Plano iniciado

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16 de julho de 2017
18:52hrs

Dante

Espero já sem paciência Daisy sair do quarto. Ela se limitou a ficar a distância de mim hoje. Após o café da manhã tive sair para iniciar a primeira parte do meu plano, o juiz de paz.

Quando fui avisá-la de minha saída ela, que estava sentada debaixo da grande árvore, apenas assentiu sem me dar uma única atenção. Me irritei. Voltei faz uma hora, não sei o que há com essa mulher mas ela está me ignorando deliberadamente.

_Vamos, Daisy.

Chamo alto para que entenda que estou impaciente.

_hum.

É tudo que ela me responde, o som sai abafado pela porta. Recosto-me na parede paralela bufando de indignação e impaciência. Nós vamos nos casar daqui a pouco e essa...essa indecente ainda faz pouco de mim. Meu sangue ferve.

_Você tem exatamente cinco minut...

A porta se abre. Cabelos esvoaçantes e cheirosos, olhos brilhantes e um vestido curto demais é como minha noiva está. Nossa. Passo meu olhar por sobre seu corpo uma, duas, três ou mais vezes. Perdi a conta. O verde do tecido destaca o tom claro da pele. Paro nas pernas. Jesus! Ela não pode sair assim.

_Já?--Volto a encarar seus olhos que me devolvem um olhar sério e impassível. Recupero o fôlego e pergunto.

_Que inferno de vestido é esse, se é que se pode chamar esse pedaço de pano de vestido?

Ela dá de ombros como se não fosse nada de mais.

_Minha amiga Corini quem me deu de presente há dois anos, por quê? Não ficou adequado?

_Adequado? Está todo justo demais, o pano mal cobre suas pernas!--Gesticulo em quanto falo apontando os absurdos desse troço. Daisy abre a boca para falar, e tenho quase certeza que iria expressar seus pensamentos em voz alta, no entanto ela a fecha. Eu gostaria de ouvir o que ela está pensando. Ergue o queixo e passa as mãos pelo corpo. As minhas estão em punhos cerrados para não fazer o mesmo. Maldição! Tinha que ser tão gostosa?

_Vou fingir que não escutei você dizer que estou gorda demais e vou apenas dizer: Você não estava com pressa?--Ergo a sobrancelha em descrença, ela está me diminuindo? E quando foi que eu a chamei de gorda?!

_Eu não disse nada disso e não use de sarcasmo comigo.--Aviso com a voz mais branda no intuito de me controlar. Não posso perder a cabeça logo hoje. Relaxe Dante, você não pode brigar no dia do seu casamento...calma.--Tudo bem, vamos logo.

Pego sua mão sentindo a maciez e o calor que ela emiti, acaricio automaticamente. Gosto dessa eletricidade que temos. A guio até a entrada onde está estacionado o carro.

_Para de rebolar.

_Não estou rebolando, é o salto que me faz andar assim. Não estou acostumada.--Bufo e aperto mais sua mão. Ao passarmos pelos seguranças da entrada vejo seus olhares embasbacados em direção a minha mulher. Meu sangue arde nas veias. Para de frente pra eles.

_Mais um olhar desses direcionado pra ela e eu mato vocês.--Falo ameaçadoramente, sem rodeios fazendo com que Carlos e Juan arregalem os olhos de medo. Ouço Daisy ofegar ao meu lado.

_Dante! Meu Deus, para com isso. Eles não estão fazendo nada. Por favor...Por favor.--Respiro devagar e a encaro. Olhos assustados, mãos trêmulas e respiração acelerada. Suavizo minha expressão para que ela não se assuste mais.

_Vem.--Falo mansamente. Abro a porta do carro e a faço entrar. Olhando de cima tenho uma boa visão do belos seus seios não muito cobertos pelo vestido. Eles sobem e descem em descompasso. Hipnotizante.--Eu vou queimar esse vestido quando voltarmos.

Fecho a porta antes que sua boca atrevida tente revidar com uma resposta malcriada. Avisto Shem me olhando de dentro da garagem. Estreito os olhos pra ele. Shem não gostou do meu plano e eu não estou nem um pouco satisfeito com sua rebeldia. Não queria ter que me desfazer dele mas as circunstâncias exigem. Preciso de um estagiário.

Entro no carro e dirijo sem dar muita atenção pra minha acompanhante, ainda estou tentando me concentrar no que tenho que fazer e não no quanto minha futura esposa está linda e exposta. Pela minha visão periférica noto sua inquietação, ela puxa a barra do vestido para baixo, ajeita os cabelos longos e aperta o dedo. Seus olhos prestando muita atenção por onde passamos.

_Estamos no Brasil...

Sua pergunta me deixa curioso.
A olho de relance.

_Achou que não estávamos?

_Pensei algumas vezes...estava desorientada sem saber ao certo onde estava...e você nunca me disse.-- Há tristeza em sua voz. Me inquieto e mudo de assunto.

_Estamos indo a um restaurante intimista não muito longe. Hoje é meu aniversário.--Revelo não dando muita importância. Daisy se vira pra me olhar espantada.

_ É seu aniversário? Por que não me disse? Nossa, é seu aniversário...--Sua voz eufórica e doce...suas mãos seguram minha  coxa direita apertando...Meu peito se aquece e outra parte minha endurece. Perco a direção do carro por alguns segundos mas recobro quando escuto o som de uma buzina. Mas Daisy é impossível.--E eu não tenho nada pra te dar de presente.--Eu discordo, você tem muito pra me dar, baby...muito.--Parabéns, Dante. Se você não tivesse dirigindo eu te daria um abraço e um...beijo.--Olho rápido mas vejo seu rosto corar. A voz sussurrada e sexy. Gemo de frustração. Mas que porra, porque eu não disse que era meu aniversário mais cedo?! Seguro sua mão e trago até meus lábios. A beijo tentado confortar a nós dois.

_Teremos tempo, baby...muito tempo. E afinal você levou meu café na cama hoje, foi um presente pra mim e você o fez inconscientemente o que é ainda melhor.--Eu realmente me surpreendi com seu gesto, fiquei comovido. Ninguém nunca havia feito uma coisa dessas pra mim, seu gesto me tocou muito mais do que ela possa imaginar. Daisy solta um risinho nervoso de repente.

_Não foi nada.--Relanceio seu rosto intensamente.

_Foi sim, pra mim foi muito importante, de verdade.

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Dante : A história de um assassino (CONCLUÍDO)Where stories live. Discover now