Dusk | twilight

separação.

Acordo no meio da tarde, com uma dor de cabeça insuportável e lembranças da noite passada. Suspiro cansada, levantando da cama por um milagre. Confiro as garotas e elas ainda dormem tranquilamente, então decido não acorda-las.

Tomo remédio e bebo um café forte, espantando o sono. Quase morro de susto ao ver Edward parado do lado de fora da casa, me encarando como um psicopata.

— O que está fazendo? — pergunto, abrindo a porta para ele entrar.

— Não viu seu celular? Eu avisei que vinha — ele entra, beijando minha testa brevemente em cumprimento.

— Acordei agora — conto, fechando a porta — estou exausta.

— Eu imagino, a noite passada não foi uma noite fácil — ele comenta, sentando-se no sofá. Antes que eu pudesse me sentar ao seu lado o telefone toca.

— Só um minuto — atendo o telefone fixo  — alô?

— Kiara — a voz de Jacob faz meu estômago gelar e meu corpo paralisar no lugar. Seu tom não é dos melhores.

— Jacob — murmuro, sem emoção. Lá vem merda.

— Desliga na cara dele — sorri Edward.

— O que o sanguessuga está fazendo na sua casa? — o moreno praticamente rosna. A voz da humana se faz presente. O sorriso de Edward some.

— O que você faz na casa da Isabella? — retruco.

Um silêncio é feito por nós quatro e ele respira fundo.

— Eu quero terminar tudo — ele diz e eu fico novamente paralisada, sem reação. Ele está terminando comigo por telefone? Ainda mais o fixo, não é nem por celular? Ele está terminando comigo?!

— Desculpe? — sussurro — acho que não entendi.

— Não está dando mais. Você é incrível, mas não é quem eu amo — eu sei que ele está falando mais para a outra do que para mim — eu amo a Bells e não posso mudar isso. Eu tentei gostar de você assim como gosto dela, mas eu não consigo. Meu coração é seu, Bella.

Ele nem ao menos está falando comigo mais, é tudo para Isabella. Ele tornou nosso término uma prova de amor para ela.

— Pois você acabou de arrumar briga com a bruxa mais poderosa da cidade, besta — falo entredentes — por sua impulsividade e  arrogância, dizimarei todos os que são como você. Assim, sofrerá enquanto viver por ousar me machucar — olho para Edward, que está em choque  — e não só a mim.

— O que você está dizendo? — ele parece amedrontado.

— Começarei pelo o seu pai — desligo na cara dele, louca de ódio. Me dirijo até a porta, mas Edward surge na minha frente, me impedindo.

— Você não quer fazer isso, Kiara. Pense bem — Edward diz.

— Ele brincou comigo. Eles estão brincando conosco, Edward! Olhe para nós! — grito, sem me importar com mais nada. Jogo o telefone contra a parede, com raiva — estamos sendo usados... Por humanos! Patéticos humanos! Aquele transformo de quinta categoria mal conta como ser sobrenatural. E logo eu matarei todos de sua raça. Ele vai pagar!

Tento andar, mas Edward continua me impedindo.

— Você sabe que não pode me impedir — falo. Alguns móveis se mexem com meu descontentamento.

— Mas posso faze-la voltar a razão  — ele segura minhas mãos trêmulas — Jacob é um babaca adolescente. Vamos encarar isso. Ele é inconstante e mimado, ponto. Você não pode se abalar e dizimar um povo por ter sido usada. Você é melhor que isso.

— Como ele pôde? — me jogo no vampiro, soluçando — como ele foi capaz de me usar para fazer ciúmes na Isabella? Ou para tentar supera-la, tanto faz.

— Eu também não sei — ele sussurra.

— E ela? Como ela pode aceitar tudo isso? Ela não o afasta! Edward, ela está brincando com os dois! — me afasto minimamente dele. Sua face fica mais sombria.

— Eu sei — ele murmura, me abraçando novamente. É meio forte demais, mas não digo nada. Gosto do seu abraço.

Ficamos assim por um tempo, até Amy descer as escadas sonolenta.

— Isso é um sonho? — ela pergunta, nos olhando estranhamente.

— Por que você sonharia conosco? — pergunta Edward, rindo um pouco.

— Eu sonho coisas bem estranhas — ela comenta, indo até a cozinha. Logo após Sam desce.

— Tive a impressão de ouvir gritos — ela diz, nos avaliando — foi só impressão minha?

— Não — suspiro — Jacob acabou de terminar comigo.

— Cadê ele? — Sam o procura com os olhos, raivosa.

— Foi por telefone — aponto para o aparelho quebrado.

— Eu não acredito — ela diz chocada. Amy, que ouviu tudo da cozinha, veio correndo.

— E ele estava com a humana. Aproveitou para se declarar para ela — conto tudo.

— Vamos mata-lo agora? — Amy verbalizou, já que Sam está paralisada de ódio — ou formar um plano para ser algo mais elaborado?

— Não vamos matar ninguém — olho de relance para Edward — ele é um adolescente babaca, mas só uma criança. Eu não deveria ter me envolvido com ele.

Me solto de Edward e vou para o meu quarto, trancando-me. Dormir é a melhor opção agora. Talvez dizimar a raça dele seja a mais tentadora, mas dormir com certeza é a melhor.

quem ai quer matar o jacob??? eu quero