Capítulo - CCXXVII

3.2K 159 16
                                    

Alfonso estava deitado em sua cama, ainda pensando sobre como sua vida mudaria agora que teria mais dois filhos, e em como seria difícil abrir mão de sua pesquisa, quando Anahí saiu do banheiro depois de um longo banho e entrou no quarto vestindo um conjunto vermelho de calcinha e sutiã rendados, e rapidamente se ajeitou na cama, puxando o braço de Alfonso para que ele a abraçasse, e ele logo o fez, colando seu corpo ao dela, a puxando para ele.

- Poncho... - ela chamou quando Alfonso já estava começando a se sentir sonolento. - Você me acha gostosa? - ela perguntou, virando seu rosto para encará-lo.

- Você é maravilhosa, pequena. - Ele respondeu sonolento.

- Não estou perguntando isso. - Ela bufou, pegando na mão de Alfonso e a deslizando por seu corpo. - Estou perguntando se você me acha gostosa, não quero saber se você me acha linda, quero saber o que você pensou quando me viu pela primeira vez... - ela levara a mão de Alfonso até sua intimidade, que mesmo sob o fino pano da calcinha já dava para sentir o quanto estava úmida.- Quero saber se me achou gostosa, se quis transar comigo logo que me viu... Quero me sentir desejada. - disse soltando a mão de Alfonso, que já sabendo o que ela queria, colocara sua mão dentro da calcinha dela, tocando em sua intimidade.

- Você tem alguma dúvida do quanto eu te acho gostosa e do quanto eu te desejo? - Alfonso perguntou, tornando seus movimentos na intimidade de Anahí mais precisos, a fazendo soltar um gemido baixo enquanto mordia seus lábios. - Não acha que eu te desejo e te amo o suficiente?

- Ama, mas hoje eu não quero saber do seu amor. - Ela se ajustou, roçando sua bunda no membro de Alfonso. - Quero saber o que você sente ao me ver, e eu não estou falando da parte romântica, eu quero saber o quanto eu te excito, quero saber se eu te deixo tão louco quanto você me deixa. - Ela disse, puxando a mão de Alfonso e chupando seus dedos, sentindo seu gosto, antes de se virar e sentar sobre ele, olhando em seus olhos, que a essa altura já a queimavam de tanto tesão.

- Talvez eu precise te mostrar o quanto você me deixa excitado. - Ele disse, assim que Anahí começara a ensaiar um rebolado no colo de Alfonso.

- Era isso o que eu queria. - Ela disse antes de beijá-lo, sabendo o quanto aquela noite seria longa.

Anahí já estava dormindo quando Alfonso pegara seu maço de cigarros e saíra de seu quarto depois de muito tentar pegar no sono, ele estava preocupado, não conseguia parar de pensar que teria que abrir mão de sua pesquisa se quisesse formar uma família com Anahí e estar ao lado dela durante a gravidez dos gêmeos.

Alfonso se sentou em uma das cadeiras à beira da piscina, e antes que pudesse ascender seu cigarro Helena se aproximara dele, lhe repreendendo com o olhar, já que não gostava de quando ele começava a fumar.

- O que tem tirado o seu sono? - Helena perguntou se sentando ao lado dele, com a paciência que apenas uma mãe teria.

- Você é sempre a primeira pessoa a saber as coisas mais importantes da minha vida. - Ele sorriu se lembrando de seu desespero quando contara para ela que Angelique estava grávida.

- Você não sabe o quanto eu sou grata por você confiar tanto assim em mim. - Ela sorrira. - Você sempre será como um filho para mim.

- Você sabe que eu sempre vou te considerar minha mãe, e é por isso que você é a primeira pessoa que eu quero que saiba que a Anahí está grávida. - Ele preferira desabafar logo.

- Isso eu já sabia. - Seu sorriso se expandira alcançando seus olhos.

- Já? - ele perguntara e Helena assentira. - Nós soubemos hoje que são gêmeos.

- Isso é maravilhoso! Mas por que é que parece que isso está te preocupando tanto?

- Eu consegui o patrocínio que eu precisava para a minha pesquisa, mas para isso eu preciso me mudar para a Alemanha por pelo menos 06 meses...

- Isso é maravilhoso!

- O problema é que a Anahí não quer se mudar e eu não posso deixá-la sozinha. Agora eu estou em dúvida se deixo minha carreira de lado e permaneço ao lado da Anahí durante a gravidez, ou se fico durante esses seis meses na Alemanha e priorizo minha carreira.

- Você está em dúvida entre sua carreira e sua família porque são duas coisas que você deseja, ou porque uma dessas coisas te fizeram acreditar que era o melhor para você? - Helena perguntou, acariciando seu rosto carinhosamente, como se de fato fosse sua mãe.

- O que me fizeram acreditar que era o melhor para mim? - perguntou Alfonso.

- Você foi educado... Educado não, você foi treinado desde pequeno para chegar longe na sua carreira, mas ninguém nunca te perguntou o que é que você realmente queria, eles apenas te ensinaram que o melhor para você seria ter uma carreira de sucesso. - Ela o olhou da mesma forma que lhe olhava quando ele era apenas uma criança. - O que você quer Alfonso? Quais são os seus planos?

- Eu quero ficar com a Anahí, quero estar por perto enquanto meus filhos crescem. - Ele respondeu sem precisar pensar muito.

- Então fique por perto. - Dissera Helena.

Assim como já vinha acontecendo há algumas semanas, Alfonso acordara atrasado para ir trabalhar, e assim que entrara de baixo do chuveiro, percebera que Anahí havia entrado no banheiro e quando ela começara a tirar sua roupa, Alfonso soube que se atrasaria.

Alfonso chegara 30 minutos atrasado, depois de tomar um banho quente e se entregar ao desejo naquela manhã, como já estava sendo de praxe ultimamente, e se xingara quando ao chegar no centro médico descobrira que ficara fora de uma cirurgia importante por causa do seu atraso.

Depois de muito pensar na conversa que tivera com Helena na noite anterior, Alfonso acabara se reunindo com o diretor do centro médico para renunciar a sua pesquisa, assim como renunciar sua transferência para a Alemanha, já que agora sua prioridade seria sua família, pois ele não teria como deixar Anahí grávida cuidando de mais duas crianças.

- Você está jogando uma grande oportunidade no lixo. - disse o Dr. Martin, diretor do centro médico. - Essa é a sua chance de ser grande, a sua chance de mostrar que você é muito mais do que o seu sobrenome, não a desperdice só porque sua namorada está grávida.

- Eu lamento muito ter que desistir dessa pesquisa, mas agora não é o momento certo para isso, não posso deixar a Anahí aqui, grávida e cuidado de duas crianças, eu preciso decidir o que é prioridade na minha vida.

- Quando se é médico, o trabalho sempre é prioridade. - disse o Dr. Martin. - Eu não posso deixar que você abra mão dessa pesquisa, conversarei com Dr. Frank que está à frente das novas pesquisas na Alemanha e nós veremos o que podemos fazer.


Mentiras - Parte II (finalizada)Donde viven las historias. Descúbrelo ahora