os olhos e fazer cara de nojo, ela limpa a minha obra de arte com a manga da sua jaqueta e em seguida me dá um soco na cara, sinto o gosto de sangue na minha boca
- Acho que já posso começar a brincadeira um pouco antes - diz.
Ela começa dando vários socos na minha cara, fazendo eu ficar tonta, ela até que tem força, em seguida ela começa a dar murros na minha barriga fazendo eu ficar sem ar, ela para e vê o meu estado, eu sinto meu rosto a ficar inchado pelos socos que ela deu, eu suspiro para tentar controlar a vontade de gritar de dor.
Do nada uma faca aparece na mão dela, e fico me perguntando onde ela tirou essa faca, sendo que quando entrou não tinha nada em mãos, ao menos que eu não tenha reparado.
Ela chega perto de mim e coloca a faca no meu pescoço, ameaçando cortar o mesmo.
- Vai, me mata logo - digo, se for pra morrer que seja logo
- Não, Zayn meu amor tem que vê o que sou capaz de fazer por ele - diz e passa a faca devagar no meu pescoço assim o cortando, porém não o suficiente para me matar, umas quantas lágrimas saem e eu sinto o líquido vermelho descendo pelo meu colo, ela passa a faca pela minha bochecha esquerda e a corta, e aí percebo o quão essa faca está afiada, fico imaginando o tempo que ela passou afinando ela apenas para fazer isso.
- Tá gostando da brincadeira Aninha ?- pergunta e eu não respondo, não vou entrar nos seus joguinhos - ME RESPONDE - Ela grita e enfia a faca na minha coxa direita e a gira fazendo eu gritar o máximo que consigo e mais lágrimas caem, ela tira a faca lentamente de la fazendo a dor aumentar e eu gritar novamente.
Ela guarda a faca em algum lugar do bolso e segura em meus cabelos bem forte fazendo eu gemer de dor e então ela começa dando vários tapas na minha cara.
- COMO EU QUERIA FAZER ISSO - diz enquanto me estapea no rosto.
Do nada ela para e vai para trás de mim e corta as cordas, eu não saio do lugar, tudo em mim doi, principalmente o rosto e a coxa, ela vai pela lateral e me dá um chute fazendo eu cair para o lado.
- Já já eu volto meu bem - diz e pega na cadeira, sai e tranca a porta.
Sinto cada parte do meu corpo queimando de dor, cada centímetro, eu caminho lentamente até o colchão para eu deitar em algo mais confortável.
No momento que eu deito, eu sinto algo no meu peito, então eu me lembro do meu celular, eu rapidamente pego nele e começo a digitar o número do Zayn, em instantes ele atende.
- Oi amor - diz e meu coração se enche de alegria
- Zayn me ajuda, por favor - digo e ele logo fica desesperado
- O que foi ? Onde você t.. - do nada ele para de falar e ouço o celular dele caindo no chão, então a chamada se desliga sozinha, olho para a tela do celular e vejo que fiquei sem sinal.
Eu mando a localização e um pedido de ajuda para John, mesmo não tendo sinal agora, porém quando tiver a mensagem vai direto.
Sinto o meu coração a ficar apertado em pensar no que aconteceu com o Zayn, alguma coisa aconteceu.
Sinto meu olhos a pesarem e eu logo durmo e vou pra outra dimensão.