第12章

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Touché

Terça chegou e a escola estava fechada. Um aviso prévio dizia aos pais e responsáveis, que o prédio ficaria assim apenas naquele dia, e voltaria ao seu funcionamento normal na quarta. E embora a senhora Huang tivesse se mostrado contra isso, Renjun soube que era o que muitos moradores queriam. Fingir que nada estava acontecendo.

E enquanto Renjun dormia até tarde, não muito longe, Jeno e Jisung caminhavam juntos, onde o mais velho acompanhava o Park, em caminhar com seu cachorro. Os dois estavam em um silêncio absoluto, e Jeno só estava ali porque era rotina fazer aquilo, toda vez que não tinham aula e a senhora Park mandava o filho caminhar com o cão, Jeno só ia junto.

— Ainda bem que seus pais não mandaram ninguém com você – Finalmente Jisung fala segurando forte a coleira de Bai, que estava contente em ter o dono para si depois de tanto tempo – se um daqueles caras estranhos viesse, eu mandava o Bai para cima deles – e Jeno riu.

— Obrigado – disse sincero – meus pais não gostaram da ideia de me ver andando por aí sozinho, mas os convenci que não sou o prato principal desse psicopata.

— Donghyuck não fala, mas está começando a ficar frustrado com essa situação – Jisung aponta o óbvio. Todos no grupo sabiam o quão sem paciência o Lee mais novo ficava quando não achava a respostas das coisas. Chegou a por fogo em uma folha da escola quando não soube o y que o exercício mandava – mas eu estava pensando, o que vamos fazer quando acharmos essa pessoa? A polícia já foi descartada... Eu não estou a fim de ir atrás do Encapuzado.

— Vamos cuidar disso quando chegar a hora – Jeno tranquiliza o loirinho, que deu um sorriso, parando apenas porque Bai estava em posição de ataque. Eles tinham caminhado sem se importar para onde iam, sendo guiados apenas pelo cachorro branco, mas ao ver que agora estavam na praça que fazia divisa com a área florestal, eles ficaram igualmente nervosos – Renjun mora na rua de cima Sung, vamos até lá – pediu com um fio de voz. O dia estava ensolarado, mas a cena na frente deles, a escuridão entre as árvores, aquilo não estava fazendo bem a eles.

— Vamos Bai – Park pede, puxando a coleira do animal, que rosnou para o nada – Bai! Não tem nada ali! – Quase gritou, tentando acreditar em suas palavras, mas Jeno segurando seu pulso, o fez quase chorar.

Lá estava a figura assustadora.  Não era possível ver suas feições, o boné escondia uma parte de seu rosto, e quem quer que fosse usava uma máscara branca. Suas vestes eram diferentes da foto que Mark mostrara a um tempo, e não estava com o capuz. Mas não havia dúvidas.

Era a pessoa. O Encapuzado.

Jeno gritou com Bai, que parou seus latidos para acompanhar os dois rapazes que correram dali, suas pernas os guiaram para o lugar mais próximo, e quando foram atendidos pela chinesa, disfarçaram bem o nervosismo e esperaram na sala, com o cachorro, que a senhora Huang deixou entrar.

— Faremos isso – Jisung sussurrou assim que a mulher saiu para chamar o filho – quando descobrirmos quem é, só vamos correr. Somos covardes hyung. E vamos correr para longe – e mesmo Jeno não concordando, mesmo sabendo que provavelmente fariam algo, ele não pode deixar de engolir em seco.

. . .

A cidade estava em alerta. Seria quase impossível pegar sua terceira vítima. Mas esse gosto de adrenalina em seu sangue, esse chamado do impossível, deixava tudo ainda mais incrível, mal esperava para pôr as mãos naquele rosto inocente.

Cortaria uma mecha de seus cabelos, e depois, a descartaria como fizera com as outras. Porque nenhuma delas merecia viver. Porque nenhuma delas merecia isso. Esse era seu julgamento, esse era seu pensamento final. E mesmo que uma pequena parte de si gritasse contra a outra , calá-la com o mesmo argumento não foi difícil. Disse com as mesmas palavras, e tudo que mudava eram as lágrimas, que eram novas.

So What?Where stories live. Discover now