capítulo 22.

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Pov ~ Isabella~

Sentia uma dor forte na cabeça,  como se tivesse levado uma pancada na nuca,  abri meus olhos e verifiquei onde estava.

Não sei o que aconteceu,  só sei que estava na quadra pendurando uns malditos balões e depois nada,  tudo ficou Turvo e escuro.

Eu estava na enfermaria,  tomando soro,  não tinha ninguém comigo,  estranho como foi que cheguei aqui então?.  Não ouvia nada,  nem vozes do lado de fora,  pensei em sair e dar uma olhada, mas estava muito cansada. Resolvi ficar e esperar.

Minha mochila estava do lado da maca, vasculhei os bolsos a procura do meu celular,  peguei-o e chequei as mensagens recebidas no whatsapp. Tinha duas chamadas perdidas da minha mãe,  uma mensagem da Estefânia e duas do Carlos.

Respondi os dois que se pudesse me matavam por não ter respondido os dois antes,  a gente estava conversando sobre animê, como sempre,  eu estava tão distraída e feliz em poder finalmente conversar com alguém sem ser assuntos sobre a escola,  em poder conversar com alguém que se importa comigo e que quer o meu bem,  que sem querer uma lágrima escorreu do meu olho.

Ligação de Estefânia 📞📞...

Eu -Alô? - disse com a voz rouca.

Estefânia - Eai vaca? - ela parecia animada.

Eu - Eai? - eu não era muito de falar palavrões, mesmo que sejam como elogios.

Estefânia - Esta tudo bem contigo?,  sua voz esta estranha, você estava chorando?. - ela era daquelas amigas que percebe que você não esta bem só pelo seu ton de voz.

Eu - To sim. - mentira - E você?.

Estefânia - Já ti disseram que você menti muito mal? - não deu - Pois então,  o que ta acontecendo?.

Eu - Não e nada, e sério. Eu to bem, de verdade... - tentei mais uma vez - e só que eu passei um pouquinho mal,  e to na enfermaria da escola.

Estefânia - Na escola?  O que você tá fazendo ai a essa hora? ,  e passando mal,  o que você tem? ,  e grave? ,  conta logo miga,  não mente pra mim...

Eu - Calma loca,  eu to bem,  não e nada grave tá,  foi só uma tontura só isso - não queria deixar ela mais preocupada.

Estefânia -  e bom que seja só isso mesmo,  porque se for algo mais grave e você estiver escondendo de mim, e você morrer ,  eu vou até ai e te  mato,  viu.

Eu - Não exagera - ela fazia muito drama.

Estefânia - Ok,  melhoras viu... Ai merda.. -

Eu - O que aconteceu?. - ela chingava  pela linha.

Estefânia - Derrubei meu vidro de base no chão,  quebrou todinho.. - ela se lamentava -... E miga tenho que ir,  depois a gente se fala,  tá bom?,  beijos.

Eu - Tchau.

Desliguei o celular e  fiquei esperando,  o soro já estava acabando, estava tanto  silêncio,  comecei a criar paranoias na minha cabeça,  coisa que eu fazia sempre que ficava sozinha em um lugar desconhecido, já tava começando a me dar medo.

O soro já estava em seus últimos minutos de vida,  barulho de passos comecei a ouvi,  será que eu tava ficando loca,  não,  o barulho se intensificou e se aproximou mais da porta.  Um filme já se passava na minha cabeça,  um assassino em série iria me matar ali mesmo,  a cena do crime seria as paredes da enfermaria todas manchadas de sangue e a palavra killer escrita com sangue na parte limpa da parede, bela forma de morrer Isa, e cada coisa que eu imagino .  A porta se abre e Mi Cha entra,  preferiria o assassino em série,  brincadeira, tanta gente pra me fazer compania tinha logo que ser ela.

Mi cha - Olá,  songa monga. - ela adorava me provocar.

Eu - O que você quer? - perguntei seca.

Mi Cha - Calma,  pra que tanta agressividade,  só quero ti fazer compania e conversar. - havia outra intensão no olhar dela.

Eu -  Seja breve.- Por mais que eu odiasse ela,  eu queria  compania.

Mi Cha - Eu vi o que aconteceu,  belo tombo - ela riu - pareceu cena de filme.

Bateu um arrependimento de ter deixado ela ficar.

Eu - Vai ficar zombando de mim?,  se for pode ir embora.

Mi Cha - Calma,  vou ser breve - ela parou e ficou me encarando com aqueles olhos pretos sinistros dela. - só vim te dar um aviso.

Eu - Que aviso?  - o que será que ela queria.

Mi Cha - Quando você tava lá,  toda desengonçada pendurando aqueles balões bregas,  tinha um grupo de garotas do seu lado -se sentou na cama.

Eu - Ta o que tem?.

Mi Cha - Na hora que você caiu igual um batata cozida no chão,  aquelas garotas estavam perto demais da escada..

Eu -  A onde você ta querendo chegar.

Mi Cha - Nossa você e tão tapada assim? - revirou os olhos - pense,  e só ligar os fatos.

Ta,  que essas garotas estavam perto da escada,  isso eu sei,  mas o que elas tem a ver com o meu tombo...

Eu - Você ta insinuando que elas me empurraram da escada?.

Mi Cha - Santo Deus,  não a você anta,  a escada. - ela se irritou.

Eu - Da no mesmo.

Mi Cha - sim,  mas especificamente uma pessoa - ela me olhou seria.

Eu - Quem? - será que ela não estava mentindo.

Mi Cha - A mosca morta da...

Ela não conseguiu terminar,  a porta abriu.  Eram meus pais,  eu estava prestando muita atenção em Mi Cha que nem percebi eles chegando.

Mãe - Isa,  o que aconteceu meu amor? ,  você está bem? ,  se machucou? - começou a me examinar.

Eu - Eu estou bem mãe - continuou sua análise- para com isso .

Mãe - Só estou checando, pra ter certeza. - ela olhou para o soro,  que já tinha acabado, - vou chamar a enfermeira,  quero te levar embora logo.

Ela saiu em busca da enfermeira,  fiquei na sala sozinha com o meu Pai e a Mi Cha.

Mi Cha - Bom eu já vou indo - não, você ainda não terminou de contar.

Pai - Obrigado por fazer compania a minha princesinha- meu Deus pai,  princesinha não.

Mi Cha - Não a de que - ela me olhou,  e sorriu maquiavélica. E saiu.

Ela não vai deixar isso passar, não mesmo. Ficar só com o meu pai era meio constrangedor,  ele era o tipo de cara,  que não demostra afeto em atitudes, mas mesmo assim dava pra ver que ele estava preocupado comigo.

Minutos depois minha mãe chega com a enfermeira,  ela tira a agulha do meu braço e coloca um curativo.  Meus pais agradecem ela e me levam embora.

Durante o caminho,  no escuro do Banco de trás do carro,  fiquei pensando no que eu e a Mi Cha conversamos na enfermaria, quem será que era a garota.,  será que era verdade que alguém empurrou a escada pra que eu caísse ou seria mais uma das mentiras dela?.

Bom isso eu só descobriria na segunda.

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Olá seres humanos 😊😊

Mais um capítulo entregue!!!

Quem será que empurrou a Isa? 

Façam suas apostas.

Até o próximo capítulo ❤.

Boa leitura.... Tchauuu❣❣






O Amor É Uma Droga | JK .Where stories live. Discover now