《 Capítulo 5 》

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12 matérias é equivalente a 12 provas, 12 vezes queimando os neurônios, 12 lições de casa e assim por diante. Estamos no meio de março e eu tenho a sensação de ter passado muito mais tempo por conta das lições.
Menos de história, a única aula que era junto da Cloé, o professor nunca apareceu e na maioria das vezes é tédio total.

- Essa aula tá um saco, nem substituto eles colocaram - Cloé fala passando brilho labial - Vem comigo pegar uma bebida? Não tem nada melhor pra fazer - Ela se levanta e me estende a mão, eu a pego e me levanto.

- Prefiro beber uma Coca gelada e te ver xingando a máquina do que ficar aqui - Seguimos juntas pelo corredor conversando assuntos aleatórios.

[...]

- Essa droga comeu meu dinheiro! - Cloé da vários tapas na máquina de bebidas.

- Cloé essa máquina já é antiga como as outras, você sabe que demora - Me sento no chão e encosto na parede observando ela chutar a máquina.

- Alguma hora essa coisa vai emperrar de vez, e eu não quero ser a primeira vítima! Funciona lata velha - Ela continua com suas tentativas vãs e eu caio na gargalhada.

- Você viu que a Ludmilla voltou? - Umas meninas passavam conversando.

- Vi sim, fiquei sabendo que ela e o Christian estão brigados.

- Jura?! - Elas saíram e não escutei mais nada.

- Cloé quem é essa Ludmilla que todos estão falando ? - Ela chuta pela  última vez a máquina e se encosta nela derrotada.

- Ludmilla? Como posso explicar a Ludmilla...

- Sério? Meninas Malvadas é o clássico - Disse segurando a risada.

- Só o melhor meu bem - Ela coloca  a mão na cintura - Ludmilla é a ex do Christian, loira linda de dar inveja. Porém é uma peste maior que o Chris.

- É possível uma coisa dessas? - Revirei os olhos e logo em seguida ouço passos vindo da escada. Era Diana, minha colega de literatura.

- Finalmente Colins, onde você se meteu ? - Ela se aproximou e Cloé parece confusa.

- Estava na aula de química e agora história, aconteceu alguma coisa?

- Bem, o trabalho está se aproximando e acho que não vou ter muito tempo pra fazer. O melhor é já começar, pode ser hoje depois da escola na minha casa? - Penso um pouco mas logo afirmo com a cabeça.

- Me aguarda no portão principal as 17 horas então - Ela se aproxima da máquina e bate levemente.

- Nem tenta, tá bem empe... - O refrigerante que Cloé pagara caiu, Diana pegou e saiu bebendo. Cloé observava engolindo em seco.

- Meu refri...- Ela diz vendo ela se distanciar.

- Vem aqui vem - Abro meus braços e ela se senta no meu colo - Vai ficar tudo bem minha bebê, ela é malvada...

[...]
Faz 15 minutos que estou no portão.  perdendo as esperanças, esqueceu talvez?

- Moça seu cadarço está desamarrado - Uma menininha de lindos cabelos castanhos aparece atrás de mim.

- Obrigada menininha - Olho para os meus pés e vejo minhas sapatilhas - Mas ela não tem cadarço...

- Te enganei! - Ela disse correndo em volta de Diana que estava vindo.

- Sua irmã? Que graça... - Olho para a pirralha forçando um sorriso.

- Essa fedelha nunca para quieta, vamos?

- Metrô certo? - Disse um pouco apreensiva.

- Vamos no meu bebê - Ela diz se dirigindo ao estacionamento. Não sabia que Diana dirigia, nem que tinha uma irmã, e que gostava de literatura. Sei de nada mesmo. Mas uma coisa que eu estava certa é, ficar apreensiva.

- Tadaaaa! - A menina diz apontando para uma bicicleta vermelha e um triciclo.

- ...Esse é o seu bebê...?

- Vai me dizer que nunca andou de bicicleta - Ela me jogou um capacete.

- Claro que já - Disse subindo no banco de trás e fechando o capacete.

- Então se segura! - Ela diz isso e eu imediatamente me agarro na bicicleta. Diana pedala com uma disposição que eu nunca vi antes. Se eu pedalasse assim eu não estaria em um bom dia ou simplesmente tinha um encontro urgente com minha cama. Ela passava entre os carros e fazia curvas abertas que jogavam meu coração pra longe, porém chegamos intactas. Descemos da bicicleta e eu estava ofegante.

- Não aguenta uma corrida dessas moça? E eu que tenho 7 anos... - A garota fala negando com a cabeça.

- Vai assistir sua Peppa Pig vai - Disse e continuamos seguindo Diana que caminhava calmamente pelo quintal. Agora vendo melhor percebi a imensidão do lugar, era fantástico!

- Cheguei! - Diana fala abrindo a porta entrando em uma sala chique branca.

- Demorou...O que ela está fazendo aqui? - Christian desce as escadas. Só o que faltava.

- Vim estudar, e o que você faz na casa da Diana? - Cruzo os braços.

- Eu moro aqui.

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Sumida? Eu? Talvez hehe. Bom voltei a publicar normal, mas a pergunta que não quer se calar mesmo é: POR QUE CHRISTIAN MORA COM A DIANA? Comentem e até o próximo, bye bye ♡

Sentiu minha falta @ ?Where stories live. Discover now