第19章

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Análise a paisagem

Sair da cama não era a parte mais difícil do dia. Não, a parte mais difícil eram as duas aulas de geografia daquele dia. Era entrar naquela sala e não poder se aproximar das pessoas que sempre disseram que estariam ao seu lado.

Mas HyeIn era uma pessoa prática. Melhor sozinha, do que mal acompanhada. Mesmo assim, no momento que saiu de casa, ela não foi em direção a escola. A menina virou à esquerda e andou com toda a calma do mundo, até a área florestal. Estava com a câmera na mochila e tiraria as fotos dos outros pássaros para conseguir terminar sua coleção.

Ela andou uma hora para chegar na parte mais afastada, onde sabia que ninguém ia, já que lá era a área original. Não era podia entrar lá sem autorização, mas Moon gostava da sensação de estar entrando em “local desconhecido.”

A morena pulou a cerca e sentiu o ar mudar. Era instantâneo e surpreendente como algumas árvores já deixavam a atmosfera mais leve e pura.

HyeIn checou se tinha água para o dia todo, e viu se sua câmera tinha rolos o suficiente. Depois, a pendurou no pescoço e caminhou por mais dez minutos, até chegar na nascente do rio, e se sentou ali perto, apenas para capturar a imagem de um pássaro no qual ela não lembrava o nome. Assim que sua irmã voltasse da faculdade, HyeIn mostraria a coleção dos mais diversas aves e plantas.

Era quase que terapêutico estar ali.

Mas HyeIn esquecera que não importa quanto tentasse fugir. Os problemas e confusões iam atrás dela. E naquela tarde, enquanto ela revelava as fotos em seu banheiro, ela percebeu algo que fez com que derrubasse a foto, algo que a puxou com força para uma realidade horrível.

Havia a silhueta de uma pessoa na foto. Bem distante, mas isso não a assustava tanto do que ver o corpo de An MinJoon. Suas mãos tremeram antes de pegar a foto e analizar o corpo da mais velha. Era ela mesmo. Os cabelos cacheados e a mexa rosa que ela fizera escondida dos pais.

. . .

Era a terceira vez que Moon saia de casa e chegava tarde. Seu pai não a impedia de fazer isso pois sempre foi a favor de dar um espaço para suas filhas. Ele não gostava de “invadir o tempo delas” com perguntas aleatória. HyeIn agradecia por isso, mas era difícil convencer sua mãe de que estava tudo bem. E naquele dia em especial, a garota teria que dar uma boa desculpa. Seu uniforme estava rasgado pelos galhos da área florestal.

HyeIn estava tendo uma dificuldade de não deixar rastros no local, estava com medo de encontrar aquela pessoa completamente coberta por roupas. Mas hoje, ela encontrou algo que não estava em seu roteiro. Achara um gato com tons laranjas passando em sua frente. O bichano a encarou com neutralidade, e se movimentou com lentidão.

Era quase como se pedisse que ela o seguisse. Moon não era idiota e em qualquer outra ocasião, diria que aquilo é a vida real, não Branca de Neve, onde os bichinhos a guiaram para o lugar certo. Mas o gato era, provavelmente, a criatura mais inteligente do local, porque a levou para a Barraca das Sementes, que foi utilizada na época que estavam plantando as novas árvores. Não haviam sementes de verdade, apenas mudas de árvores, mas o nome pegou.

O local estava abandonado, e a prefeitura não mexia um dedo para tirá-la dali. Os moradores já chegaram a se reunir por conta própria para remover aquilo dali, mas a natureza já reinvidicara o cômodo, fazendo com a ideia fosse jogada fora.

O gato laranja se sentou na terra e esperou com que a garota tomasse uma atitude. Ela o fez claro. Tirou a foto do lugar, mas antes de poder se aproximar, viu a figura encapuzada entrando pela porta de madeira em decomposição. Seu sangue gelou, e seus pés a guiaram para o mais longe dali.

So What?Where stories live. Discover now