5×pray for a glimmer of hope

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Pegamos dois carrinhos e nos afastamos, Louis foi pegar facas e qualquer coisa que poderia nos ajudar, enquanto eu saí para pegar todas as conservas e enlatados possíveis.

Mesmo nessas circunstâncias, acabei por realizar um sonho maravilhoso, o de sair pelos corredores jogando tudo dentro do carrinho do supermercado, queria ficar fazendo isso, mas alguma coisa me dizia que eu ia acabar quebrando tudo.

Senti-me culpado estar aparentemente feliz estando naquela situação, mas era melhor do que ficar choramingando, certo? E eu já havia choramingando muito nos últimos tempos, alguma coisa me deixou com a sensação de que tudo daria certo, talvez fosse o último fio de esperança do meu cérebro.

Decidi que queria um sorvete, seria uma viagem de quatro dias e um sorvete não faria mal a ninguém, certo? Fui para a sessão de congelados, caminhando como se fosse mais um dia normal da minha vida. Minha vida agora era essa, então talvez fosse um dia normal, é tudo muito confuso para a minha cabeça.

Mas foi bem ali, na frente de todos os freezers que toda a felicidade se esvaiu.

- Tyler? - Perguntei, olhando aquele corpo igual ao do meu amigo andando naquele corredor, até que ele se virou e... - Merda, merda, merda.

Nos filmes dizem que quando você está prestes a morrer, sua vida inteira passa em frente aos seus olhos. Foi o que aconteceu quando percebi que não havia pego nenhuma arma no carro. Meu Deus, eu sou tão idiota.

Larguei o carrinho e saí correndo enquanto rezava para que Louis aparecesse e me livrasse da morte. Corri para onde era para ele estar e nada, Tyler sempre foi um grande corredor, não demoraria para me alcançar e me dilacerar.

Não, não, nada de pensar nisso agora, precisava ser mais esperto que ele, precisava pensar bem para que ele não conseguisse me pegar, precisava atrasá-lo.

Voltei para o corredor com os freezers e parei ao lado de um refrigerador, era minha única chance, isso ou nada, Tyler veio em minha direção e, assim que se aproximou, abri a porta do refrigerador e bati nele com toda a força. Ele caiu atordoado e eu me pus a correr novamente.

Encontrei Louis no corredor onde ficam as coisas para acampamento, ele estava colocando dois sacos de dormir e várias barracas dentro do carrinho.

- LOUIS. - Gritei e ele virou para mim imediatamente.

- O que houve? - Ele perguntou vindo até mim e deixando o carrinho onde estava.

- Zumbi. Tyler. - Respondi ofegante.

- O que? Harry, respira! - Ele fazia sinais para que eu respirasse fundo antes de falar. Fiz o que ele mandou e comecei:

- Tyler virou um zumbi, eu dei um jeito de atrasar ele, mas ele está atrás de mim e pode... ah merda! - Me interrompi assim que vi ele virando o corredor, ele estava me procurando, era óbvio, e assim que ele me viu, começou a correr. - ONDE ESTÁ SUA ARMA? - Comecei a gritar.

- No carrinho, por quê? - Ele perguntou e eu o virei para ver o monstro vindo em nossa direção, era impossível que Louis conseguisse pegar a arma antes dele chegar. - Puta merda. - Ele disse e correu até o outro corredor.

- Ah, que ótimo. - Corri atrás dele. - O que você está fazendo? Precisamos dar um jeito naquele zumbi.

- Eu sei, é por isso que estou indo para o corredor com artigos esportivos. - Ele respondeu e entrou em um corredor, logo entendi porque ele foi até ali. - Pegue isto, preciso que você acerte ele bem forte, vou correr para pegar a arma assim que ele estiver no chão, ok? - Concordei com a cabeça enquanto pegava o taco de baseball que ele me entregou. Não precisamos esperar muito para que o zumbi virasse a esquina do corredor, meu coração acelerou, eu ia matar mais um dos nossos amigos? Não, não era hora de pensar nisso, ele está morto, não é mais um dos nossos amigos, é só um monstro. - AGORA HARRY! - Louis me acordou do transe e vi aquele bicho ali, na minha frente e acertei um golpe com o máximo de força que podia.

Ele caiu para trás e Louis saiu correndo, agora que seu rosto estava desfigurado eu ja não sentia tanto medo de acabar com um amigo, mas o medo dele acordar ainda me assombrava, então comecei a bater no seu rosto mais e mais forte até Louis voltar.

- Uou, acho que não vou mais precisar disso. - Ele disse ao chegar perto de mim.

- Um tiro só, pra garantir. - Ele riu e me obedeceu. Fomos atrás do carrinho dele e ele disse que havia pego algumas barracas para não precisarmos montar e desmontar toda hora, isso caso resolvêssemos dormir fora do carro, o que seria muito arriscado. Os sacos de dormir era para o frio, mas sugeri que pegássemos cobertores também, era melhor para caso precisássemos fugir ou algo assim.

Ele perguntou o que peguei e comecei a falar que não fazia a mínima ideia, só joguei as coisas no carrinho.

- Então vamos ver. - Ele segurou minha mão e com a outra guiou seu carrinho até onde eu havia deixado o meu.

Ver a mão de Louis na minha nunca perdia o encanto. Eu amava aquele garoto com todas as minhas forças, não deixaria ele sozinho nunca, faria todo e qualquer sacrifício por ele.

- Vamos lá, peguei palmito, azeitona, milho e ervilha, sardinhas, ovos de codorna, feijão em lata, salsicha em lata, pêssegos em calda, abacaxi em calda e mais umas coisas que parecem muito ruins, mas podemos comer em horas de desespero. - Disse e ele riu, aquele sorriso era tão lindo.

- Eu te amo. - Ele respondeu, se aproximou e me beijou. Ficamos parados ali, nos beijando por um bom tempo.

- Tive uma ideia. - Disse assim que nos separamos. - Separe um local no carrinho!

- Por que? - Ele perguntou.

- VOCÊ VAI VER! - Gritei enquanto corria até o corre onde eu havia os visto. Peguei o maior possível e corri de volta até Louis.

- Para quê isso? - Foi sua pergunta e sorri.

- Achei que você fosse mais inteligente meu amor! - Dei um tapa na sua bunda ao passar por ele, fui até o freezer com sorvete e peguei três potes, depois segui até um refrigerador com gelo e peguei um saco. Abri o cooler e coloquei os potes de sorvete de modo estratégico dentro, abri o saco de gelo e joguei tudo junto. - Agora vamos pegar alguns refrigerantes e água, não podemos morrer de sede!

- Tenho que admitir que tenho o namorado mais inteligente do mundo. - Louis respondeu e devolveu o tapa na bunda que dei nele. Seguimos até o local onde ficam refrigerantes e água. - Quando eu sonhava em fazer compras com meu marido, não imaginava que seria em um ambiente pós apocalíptico.

- Você pretendia se casar comigo, Tomlinson? - Perguntei sorrindo.

- Ainda pretendo, senhor Harry Tomlinson-Styles! Assim que pudermos. - Foi a resposta.

- Pois então eu aceito, mesmo que num futuro apocalíptico. - Abri o refrigerador e peguei várias latas e algumas garrafas de refrigerante, Louis abriu o outro e pegou água. Seguimos até a camionete e enquanto colocávamos as coisas no banco de trás ele disse:

- Pelo menos não temos que pagar por isso. - Nós dois rimos após isso é seguimos viagem, pelo menos quatro dias pela frente, sem contar os momentos que iremos parar para descansar.

וווו×

MIL desculpas pelo capítulo um pouco pior que os outros, mas acho que realmente precisava disso para mostrar que Harry não é tão fraco e que um ama o outro igualmente.

espero que tenham gostado.

a música do título é Pray do Sam Smith e eu já coloquei na playlist da fanfic do Spotify.

meu twitter é tobluegreenhour.

love, Ádrian.

Runaway With Me {l.s.}Where stories live. Discover now