Dusk | twilight

treino part3.

— Eles virão pelas montanhas daqui a quatro dias, tarde da manhã. Enquanto eles se aproximam, Alice nos ajudará a interceptar o caminho deles — Carlisle responde alguma pergunta.

— Ótimo, quatro dias é mais que o suficiente — Sam sorri com indiferença.

— Você não tem senso de perigo? — Isabella ousa perguntar para ela em um murmuro.

— Olha quem fala, a humana em meio bruxas, lobisomens e vampiros — retruca a morena sem nem olhar para ela.

— E nem é hora de criança estar acordada — digo e estalo os dedos. Logo em apaga e Edward a pega. A morena baba um pouco e fica roncando alto.

— Deselegante — comento, voltando minha atenção para Jasper, que prende o riso. Na verdade, todos estão assim.

— Carlisle está certo —  Jasper falou apenas pra nós; ele pareceu estar tentando ignorar a plateia atrás dele. Seu desconforto é nítido — eles irão lutar como crianças. As duas coisas mais importantes que vocês precisam lembrar são, primeiro, não deixem eles passaram os braços ao redor de vocês e, segundo, não tente matar de forma óbvia. É pra isso que eles estão preparados. Contanto que vocês os peguem pelos lados e continuem se movendo, eles ficaram confusos e responderão efetivamente. Emmett?

O gigante foi sorrindo até ele. Eles foram para o meio das duas linhas. Jasper alfineta Emmett sobre como ele é um exemplo perfeito de recém-criado. O que claramente além de verdade é um estímulo para o vampirão usar a impulsividade.

Eles começaram uma luta rápida, apenas vultos na noite. Me chateou não ter olhos como os dos outros. Olho para as garotas e sei que estão pensando o mesmo.

— Ok, nossa vez — quando acaba a luta deles, Sam diz. Eu, ela e Amy nos movemos como uma só.

— Três contra um?  — sorri Jasper.

— Não — Edward larga Isabella ao lado de Esme e fica ao lado do irmão.

Um dos lobos se aproxima, não faço ideia de quem seja. Cheirou Samantha. Leah?

— Com as bruxas, não há regras  — imito o tom de Jasper.

— Nós apenas seguimos três passos — continua Amy.

— Imobilizar, desmembrar e queimar — Sam sorri diabólica.

Levantamos aos mãos ao menos tempo, prendendo os três no chão. Eles lutam, mas não conseguem sair do lugar.

Sinto uma onde de derrotismo se apossar de mim. Por que estou lutando mesmo?

— Boa tentativa, Jasper — sorri Amy. Jasper. Claro!

— Em um estalo, as partes do seu corpo se desconectam e voam. Com outro, o fogo consome — explica Sam. Nos soltamos eles, fazendo Leah andar um pouco para testar sua liberdade.

— Podemos usar outra coisa — Amy senta no chão e afunda as mãos na terra. Ninguém entende nada, até que uma silhueta humana começa a surgir da terra. É impressionante e por mais que o tempo passe, ninguém se incomoda.

— Ela é Deus? — um dos lobos diz, impressionado. Isso a faz rir. Quando finalmente o homem de terra está pronto, Sam toma a frente.

— É simples — ela demonstra. Primeiro, com um movimento de mão, ela "paralisa" o boneco. Depois, com outro movimento, separa seus braços, pernas e cabeça. Ela junta tudo em um montinho e com um estalar de dedos um fogo aparece, mas não dura, claro. É terra. Tudo acontece rápido (o mais rápido que é humanamente possível).

— Incrível — murmura Carlisle.

— Podem deixar conosco — asseguro eles — esse confronto será rápido e sem baixas do nosso lado.

— Obrigada — Esme sorri e eu retribuo. Imagino o quanto ela deve estar nervosa com isso.

E então Jasper continuou dando instruções e todos os Cullen lutaram. Eu e as meninas observamos até onde deu, mas Amy acabou dormindo na metade, ao lado de um dos lobos (suponha que seja Seth, eles se dão muito bem) e Sam na grama mesmo. Sinto meus olhos pesarem também e logo Edward está ao meu lado, me apoiando.

— Nós estaremos fazendo isso amanhã. Por favor sintam-se a vontade de observar de novo — Jasper diz para os lobos.

Sam confirma presença e os lobos saem aos poucos.

— Seth leva Amy, eu levo a Sam — Leah diz. Assinto e com um aceno de cabeça, as duas estão seguras nas costas dos lobos.
Eles partem rapidamente.

— Eu a levo para casa — Edward se oferece.

— E sua namorada? — indago, em um tom amargo. Ele não tem culpa, eu sei. Mas dói e eu não posso evitar.

— Esme já a levou — ele diz, alheio ao meu tom — creio que ela irá dormir bastante, certo?

— Só o bastante para não me encher o saco — bocejo. Ele sorri, me pegando no colo. Apesar dele ser frio, me aninho nele. Nem é tão ruim. Ouço um rosnado, mas não ligo. Estou exausta demais para isso. Espero que Jacob esteja vendo isso e se corroendo de ciúmes. Espero que sofra.