apagando rastros.

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— Salvei sua bunda, de nada — me viro para uma Isabella furiosa e fora do controle mental — pode me dar sua alma em agradecimento

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— Salvei sua bunda, de nada — me viro para uma Isabella furiosa e fora do controle mental — pode me dar sua alma em agradecimento. Talvez um beijo? — zombo.

Ela parece tão furiosa que nem fica com medo ou envergonhada.

— Você não pode me manipular assim! É errado — ela insiste e olha para Edward, esperando que ele dissesse algo. Quando vê que ele não vai apoia-la, ela olha para o resto da família, que a ignora — ela fez algo com vocês, com todos vocês! Não pode ser, como vocês não podem enxergar? Ela não é confiável!

— Para de surto, Bella! — em meus poucos momentos com Alice Cullen eu não vi ela realmente brava. Mas aparentemente Isabella passou dos limites — levamos isso longe demais. Aceite que Edward não te ama e siga com sua vida. Por você mesma, supere!

Isso faz com que a Swan pare por um momento e respire fundo, tentando recontar a razão que nunca teve.

— Pensei que fossemos amigas, Alice — ela diz com mágoa.

— E eu pensei que você amasse meu irmão — ela retruca, afiada.

— Eu amo! — a humana diz automaticamente, virando-se para o meu noivo — eu te amo, Edward. E sei que me ama também. E não vai ser um feitiço que...

— Eu não te amo — ele diz, a interrompendo. Sinto meu coração errar uma batida — eu amo Kiara.

— E eu não precisei de um feitiço para isso — deixo claro. Todos sabem que feitiços do amor nunca dão certo. Ela não leu Harry Potter?

— Não pode ser — Isabella começa a chorar e eu quero desaparecer magicamente para não ter que olhá-la — você a conhece há tão pouco tempo e nem ao menos... Vocês...

— Eu a amo e tempo não tem nada a ver com isso — ele se vira para mim, lembrando-me quando Jacob terminou comigo para se declarar para ela — eu te amo pelo o que me fez sentir, Kiara. Por me fazer enxergar, me fazer ver que somos eternos. Não merecemos ser marionetes de humanos adolescentes. Eu não te conheço há muito tempo, mas a amo por todos os sorrisos, todas as conversas, tudo que aprendi com você. E espero continuar aprendendo pela eternidade.

— Com certeza, topetudo — me jogo em seus braços, o beijando. Mal consigo me separar dele.

Isabella vem com tudo para cima de mim, mas Alice pega sua mão com rapidez, prevendo o que aconteceria.

— Chega! — Sam toca em sua testa e a humana apaga nos braços de Alice.

— Precisamos ver Amy — falo.

— Você precisa se cuidar — Esme lembra. Assinto.

— Jacob vai precisar de você — digo para Carlisle, que assente.

— Vamos passar em casa, assim posso cuidar do seu braço e pegar minha maleta — ele diz.

Edward estende as mãos para me pegar no colo, mas eu recuso. Coloco minhas mãos na cabeça da Swan e me concentro em suas memórias. Sinto Sam colocando a mão no meu ombro, dando-me suporte. Separo cuidadosamente as memórias da humana, deixando todos os vampiros como se fossem um borrão, algo que não merece ser lembrado. Deixei os lobos e principalmente Jacob. Ele me deve sua vida miserável por isso.

Quando finalmente me dou por satisfeita, cambaleio para trás, sentindo-me fraca. Deixo-me ser levada por Edward.

— Como ele está? — pergunto, observando Carlisle sair da pequena casa dos Black.

— Vai ficar bem — ele diminuiu o tom — eu acho.

— É tão ruim assim? — murmuro.

— Os ossos dele foram quebrados na forma de lobo. Quando ele se transformou, imediatamente os ossos começaram a se curar... Mas de uma forma errada. Eu tive que quebra-los novamente e coloca-los no lugar — o loiro explica, dessa vez alto o suficiente para todos ouvirem.

— Que droga — comento, fazendo uma careta. Jacob está pagando por tudo de mal que fez a vida inteira, só pode.

— Obrigado, doutor — Billy agradece solenemente. Carlisle sorri e entra no carro, esperando eu e Edward.

— Posso vê-lo? — pergunto para Billy.

— Ele está chamando por você — Edward conta, fazendo uma careta fofa — e pensando também. Infelizmente.

— Só não o mate, por favor — o velho diz. Sorrio, mas meu sorriso se desfaz ao ver Jacob deitado na cama, agora parecendo menor ainda. Ele parece meio morto.

— Eu acho que você já morreu — murmuro, observando sua testa suada e seus lábios pálidos.

— Obrigado — ele ri, mas logo para — eu acho.

— Pode contar com meu humor peculiar para situações de estresse — falo, me aproximando.

— Só por agora, não é? — ele diz.

O clima fica mais pesado.

— Sim — confirmo.

— Acho que estou pagando por todos os meus pecados agora — ele ri amargo.

— Não seja pessimista, você é jovem, ainda pagará muito mais — comento.

— Não está ajudando — resmunga.

— Não é para ajudar — dou de ombros — estou me vingando pelo o que me fez passar.

— Sorte a minha que é com palavras, certo?

— Certíssimo.

Um silêncio se faz, até que ele suspira (com muita dificuldade, devo acrescentar).

— O doutor caninos me deu algo bem forte, logo vou apagar — ele diz meio enrolado — estou torcendo para que isso aconteça logo, assim não falo nenhuma besteira. Mas também quero ficar acordado o suficiente para dizer que sinto muito.

— Então diga — sento-me ao seu lado, fazendo ele gemer de dor. Como se eu ligasse.

— Eu acabei de dizer — ele murmura.

— É sempre bom ouvir mais — dou de ombros.

— Eu sei que você deu esse assunto por encerrado. Que eu serei apenas uma lembrança borrada daqui alguns anos — ele continua — sei que já me desculpei. Mas nada vai poder concertar o que eu fiz. Não me arrependo de ter falado aquelas coisas, porque aquilo fez Bella ver o quanto a amo. Mas magoei você e enquanto eu viver vou me arrepender disso, provavelmente daqui alguns anos eu ache tudo uma estupidez. Eu realmente não estou pensando muito ultimamente. Só faço e quando vejo já estraguei tudo. Sinto muito estragar tudo entre nós.

— Ah, Jacob — passo a mão por seu rosto — eu não ligo. Sinceramente, eu só quero ir logo para a Itália, limpar a barra dos Cullen e finalmente me casar com Edward.

— Eu achava sua honestidade bonitinha antes — ele comenta, revirando os olhos — agora dói.

— Só dói porque você está errado — me levanto — se fosse o certo nessa história, estaria rindo.

— Eu fiz por amor — diz.

— Você fez por impulsividade — corrijo — o maior defeito dos lobos. Mas um dia você aprende, Black. Nem que seja na marra.

Com essa frase impactante, saio da casa, pegando todos no flagra, ouvindo nossa conversa.

Aceno para Leah e entro no carro com Carlisle, Amy, Sam e Edward.

Está na hora de ir para a Itália.

Dusk | twilightWhere stories live. Discover now