Capítulo 11

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Depois de nos entupirmos de ovos cozidos e leite vamos para frente do hotel pegar um táxi para a Feira, tenho a impressão que vou me foder nessa brincadeira, mas agora já é tarde para voltar atrás, ele ofendeu o cheiro da minha merda e me desacatou, então merece uma lição.

No táxi mandei uma mensagem para mamãe, papai e Bianca, avisei que cheguei e estou bem, Baroni atendeu seu celular que estava tocando.

- Oi mãe, como a Senhora está? - Baroni pergunta e estou pura atenção na conversa dele.

- Estou bem, sim... já tomei mãe... mãe não estou mentindo... comi ovos, tomei leite, tinha torrada e frutas também... - Ele está mentindo sobre o café da manhã, a mãe dele pelo visto é bem preocupada.

- Estou indo para a Feira... sim.... estou agasalhado... nem está tão frio... eu sei mãe... está aqui do meu lado... mãe não tem motivos pra isso... claro que não mãe! Mãe eu não tenho vergonha da Senhora... claro que não... não vou dar o telefone dela pra Senhora! Mãe! - Ele diz parecendo um menininho emburrada, será que a mãe dele quer meu telefone? Gente alguém avisa ela que eu não babá!

- O pai já saiu? Não estou mudando de assunto... claro que não... - Ele diz, fica uns segundos em silêncio e continua. - Não quero nem saber, já falei, ela que converse com os advogados sobre o divórcio, não adianta fazer esse drama, isso é assunto decidido... que se dane, ela que vá trabalhar, não vou mais bancar os luxos dela... mãe eu já disse que não vou voltar atrás... não.... não, mãe acabei de chegar na Feira e preciso desligar... te amo... te amo e fala que eu amo o papai... tchau... beijo... beijo... tchau... - Ele diz e encerra a ligação.

Nem preciso olhar para Baroni para saber como ele se sente, com certeza absoluta a mãe dele o estava pressionando por causa da separação, qual o problema das nossas famílias que simplesmente não consegue entender que estamos no século 21 e que se separar não é nenhum absurdo?!

Quando chegamos na Feira fico bem animada, o Centro de Convenções é imenso e estou louca para ver as novidades e fechar alguns negócios.

Baroni parece bem animado e assim que passamos pela recepção e pegamos nossos crachás entramos vendo os grandes estandes.

Por incrível que parece ele não me provoca mais e nem eu o faço, ambos focamos nos negócios e nossa manhã passa bem rápido, conversamos com muitas pessoas e tanto eu como ele agimos com total profissionalismo.

Basicamente os primeiros dias de Feira vão ser para conhecer novos maquinários e as novidades, já os dias finais são os mais importantes, são neles que se fecham grandes negócios.

Fomos almoçar no restaurante da Feira e quanto chegamos ao local Baroni já pega um prato e começa a colocar ovo, batata doce e salada de repolho.

- Isso vai te encher de gases! - Falo o fitando.

- Se prepare nanica, não é só a merda que vai ser fedida... - Ele diz rindo.

- Se é assim que você quer brincar, assim vai ser! - Falo entupindo meu prato de feijão e repolho.

Baroni vê que eu peguei feijão e logo corre para o buffet pegando outro prato e enchendo de feijão.

Sim, ele vai comer dois pratos e pelo seu tamanho vai ficar uma bomba humana, não quero nem pensar como vai ser nossa noite, mas não vou ficar para trás, ainda não me esqueci do drama que ele fez pela manhã e nem que me chamou de Godzilla.

- Gostei dos maquinários da Stoke, o modelo R714 ia diminuir o tempo de produção em 27%. - Falo puxando assunto.

- Exigiria treinamento dos funcionários, mas é algo que vale a pena, deveríamos colocar na lista para ser analisado, precisamos fazer mais cálculos. - Ele diz e concordo.

Meu BaroniWhere stories live. Discover now