第3章

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Não julgue sem antes conhecer

Renjun estava aflito, devia ou não fazer o que estava prestes a fazer? Fora avisado várias vezes em nunca, mesmo que isso dependesse sua vida, nunca fale com os rapazes do Topo. Yukhei sempre repetia sobre isso, e o mais novo às vezes se perguntava do porquê ouvir sempre e sempre a mesma coisa.

Alguma vez alguém foi pego nessa situação? Onde falar ou não falar mudaria, não a vida dele, mas a de um dos meninos?

O chinês entrou no refeitório, caminhou em silêncio entre os alunos que conversavam sobre coisas aleatórias sobre o dia da escola, seu primo o chamou com um gesto, sentado na mesa mais perto da entrada com local, Renjun, respirou fundo e sorriu, negando em um gesto simples que mostrava que não estava lá para o almoço.

A mesa dos meninos do Topo ficava bem afastada dos demais, e como ninguém estava acostumado com uma única alma viva se aproximando deles, Renjun passou despercebido. As mãos do chinês estavam suando, não por medo, embora aprendera a temer os meninos, mas pelo simples fato de estar prestes a fazer algo que fugia de sua pacata rotina.

— Na Jaemin? – Chamou em voz alta, fazendo com que os meninos da mesa se assustassem. Não é todo dia que isso acontece. Quando o Na se virou para encarar o mais baixo, Renjun respirou fundo e disse – vi seu gatinho nos limites da área florestal – comentou de forma rápida, deixando um sotaque que ele dificilmente tinha – ele deve ter se perdido lá, então eu começaria a procurar logo.

E saiu correndo. Foi parar no corredor e se escondeu entre os armários, sorrindo pela adrenalina que era liberada em seu corpo. Enquanto isso, os meninos continuavam em choque. Mark foi o primeiro a falar.

— Você comentou do Miau para mais alguém Nana? – Quis saber enquanto via que o mais novo estava olhando para onde, segundos atrás, estava uma pessoa completamente desconhecida.

— Não – soltou se virando e encarando o mais velho – somente vocês e nossos pais sabem, nem mesmo os outros hyung devem saber...

— Então como ele descobriu? – Mark pergunta pensativo. Depois, encara Jeno, que já tinha terminado a sua refeição – pode ir descobrir sobre isso? – Jeno só suspira e se levanta, andando tranquilamente até a saída, procurando pelo porte baixo do desconhecido.

Achou o mesmo se levantando do meio dos armários e arrumando o uniforme. Renjun não viu quando Jeno chegou, então um grito ficou preso em sua garganta, assim que o coreano o empurrou contra o armário e apoiou as mãos no metal, impedindo uma possível fuga do menor.

— Como sabia do gatinho do Nana? – Foi direto, e isso confundiu o chinês. Afinal de contas, quem caralhos é Nana?

— Eu vi a foto do gatinho no celular dele, eu não queria, juro, foi sem querer! – Afirma Renjun, arrependido já, de ter decidido ajudar o coreano – droga – empurrou o mesmo – se veio me bater, bata logo! – E Jeno fez uma expressão triste, não gostava do rumo que aquilo estava levando. Não queria ser conhecido por esse tipo de fama.

— Não vou te bater – soltou por fim, se afastando do mais velho – me desculpe, mas é que só nós sabíamos, e você surge do nada – olhou para o chão, culpado, mesmo que aquilo estivesse estranho. Quero dizer, ele é Lee Jaeno, por que estava assim por conta de um estranho?

— Não precisam se preocupar com isso – Renjun arruma a gravata e depois joga os cabelos para trás – não vamos nos ver nunca mais se depender de mim – e depois de encarar Jeno nos olhos, o chinês deu as costas para o maior e saiu dali, decidido a simplesmente nunca mais cruzar seu caminho com os rapazes do Topo.

So What?Where stories live. Discover now