3 - parte 2

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DISPONÍVEIS ALGUNS CAPÍTULOS PARA DEGUSTAÇÃO.

Joguei-me na cama enorme do hotel realmente cansado e ao mesmo tempo entediado. Eu não tinha nada para fazer, odeio televisão e fiquei me perguntando porque caralho não deixei Vanessa subir. Eu não tinha sequer alguém para telefonar e contar que estava ali, no Brasil. Na terra dela...

Depois do que me pareceram horas eu já havia tirado todas as roupas da mala e as colocado no armário. Repassado todos os compromissos que teria durante a semana. Tentado assistir uma luta, mas nem sei porque ainda tentava fazer isso, eu realmente odiava assistir lutas quando não fazia parte delas. Achei que morreria de tédio quando meu celular tocou. Peguei irritado pensando ser Vanessa, mas era Carolina.

Instantaneamente um sorriso surgiu em meu rosto.

— Boa noite, boneca.

— Hum, será que eu posso falar com você? — Ela parecia totalmente sem jeito.

— Claro, querida, diga.

— Será que podemos nos falar pessoalmente?

— Está ficando exigente.

Ela bufou e foi logo falando irritada:

— Se não pode falar é só dizer, não estou aqui por sua conta.

— Ok, não posso. Tchau.

Desliguei o telefone e esperei. Nem dois minutos depois, ela ligou de novo.

— Boa noite outra vez, boneca. Acho que alguém aqui gostou da minha voz.

— Dustin, querido, será que você poderia, por favor, vir até o saguão para que eu possa falar com você?

Ri da maneira irônica com que ela sequer tentou fingir ser educada, mas ela estava salvando a minha noite, então não iria perder essa oportunidade.

— É claro, meu bem. Um segundo, estou descendo.

Esperei por seu agradecimento, mas ela apenas desligou o telefone.

Olhei no relógio de cabeceira e eram oito e meia da noite. Então, fui tomar um banho. Saí do banheiro e joguei-me na cama, estava com o celular na mão, mas ele não chamou em momento algum. Ou ela havia ido embora e eu iria até a casa dela se fosse o caso. Ou ela estava se esforçando muito para não me ligar e me mandar à merda, eu suspeitava que fosse a segunda opção.

Quando o relógio marcou onze e meia da noite, vesti uma calça de moletom e desci ao saguão.

— Boa noite, querida.

Disse para uma Carolina praticamente deitada no sofá da recepção, com um bico enorme e descabelada. Provavelmente ela havia passado bastante as mãos no cabelo enquanto se controlava para não me xingar.

— Onde é que você estava? — perguntou levantando-se irritada.

— Apenas tomei um banho antes de vir recebê-la, meu bem.

— Um banho de três horas? — ela praticamente gritou.

— Ah não, não mesmo. Eu tenho o hábito de tirar um cochilo depois de tomar banho.

Ela abriu a boca e não consegui conter a gargalhada. Totalmente cor de rosa, ela pegou sua bolsa, passou por mim como um touro, me empurrando e rumou em direção a porta do hotel. Passou por ela, gritou do lado de fora e entrou por ela de novo. Pegou minha mão e me arrastou para dentro do elevador.

— Qual a merda do seu andar?

— Está nervosa, meu bem? Precisa que eu a acalme?

— Não estou nervosa e não preciso de você para nada! — Ela cobriu o rosto com as mãos e respirou fundo, estava ainda mais cor de rosa quando voltou o olhar para mim. — Na verdade, eu vim te pedir, por favor, que me deixe terminar o documentário.

— Claro, seu pedido é uma ordem.

— Sério? — Ela respirou aliviada.

— Seríssimo, boneca. Vamos ao meu quarto, você pode perguntar o que quiser. Faço questão de te mostrar tudo.

— Você quis dizer responder tudo.

Sorri.

— Você faria um trabalho mais convincente se soubesse sobre o que está falando, certo?

Ela ficou me olhando, como que tentando entender do que eu estava falando. Ela sabia bem, mas, por algum motivo estranho não queria admitir do que se tratava. Chegamos ao meu andar e dessa vez eu peguei sua mão e a guiei até meu quarto. Ela assoviou ao observar bem o lugar.

— Isso aqui é maior do que o meu apartamento!

— Sério? Possuo algumas coisas bem grandes que você provavelmente vai gostar de ver.

Imediatamente ela mirou o meio das minhas pernas, fazendo-me rir.

— Ah, claro. Esqueci-me que você é fissurada pelo meu pau.

— Eu não....

— Terei que repreendê-la de novo, Carolina? Achei que seu documentário fosse sobre meu corpo como um todo, não somente sobre o meu pau.

Ela gaguejou, mas respirou fundo e tentou de novo.

— Eu não estava...

— Mas se fizer questão de vê-lo...

Peguei o cós da calça de moletom e a abaixei. Eu estava de cueca, mas sabia que ela viraria a cara. Ela deu um berro ao fazer isso e ri alto, até ela perceber que eu estava de cueca. Uma cueca que ela chamava de samba canção, que não mostrava absolutamente nada sobre o meu pau.

— Isso vai ser pior do que eu imaginei!

Disse quase desesperada jogando-se sobre a cama e batendo a cabeça no travesseiro, fingindo chorar.

— Não fique assim, Carolina. Vai ser bom para você, muito bom mesmo, eu juro.

Ela fingiu chorar ainda mais alto. Minha noite acabou de ganhar um novo tom.

DEGUSTAÇÃO - Um grande problemaTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang