Os sentimentos de Kiara e Edward se confundem ao nascer uma amizade por conta dos seus respectivos parceiros, que insistem em serem "melhores amigos" quando claramente algo mais está rolando. Em meio ao ciúme e brigas, os dois se aproximam cada vez...
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— Queria que passasse a noite comigo.
— Que garanhão! — rio, colocando uma blusa na mochila quase transbordando — já terminou com a humana para vir com esse papinho para cima de mim, Cullen?
— Já — paraliso no lugar, surpresa — quer dizer, meio que sim. Ela está na casa dela com Alice, mas antes disso eu disse que não estava dando mais. As coisas entre nós estão pesadas demais para continuar.
— E ela?
— Ficou desesperada, chorou, disse que eu não poderia abandona-la outra vez — conta.
— Intenso — comento, fechando a mochila e calçando meus saltos.
— Demais — ele suspira — eu disse que tinha que ir e Alice ficaria com ela. Provavelmente minha irmã irá me matar por isso.
— Covarde — acuso, rindo — deixou ela na cova dos leões. Ou melhor, da ovelha.
— Eu não podia mais suportar o olhar dela sob mim, então sim, sou um covarde — confessa.
— Bom, eu faria o mesmo. Na verdade, eu apagaria a memória dela — comento, descendo as escadas.
— Você pode fazer isso? — ele ainda está surpreso?
— Eu posso fazer qualquer coisa.
Meu celular vibra, notificando uma mensagem. Coloco meu celular no viva-voz, enquanto leio a mensagem de número desconhecido.
"Me salve, Bella não para de chorar." Está claro quem é.
— Tudo bem? — Edward chama minha atenção.
— Comigo sim. Alice acabou de me mandar uma mensagem pedindo ajuda.
— O que foi?
— Sua ex não para de chorar — conto, indo pegar uma erva nos armários da cozinha. Coloco em um saquinho um pouco e guardo no bolso.
— E como você pode ajudar? — ele pergunta.
— Estou indo para a casa dela e depois passo ai — falo, pegando minha mochila e chave do carro.
— E as garotas?
— Sam está com Leah, Amy está dormindo — conto, trancando a casa e entrando no carro — chego ai em vinte minutos.
Arranco pelas ruas de Forks, parando na pacata rua da Isabella. Acho sua casa pela picape horrível estacionada. Saio do carro e Alice já está com a porta aberta.
— Muito obrigada! — ela me abraça, pegando o pacote do meu bolso e colocando no seu discretamente.
— Quem é? — a voz rouca da Swan nos separa. A humana me olha de maneira esquisita — Kiara.
Acho que meu nome nunca foi pronunciado assim, parece até um palavrão.
— Isabella — sorrio falsamente — parece péssima. Tem certeza que não quer ficar longe da briga?
