Pov Alice
Senti que as coisas estavam esquentando e estávamos indo rápido demais. Separo nosso beijo e me afasto dele ofegante.
- Você... A gente... Não deveríamos ter feito isso. - Disse sem conseguir olhar para ele.
- Vai dizer que não queria isso? - Perguntou ele e senti ele se aproximar e depositou um beijo em meu pescoço.
- Eu preciso me trocar. Saia do meu quarto por favor.- Disse e peguei minha roupa e corri para o banheiro para me trocar.
Escorreguei pela porta e tentei regularizar a minha respiração. Ele não podia fazer isso. Eu não podia ter retribuído.
Eu não posso começar a gostar dele. Não é isso que eu quero para minha vida. Eu não estou mais me reconhecendo, esse lugar está mesmo me mudando e não sei se isso é bom.
Me levanto e me visto rapidamente. Desço e percebo que Miguel não estava em casa. Vou até o telefone fixo e disco o número de Lydia.
Lydia: Alô? Alice?
Alice: Oi. Sou eu.
Lydia: Está tudo bem?
Alice: Não. Estou assustada.
Lydia: O que aconteceu? Alguém fez algo com você?
Alice: Não. Eu não estou mais me reconhecendo. Eu estou com um pressentimento ruim. E estou me sentindo só. Minha amiga e meu namorado me trairam.
Lydia: Eu sinto muito meu amor. Mas você não está sozinha. Você tem o seu pai, a mim e até a sua mãe.
Alice: A Lili é só a minha mãe biológica. Por mais que ela se esforce eu não consigo perdoar ela. E você sempre vai ser uma mãe para mim.
Lydia: Eu não aguento te ouvir assim tristinha. Eu vou pegar o primeiro vôo para aí. Me espere.
Alice: Obrigada. Eu te amo tanto.
Lydia: Eu também te amo minha Ali. Tenho que ir para resolver as coisas para viajar. Eu ligo para esse número quando chegar. Vou ver primeiro seu pai e depois irei pra aí.
Alice: Okay. Beijos. Vem com Deus
Lydia: Fica com ele.
Ela desliga e limpo algumas lágrimas que eu nem tinha percebido ter derramado.
Vou até a varanda e vejo de longe o Miguel indo para o celeiro. Resolvo ir até lá para conversar com ele.
- Hey. Podemos conversar sobre o que aconteceu a pouco?- Perguntei.
- O que? Vai falar que não queria? - Perguntou ele.
- Não. Eu quis. O problema não é esse. Eu estou passando por um momento ruim. Não quero me envolver com ninguém. - Disse.
- Okay. Eu entendo. Mas você está bem? Percebo que tem algo a mais te incomodando. - Disse ele.
- Eu acho que você é a pessoa com quem eu mais desabafei aqui. Isso é esquisito, eu nunca fui de me abrir assim, só com a Milena e as vezes a Lydia. De uma maneira esquisita eu sinto que posso confiar em você. - Disse.
- Você sempre poderá confiar em mim mesmo sendo uma patricinha bem insuportável às vezes. - Disse ele e eu sorri.
- Obrigada. Eu vou entrar. - Disse e ia saindo.
- Hey. Qualquer coisa me chama. - Disse ele.
- Pode deixar. - Disse e sai. Caminhei lentamente até chegar em casa.
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O caipira
Teen FictionAlice é uma patricinha linda e mimada. Sempre teve tudo o que quer. Um namorado lindo, vários amigos e todos a adoram. Muito popular na sua escola. Mora com seu pai. Sua mãe a abandonou para casar com seu tio e morar em uma fazenda. Miguel é um típi...