O ruivinho do quinto andar {jikook}

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Depois deste belo incidente, lanchar com Jimin na cafeteira virou mais uma das minhas rotinas — apenas nos sábados, já que era o único horário em que nós estávamos livres ao mesmo tempo. Nas primeiras duas semanas, eu apenas aparecia e pedia para Deus fazer Jimin virar e entrar na cafeteria. Tinha vergonha de chamá-lo para um café, vai saber, né? Então eu apenas me sentava e o esperava nos sábados. Eu sou tão boboca que cheguei a pedir informações para os funcionários — já que esses me conheciam muito bem e estavam cientes da minha paixãozinha pelo Park —, mas Jimin aparecia em dias aleatórios e em horários diferentes, era quase impossível encontrá-lo.

Na terceira semana, Jin me ligou às seis da manhã; berrava que Park Jimin tinha entrado em sua cafeteria e que eu deveria correr para lá se quisesse encontrá-lo. Acordar cedo em um sábado nunca foi tão gostoso quanto naquela bela manhã. Fui rápido em me vestir, mas não descuidado; corri pelas ruas e tive muita sorte. Lhe encontrei, meio desanimado e visivelmente cansado sobre um dos assentos, bebericando sem muita animação seu café preto.

Ele sorriu, um sorriso honesto e, aos meus olhos, muito feliz quando nossos olhos se encontraram; ajeitou sua postura na mesma hora, e me chamou para lhe fazer companhia. Obviamente aceitei, dividimos uma fatia gigante de torta de limão e nos conhecemos mais. E aí foi decidido que sábado era o nosso dia de relaxar e conversar.

Conheci Jung Hoseok no nosso oitavo sábado; nós os chamávamos apenas de Hobi. Admito que fiquei enciumado quando vi Jimin passar pela porta com um garoto bonito, contudo, Hoseok por pura e excelente coincidência, é um dos melhores amigos de Jin e, por acaso, o namorado que Taehyung estava para me apresentar há meses. Fiquei feliz. Eu e Park Jimin iríamos nos encontrar de qualquer jeito, tudo que conhecíamos estava ligado. E como o bobão que sou, acreditei que tudo sobre nós era obra do destino.

Destino? É tão cafona que dói.