Capítulo 10

13.1K 1.4K 114
                                    

Se lembra daquelas paredes que construí?
Bem, querido, elas estão desmoronando
E elas nem sequer resistiram à queda
Beyoncé_Halo

Se lembra daquelas paredes que construí?Bem, querido, elas estão desmoronandoE elas nem sequer resistiram à quedaBeyoncé_Halo

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

Revisado*

  Já passava das três da manhã e nada da minha cabeça parar de doer. Culpa do Nikolai que me atarzanou a tarde toda querendo ir atrás do irmão. Eu não sabia onde Andrey estava, ele nem ligou. Até quando coloquei Nikolai na cama ele ainda não tinha chegado.

  Nikolai gosta muito do irmão. Nesses cinco dias que ele está aqui, ele e Andrey estão sempre juntos.

  Mas nessa manhã Andrey saiu cedo e disse que não tinha hora pra voltar.

   Nossa convivência está sendo normal. Ele sempre me pergunta como estou, se preciso de algo. E eu sempre fico com uma sensação diferente no corpo.

   Me levanto e procuro um comprimido na minha bolsa. Mas a cartela está vazia.

   Desço e vou até a cozinha. Me lembro que vi alguns analgésicos em uma gaveta.

  Pego um comprimido e engulo junto com a água que peguei.

  Me sento na banqueta e abaixo minha cabeça. Penso em Peter, desde que ele foi embora ele não me ligou. Até tentei ligar para Lauren, mas sempre dava na caixa postal. Eu sinto falta do meu pequeno. Rachel é outra que sumiu, a ruiva sequer me liga. Suzie disse que está muito feliz, ficar com a família está animando-a.

  Eu sentia falta da minha família. Papai e mamãe desde que morreram fazem um falta enorme na minha vida.

  Escuto a porta da frente sendo aberta. Provavelmente Andrey.

  Ele aparece na cozinha.

   Sua aparência está pessíma. Mas o sangue manchando sua camisa branca me deixa aflita.

—  Você está bem? O que aconteceu com você? — pergunto me aproximando.

—  Não foi nada de mais. Um ladrão tentou me assaltar e eu reagi. Resultado: um corte na barriga.

   Ele vai até a geladeira e pega uma garrafa de água.

  Chego mais perto e levanto sua camisa. Um corte horizontal que tem pontos.

—  Isso está feio — falo.

— Como Nikolai está? —  pergunta se afastando.

— Ficou chateado por que você não estava aqui hoje.

—  O que faz aqui a essa hora?

—  Dor de cabeça —  explico —  Ficar escutando seu irmão gritando meu nome toda hora por nada, me fez ficar assim.

— Nikolai é irritadiço as vezes.

   Sorrio concordando.

—  Bom, tenha uma boa madrugada —  falo.

  Passo por ele, mas Andrey segura minha mão. Seu toque traz um arrepio pelo meu corpo.

—  Obrigado por cuidar do meu irmão.

—  Só faço meu trabalho. Eu gosto dele.

   Ele se aproxima mais de mim. Posso até sentir sua respiração no meu rosto.

   Nunca fiquei tão próxima asssim dele. Só posso dizer que é excitante.

—  E você? Gosta de mim? —  pergunta aproximando seu rosto do meu.

—  Eu ... acho que sim.

   Ele toma meus lábios em um beijo avassalador. Nossas línguas entram em uma sincronia incrível. Passo meus braços ao redor do seu pescoço e ele aprofunda mais o beijo, desejo corre por minhas veias como se fosse fogo. Fechei os olhos, deslizando os dedos por meus cabelos, ele me beijou mais intensamente.

   Já beijei algumas vezes, mas nada se compara com isso.

  Parece que o tempo para, seus toques se transformam em algo mais. Me afasto para recuperar o fôlego.

  Olho para ele e vejo que está tão abalado como eu.

— Em quê você trabalha? —  pergunto.

  Sei que é algo que não deveria se perguntado depois de um beijo daqueles, mas eu precisava saber.

   Ele me olha confuso e passa a mão no cabelo.

— Sou chefe da Tambovskaya. Uma organização da Bratva.

   Suspiro e passo a mão no rosto.

—  Mafioso?

—  Sim, você não parece surpresa.

—  Não estou. —  respondo —  Eu até suspeitava que você era do crime. Eu achei que era gangster.

  Ele sorri.

—  Sou da máfia russa. Isso não te assusta?

—  Nem um pouco. Só não quero saber o que você faz. Sua vida mafiosa é só sua. Yuri também é?

—  Sim, todos com quem ando são mafiosos, menos você e Helena.

—  Ok.

— Ok.

   Ele tenta me beijar de novo, mas não deixo. Eu até queria , mas eu entendia uma coisa.

—  Por que não me deixa te  beijar? —  pergunta.

—  Não quero ser mais uma na sua cama. E sei que vou acabar machucada se eu continuar com isso.

—  Sabe que eu nunca te machucaria —  Andrey diz.

—  Eu sei, mas não posso continuar.

  Passo por ele e subo a escada. Entro no meu quarto e deito na cama.

   Sinto sensação dos seus lábios nos meus. Adormeço com um latejar intenso na minha margarida.

Comente e deixe seu voto!

Meu Mafioso #1|Série TambovskayaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora