第14章

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Rostos bonitos

Renjun segurava a taça de Sunday com força, sentia a tensão no ar e pior ainda, Jeno não parecia se importar com o quão chateado estava com a presença de Jaemin naquela mesa. Claro que o Lee sabia que aquilo tinha dedo de Donghyuck. Jisung aparecendo do nada ali, se sentando na mesa e arrastando Jaemin, só para ter que sair com Chenle segundos depois, era mais algum plano idiota do Lee mais novo.

Se eles não fossem amigos, Jeno já tinha batido naquele rosto bonito.

— Então – Jaemin diz após quase jogar o sorvete fora para terminar aquilo rápido – eu vou indo – sussurrou e fez uma reverência, claramente querendo se desculpar por estar ali – Jeno-ah, pode deixar que eu pago – comentou assim que viu o mais velho ameaçar pegar a carteira na mochila.

— Tem certeza? Eu te devo um sorvete desde a última vez – Jeno lembra o Na, que dá de ombros.

— Tenho sim, além de que – começou a falar, parando de imediato assim que sua visão captura algo – puta que pariu – soltou quase em um sussurro, chamando a atenção para si, e depois para onde olhava.

Moon HyeIn estava andando como se nada estivesse acontecendo. Seu uniforme estava sujo e meio rasgado. Os cabelos tinham folhas e alguns galhos, mostrando que provavelmente ela estava na área florestal. A garota não parecia ligar para nada ao seu redor e isso fez com que Jeno encarasse Renjun.

— Eu acho que é ela – disse convicto.

— Ela o que Jeno? – Jaemin pergunta.

— Ela que é o Encapuzado, ou está ajudando ele – deu de ombros e voltou a saborear o sorvete – querem provas eu arranjo.

— Por que caralhos ela ajudaria o Encapuzado? – Renjun quis saber – e não temos muitas provas para nada Jeno – e olhou para a figura da garota que se afastava com lentidão.

— Os sapatos dela estavam sujos, ela não quer que a gente conte para o xerife sobre o que descobrimos, é sozinha e ninguém fala com ela... Me parece um bom perfil não? – Lee sorri satisfeito com seu comentário.

— Além de que eu ouvi no jornal que acharam mais uma marca de lua na Yun JiYeon – Jaemin comenta – não estava no pulso, estava no tornozelo.

— Como eu não estou sabendo disso? – Renjun quase grita, claramente frustrado.

— Estava passando agora mesmo Injuni – o mais novo dali informa – você estava preocupado demais em tirar todo esse chantilly do que ver a TV – e Renjun corou, soltando frases em muxoxos e reclamações – o que importa é que temos que dar um jeito de entrar na diretoria e pegar o caderno da assinatura dos formandos.

— Já tem a lista dos nomes que estava no álbum de 95 ? – Jeno pergunta para Renjun.

— Hum, Donghyuck ficou com ele – o chinês informa, olhando o relógio – acho que no final, não conseguimos escapar desse assunto – solta, querendo se referir que estar ali, era apenas algum motivo bobo para não pensar nessas coisas.

— O que quer que esteja acontecendo – Na se levanta – está claramente tomando conta das nossas consciências.

. . .

Jisung sorriu de canto para os meninos que estavam afastados. Todos escondidos atrás do pilar do pátio. Chenle era o único diferente, estando um pouco mais perto, apenas esperando o Park começar sua atuação. Donghyuck era o que daria o sinal para que o mais novo do grupo começasse o plano, e depois de alguns segundos, o Lee soltou um assobio alto.

— Ah! – Jisung grita caindo no chão e chamando a atenção de algumas pessoas, suas mãos vão para seu tornozelo e sua face se contorce em uma falsa dor – AH! – Gritou mais alto para chamar a atenção total de todos naquele local.

Chenle, como um bom ator, largou tudo que fazia (isso significa jogar bandeja cheia de coisas, que quebraram ao tocar o chão) e correr até o mais novo.

— Sung! – Soltou choroso e alguns alunos correram até a enfermaria para chamar algum adulto – Quem passou o pé nele? – sua face de puro ódio assistir todos e Mark sussurrou um “eita” baixinho.

— Hyung 'ta doendo! – Jisung abraçou o corpinho do chinês enquanto o mesmo tentava ajudá-lo a se levantar. Não demorou muito para o diretor chegar acompanhado de uma das enfermeiras. Claro que o senhor Baek estaria ali. As competições estavam chegando, e Jisung é uma das estrelas da escola.

— Agora! – Donghyuck soltou, puxando Renjun e Mark, que foram seguidos pelos demais. Os cinco passam pela multidão e sobem as escadas. A sala do diretor fica no segundo andar, no final do corredor, e os meninos sorriem ao ver a porta aberta.

— Jeno e Jaemin – Mark diz jogando a bola de futebol que carregava consigo – quando ele chegar! – Se referiu ao fato que os meninos deviam jogar aquilo até a sala para que os outros pudessem saber quando o diretor estivesse subindo as escadas.

— Puta merda – Renjun soltou assim que o canadense fechou a porta. Seu coração batia com força em sua caixa torácica e um sorriso brotou em seu rosto – isso foi muito louco – admitiu entre risos pelo nervosismo que corria solto em seu corpo.

— Muito – Haechan olha para os lados – mas temos que ser rápidos, o diretor não vai ficar para sempre com o Park – e o coreano começou a abrir as gavetas da sala. Não haviam muitos lugares para ver, e logo Mark achou o livro que procuravam na gaveta da escrivaninha diretor – isso mesmo – o mais novo sorri contente e beija a bochecha de Mark, apenas para deixar o líder sorrindo meio bobo.

— Achou algo? – Pergunta Renjun assim que o mais novo abre no ano de 95.

— Calma – e tirou um papel do bolso do uniforme, colocando na mesa. Nas linhas, tinham todos os nomes achados no álbum de fotos, e assim que eles acham o que procuravam, uma pequena pedra quebra a janela da sala, assustando os três. Enrolado na pedra estava um papel que Mark pegou e leu em voz alta.

“Saiam daí em um minuto” – olhou para os mais novos – vamos Hyuck! – Quase gritou – achou o nome? – E viu o menor anotar com pressa algo e assentir com a cabeça – Vamos então! – E puxou os dois, quase derrubando Renjun que estava guardando o livro – vamos logo! – E saíram dali, apenas para que Haechan pegasse a bola que Jaemin chutara antes de acertar sua cara.

— Como sabiam que já deviam sair? – Os dois correm até eles e entram na sala de Jeno e Jaemin. Segundos depois, o diretor vira a esquina do corredor.

— Eu disse que eles iam se distrair e demorar para avisar! – Donghyuck reclama, apenas para que Mark tampasse sua boca assim que o diretor passou pela sala.

— Acharam o nome pelo menos? – Jaemin pergunta, e todos encaram o Huang e o Lee, que sorriram de canto.

— Aqui – apontou o papel com os outros nomes, e no final, com uma caligrafia rápida, estava escrito Hyun Hye-Ji – quem falta na foto é uma menina.






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