Dante : A história de um assassino (CONCLUÍDO)

Minha esposa e um bebê

17 de outubro de 2017
19:55hrs

Dante

Então ela me considera seu marido? Assim tudo fica melhor e mais fácil...
Continuo a fitando me sentindo um idiota babão, meu coração acelera. Não Importa, saber que ela aceitou ser minha esposa é maravilhoso. E nós teremos um bebê...

_O que? Esse...esse é o seu Dante? Mas como?

A garota que eu já havia esquecido volta a falar. Odeio ter meu reencontro com minha mulher interrompido. Encaro a intrusa, mas Daisy segura minha mão para que eu releve a presença da amiga.

_Sim, é ele. Eu ainda não sei como mas ele está aqui, bem e vivo.--Sua voz embarga quando diz 'vivo'. Eu esqueci que essa porra de incêndio iria aparecer nos noticiários, afinal sou bem rico e influente. Passo meu braço pela sua cintura beijando sua cabeça.

_Com licença.

Uma mulher de jaleco entra. Analisa tudo ao redor e para seu rosto em Daisy.

_Bem mocinha, pelo que vejo está mais calma. Sente-se melhor?

_Sim, obrigada. Como meu bebê está?--Ao dizer isso sua mão vai direto para a barriga onde está meu filho. Demorei pra aceitar mas agora eu gosto de saber que minha baby está grávida.

_Por sorte conseguimos conter o sangramento a tempo de salvar a criança, mas entenda que não pode se alterar mais, repouso absoluto por duas semanas e após isso eu sugiro que faça algum exercício para gestantes, se alimente regularmente e bem, nada de atividades físicas pesadas durante a gestação, sexo só após o fim do repouso. --Ela olha pra mim ao dizer isso. Contenho um sorriso. Então quer dizer que vou poder fazer amor com ela mesmo grávida? Ótimo, já estava pensando que ficaria na "mão". A médica pede para que eu me afaste pra poder examinar Daisy. O faço só porque ela é médica senão ninguém me tiraria de perto da minha esposa.--É, vocês estão bem, faça o que eu mandei e será assim até você ter seu bebê nos braços. Suponho que seja o pai?--Ela se vira pra me olhar depois de examiná-la.

_ Sim, sou.

_Cuide bem da mãe do seu filho, tenha em mente que qualquer emoção mais extrema pode levar a outro acidente como este. Faça com que minhas recomendações sejam seguidas a risca. Entendeu?--Diz isso se fosse a mãe da Daisy, concordo me sentindo um pouco ameaçado.

_Vou cuidar deles.

_Perfeito. Agora você pode se vestir e ir pra casa. Vou mandar um enfermeiro com uma cadeira de rodas vir para lhe levar até o estacionamento. Tenha uma gestação tranquila na medida do possível e boa sorte.

_Obrigada.

A autoritária sai, volto a me sentar ao lado da minha baby que tenta se levantar.

_Dadinha...como vai ser agora? Digo, e esse cara aí? Você quer que ele vá junto com a gente pra casa?--A mulher que eu já odeio fala ao se aproximar. Me irrito.

_O quê? Qual é o seu problema, garota? "Esse cara aí" é o caralho. Eu sou marido dela e não vou ficar longe.--Se eu pudesse matar essa...

_Dante, calma por favor.--Sinto suas mãos puxarem meu rosto. Me deixo levar pela sua voz doce e baixa. Encaro seu olhar implorando para que eu para. Paro.--Obrigada. Meu bem, você precisa entender que Hil está preocupada comigo. Ela é minha amiga.--Esquento quando ela me chama assim. Feiticeira. Ganho um beijo. Ela se volta para a tal Hil.

_Sim Hil, ele vai com a gente. Eu não sei como as coisas vão ser daqui pra frente mas eu preciso que você aprenda a lidar com a situação.--Fala em voz conciliadora. A garota assente e chega perto, fico alerta. Eu, definitivamente, odeio essa amiga da Daisy.