Capítulo 13

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Pov Alice

Senti que as coisas estavam esquentando e estávamos indo rápido demais. Separo nosso beijo e me afasto dele ofegante.

- Você... A gente... Não deveríamos ter feito isso. -  Disse sem conseguir olhar para ele.

- Vai dizer que não queria isso? -  Perguntou ele e senti ele se aproximar e depositou um beijo em meu pescoço.

- Eu preciso me trocar. Saia do meu quarto por favor.-  Disse e peguei minha roupa e corri para o banheiro para me trocar.

Escorreguei pela porta e tentei regularizar a minha respiração. Ele não podia fazer isso. Eu não podia ter retribuído.

Eu não posso começar a gostar dele. Não é isso que eu quero para minha vida. Eu não estou mais me reconhecendo, esse lugar está mesmo me mudando e não sei se isso é bom.

Me levanto e me visto rapidamente. Desço e percebo que Miguel não estava em casa. Vou até o telefone fixo e disco o número de Lydia.

Lydia: Alô? Alice?

Alice: Oi. Sou eu.

Lydia: Está tudo bem?

Alice: Não. Estou assustada.

Lydia: O que aconteceu? Alguém fez algo com você?

Alice: Não. Eu não estou mais me reconhecendo. Eu estou com um pressentimento ruim. E estou me sentindo só. Minha amiga e meu namorado me trairam.

Lydia: Eu sinto muito meu amor. Mas você não está sozinha. Você tem o seu pai, a mim e até a sua mãe.

Alice: A Lili é só a minha mãe biológica. Por mais que ela se esforce eu não consigo perdoar ela. E você sempre vai ser uma mãe para mim.

Lydia: Eu não aguento te ouvir assim tristinha. Eu vou pegar o primeiro vôo para aí. Me espere.

Alice: Obrigada. Eu te amo tanto.

Lydia: Eu também te amo minha Ali. Tenho que ir para resolver as coisas para viajar. Eu ligo para esse número quando chegar. Vou ver primeiro seu pai e depois irei pra aí.

Alice: Okay. Beijos. Vem com Deus

Lydia: Fica com ele.

Ela desliga e limpo algumas lágrimas que eu nem tinha percebido ter derramado.

Vou até a varanda e vejo de longe o Miguel indo para o celeiro. Resolvo ir até lá para conversar com ele.

- Hey. Podemos conversar sobre o que aconteceu a pouco?-  Perguntei.

-  O que? Vai falar que não queria? - Perguntou ele.

- Não. Eu quis. O problema não é esse. Eu estou passando por um momento ruim. Não quero me envolver com ninguém. - Disse.

- Okay. Eu entendo. Mas você está bem? Percebo que tem algo a mais te incomodando. - Disse ele.

- Eu acho que você é a pessoa com quem eu mais desabafei aqui. Isso é esquisito, eu nunca fui de me abrir assim, só com a Milena e as vezes a Lydia. De uma maneira esquisita eu sinto que posso confiar em você. - Disse.

- Você sempre poderá confiar em mim mesmo sendo uma patricinha bem insuportável às vezes. - Disse ele e eu sorri.

- Obrigada. Eu vou entrar. - Disse e ia saindo.

- Hey. Qualquer coisa me chama. - Disse ele.

- Pode deixar. - Disse e sai. Caminhei lentamente até chegar em casa.

O caipira Where stories live. Discover now