Capítulo 22

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Pov Alice

Depois de um tempo vejo todos irem embora. Meu pai passa por mim me chamando para ir para casa, mas Miguel disse para ele que iria me levar para casa depois.

Ele me acompanha até o túmulo da Lydia e eu me agacho perto dele. 

- Me desculpa por não ter participado da cerimônia, eu só não consigo aceitar que isso está acontecendo. Era para você estar comigo hoje. Como eu vou viver sem você? Quem é que vai me escutar sempre que eu precisar desabafar? Quem é que vai me ajudar nas compras? Quem é que vai fazer meu pai feliz como você? Quem é que vai me socorrer quando eu voltar a ter pesadelos? Quem é que vai assistir os filmes de romance água com açúcar comigo? Quem é que vai dizer que me ama e que vai da tudo certo sempre que estou triste? - Disse e não consegui controlar os soluços que saíam da minha boca enquanto as lágrimas banhavam o meu rosto.

Sinto a mão do Miguel no meu ombro e tento conter o meu choro compulsivo.

- Eu vou sentir muito a sua falta. Só não se esqueça que eu te amo para sempre! - Disse já controlando o meu choro.

Miguel me ajuda a levantar e me puxa para um abraço que eu estava precisando. Me sinto um pouco melhor nos seus braços.

- Vai ficar tudo bem! Essa dor com um tempo diminui. - Disse ele e se afastou depositando um beijo na minha testa.

- Acho difícil. Eu quero ir para casa. - Disse.

- Vamos. O meu carro está perto. - Disse ele e me guiou até o seu carro.

Ele abriu a porta para mim e eu entrei no banco do carona. Logo depois ele entrou no carro e deu a partida.

Passamos o caminho praticamente e silêncio, só falava para indicar o caminho da minha casa.

Quando chegamos eu praticamente pulei do carro. Esperei ele sair e entramos.

Logo na sala vejo os meus pais, os pais da Lydia, Camilla e o meu tio sentados no sofá.

- Quem bom que chegou minha filha! - Disse meu pai se levantando.

- Eu estou cansada. Eu vou subir para o meu quarto. - Disse sem olhar para os outros.

- Você precisa comer alguma coisa. - Disse ele.

- Eu não estou com fome. - Disse.

- Mas você precisa comer para não ficar doente. Hoje você está tendo um dia muito cansativo. - Disse Lili e eu olho para ela com raiva.

- Eu já disse que não estou com fome! Eu vou para o meu quarto. - Disse e ignorei todos e subi correndo para o meu quarto.

Respiro aliviada quando fecho a porta atrás de mim. Ando até a minha cama e me sento. Fito a porta e tento pensar em qualquer outra coisa que não seja a Lydia.

Escuto baterem na porta e Lili entra no quarto.

- Licença. Posso me sentar? - Perguntou ela e eu dei de ombros enquanto ela se sentava ao meu lado.

- Eu já disse que não estou com fome e não estou com vontade de conversar.- Disse.

- Eu só queria pedir desculpa, sei que não gostou de eu ter vindo. Eu só não ia conseguir ficar em casa enquanto você está sofrendo aqui. - Disse ela.

- Eu estou cansada de sempre escutar desculpas. Eu não quero discutir, eu estou muito cansada. - Disse.

- Mas eu não vim discuti com você. Eu vim dar o meu apoio. Eu te amo muito e me machuca muito te ver triste assim. O que eu posso fazer para você se sentir melhor? - Perguntou ela.

- Nada. Você não tem como trazer a Lydia de volta e muito menos voltar no tempo para concertar os erros que você fez no passado. - Disse.

- Eu sei que errei muito com você, mas eu ainda tenho muito o que explicar, assim que estiver pronta para ouvir eu estarei pronta para contar. - Disse ela.

- Eu preciso ficar sozinha. - Disse.

- Tudo bem. - Disse ela e saiu.

Me levanto e vou até o meu banheiro para tomar um banho.

No banho não consigo evitar de chorar. Demoro mais que pretendia.
Saio do banho e visto uma roupa confortável.

Assim que eu me sento na cama escuto baterem na porta novamente.

- Pode entrar. - Disse e a mãe da Lydia entra.

- Será que podemos conversar um pouco? - Perguntou ela.

- Claro. Fique a vontade. - Disse e ela sentou ao meu lado na cama.

- Eu queria te entregar uma coisa que a Lydia queria lhe entregar futuramente. - Disse ela me entregando uma caixinha preta.

Abro a caixinha e vejo um anel lindo que tinha uma pedrinha de diamante no meio. Eu reconhecia esse anel, era o anel de casamento da Lydia e do meu pai.

- Que lindo! Eu não posso aceitar isso.-  Disse.

- Claro que pode. É uma herança de família, vem passando de geração em geração da nossa família. Eu me casei com esse anel e a Lydia tbm casou com seu pai com ele. Ela queria entregar para você, já que você também é filha dela, você faz parte da nossa família. Ela te amava tanto. Ela queria que isso ficasse com você, ela amava ser sua mãe. - Disse ela.

- E eu amava ser a filha dela. Eu vou sentir tanta falta dela. É horrível sentir a dor de perder uma mãe de novo. - Disse e as lágrimas voltaram a cair.

Sarah me puxa para um abraço e me sinto tão reconfortada, o abraço dela me lembra tanto o abraço da Lydia.

- Você não perdeu a sua mãe biológica. Ela te ama muito, e o importante é que ela te ama e está aqui para você agora. Todos os pais erram, e pelo que eu sei da história ela errou achando que estava fazendo o melhor para você. Quando você ligou para Lydia pedindo para voltar antes dela vir nós conversamos. Ela estava tão preocupada com você, ela queria tanto que você perdoasse a sua mãe porque sabia que isso seria o melhor para você. Ela torcia tanto para sua felicidade e sabia que só estaria completa quando você se acertasse com sua mãe. Eu não poderia ir embora antes de falar isso para você, eu também quero que você seja muito feliz. Então só pensa com carinho em tudo que eu lhe falei. Agora vou deixar você sozinha. - Disse ela.

Vejo ela saindo do meu quarto me deixando sozinha com os meus pensamentos.


Oii gente. Espero que gostem do capítulo.

Votem e comentem o que estão achando.

Não se esqueçam de darem uma olhadinha na minha nova  história " The first love ", eu venho trabalhando muito nela e tenho certeza que vocês vão gostar. 

Bjos. ♡

O caipira Where stories live. Discover now