6

21.7K 4.2K 1.7K
                                    

Mais dois meses se passaram e a presença de Jimin em minha casa era outra rotina. Delícia de rotina. Eu lhe buscava no trabalho de terça à quinta, e na sexta ele dormia no meu apartamento. Tomávamos café no Jin, e eu o levava pro trabalho a tarde, assim como lhe buscava para irmos para algum bar, restaurante ou qualquer coisa interessante e divertida que rolasse em um sábado à noite.

Estávamos no show de uma das nossas bandas favorita quando no relógio marcou meia noite e, notei que havia exatamente vinte semanas desde que eu comecei a explorar o mundo com Park Jimin. Impliquei com ele de tudo quanto é maneira naquela noite, apenas fazia tantas pirraças e brincadeiras pois queria que ele olhasse mais para mim e menos para o palco — coisa que não há sentido algum já que fora minha ideia vir ao show —, foi quando lhe chamei de pequenino pela décima vez que ele se virou e disse:

— Você é um chato! Por que será que eu te amo tanto, hein, Kookie?

Falou gritando já que o som estava consideravelmente alto, todavia, foi uma das coisas mais incríveis que eu já ouvi. Fora a primeira vez que ele disse que me amava assim. Eu já havia dito de todas as formas possíveis, falava que lhe amava no telefone, quando o buscava em algum lugar, quando o deixava em algum lugar, quando íamos dormir e quando começávamos a acordar. Mas ele não. Ele era a timidez em pessoa, apenas sussurrava um "Eu também" sem olhar-me diretamente ou por mensagens. Mas olhando nos meus olhos com um sorriso lindo daqueles? Aquilo nunca aconteceu.

O agarrei como nunca naquele momento, no abraço, cochichei tudo que sentia por ele, o cantei e disse coisas consideradas inapropriadas até, sem deixar de ressaltar o quanto és especial para mim no final, dizendo que o amava. E o amava muito mesmo.

A banda foi embora e nós partimos para minha casa. Assistimos um filme enquanto tomávamos algumas taças de vinho e, a madrugada caiu tão bem naquele bendito sábado que, consigo trouxe a nossa primeira vez.

Eu me lembro perfeitamente de como aquilo começou; Jimin mordeu os lábios e puxou meus cabelos, separando-nos para respirar e eu ofeguei, murmurando:

— Hyung, eu quero muito você.

E aquilo começou tudo, começamos a trocar um amasso no sofá, onde agarrei sua cintura e tive suas pernas enlaçadas no meu quadril ao me levantar, os beijos foram passando pelos corredores e acabou dentro do meu quarto. Acabou apenas para começar novamente.

Retirei lentamente o suéter lilás que ele trajava assim que nossos pés estavam sobre o carpete do quarto, não consegui mais lhe despir de forma vagarosa quando caímos no colchão — que parecia mais macio do que nunca —, acabei distraído nos seus lábios inchados e perdido nos seus sons roucos e manhosos. Uma loucura para um cara como eu, que guarda uma enorme paixão e gigantesca atração por cada coisinha que formava aquele ser humano perfeito, cujo o nome era Park Jimin.

Sua pele estava tão quente que considerei a possibilidade dele estar com febre, mas quando toquei a mim mesmo, vi que permanecia tão "febril" quanto ele. Se amor fosse um resfriado, estaríamos ferrados.

Outra coisa maravilhosa daquela noite, fora o fato de que o Park tem um nervosinho gostoso no lóbulo de sua orelha, tão sensível quanto a parte interna de sua coxa, que eu já havia apertado diversas vezes e sido surpreendido pelos gemidos que ele dava do nada. "Jungkook, aí é proibido!" ele sempre dizia isso, e também não deixava eu morder ou chegar perto da sua orelha. Agora eu sei o porquê. Mas isso é coisa do passado, porque agora ele estava de braços abertos e deixando-me explorá-lo como eu queria.

Me considerei um artista, igualmente músico quando deixei uma marca avermelhada sob — praticamente sobre — seu mamilo, ele tremeu e deixou um palavrão leve escapar pela sua boca. Desci sem pressa os meus beijos molhados por toda a extensão de seu corpo, querendo tirar sua calça e provar o volume que era visível aos meus olhos — e muito convidativo —, mas, ele me parou.

O ruivinho do quinto andar {jikook}Onde as histórias ganham vida. Descobre agora