Capítulo 57

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Eu estou me sentindo uma deusa, uma deusa de coração quebrado, mas, uma deusa.

Desço as escadas da casa com o olhar dos Gêmeos em mim, reconheço Túlio pelo traje galante, e Hector pelo estilo paizão.

— As meninas vão olhar as crianças, e qualquer coisa é só me ligar, elas estão dormindo no momento. – Digo enquanto desço as escadas.

— Você parece uma mãe babona Mônica, fica tranquila e se divirta. – Ele diz enquanto beija a palma da minha mão. — E você, juízo. – Ele diz ao Túlio

Na estrada o Túlio parece bem animado, cantarolando, é contagiante.

O restaurante que vamos é o mesmo que encontrei sem querer com o Hector a muito tempo atrás, nada mudou, deu até saudades daquele tempo que era tudo em paz.

— Olha vamos entrar e você me dá uns toques de como conquistar uma mulher. – Túlio diz me puxando para dentro.

Ele escolhe uma mesa bem no centro, ele realmente quer chamar atenção.

— Bom, primeiro você vai ser educado, vai do boa noite, beijar a mão dela e convidar ela para dançar. – Digo.

— Mônica eu não perdi a memória não viu, eu tenho certeza de que eu não era assim.

— Então faz como antes, por que quer minha ajuda?

— Eu apenas perdi o jeito, me fala como você se sentia quando eu jogava meu charme pra você?

— Raivosa, você era péssimo, e eu na maioria das vezes achava que era o Hector.

— Então eu não era tão péssimo assim, escolhe uma mulher e eu vou tentar a sorte.

Eu varro o olho no restaurante todo, uma mulher acaba de sair do banheiro, vestido azul, cabelos castanhos, fariam um belo par. Aponto pra ela e o Túlio sai piscando o olho pra mim.

Ele vai como se fosse o único homem do mundo, todo confiante, pra levar um tapa na cara da moça.

— O que você fez? – pergunto assim que ele retorna.

— Falei a ela que não resisto a uma mulher desacompanhada, mas você esqueceu de olhar a aliança no dedo dela, ela era casada Mônica!

Uma crise de riso me toma espontaneamente, e choro de tanto rir dele.

— Não foi uma boa ideia pedir sua ajuda, você é péssima nessas coisas.

— Eu tenho bom gosto tá? Tente novamente, aquela ali, ela tá sentada sozinha, vejo ela de costas. – Aponto novamente e ele vai até ela.

A conversa parece um pouco estranha, ele me olha o tempo todo e sorri sem graça, os dois pareciam estar indo bem, mas ele levanta e retorna a nossa mesa.

— Eu já tinha ficado com ela Mônica, é uma ex secretaria, e é muito chata.

— Acho melhor você escolher dessa vez.

— Deixa eu ver.

— Você tá afim de um romance né, esse papo de ser pegador é tudo bobeira.

— Túlio romântico? Nunca!

— Você tem que admitir isso a você mesmo, dá para ser feliz do lado de uma só, sendo fiel, basta ser uma que combine com você, que tenha esse espírito livre que você tem.

— E você conhece alguém assim?

— Sim, uma amiga minha. – meu modo cupido desperta.

— Eu quero conhecer, não prometo nada, quem já viu eu conter meu charme só pra uma.

— Você é muito bobo Túlio.

— Esse bobo aqui pode ter a honra de dançar com você?

Como resposta ofereço minha mão a ele, e ele me leva na pista de dança. Música calma, umas pisadas minhas no pé dele, mas está tudo certo.

— Eu quero te ajudar Mônica, o Gustavo conversou comigo sobre a Agatha, eu acredito em você.

— Ajudar como?

— Posso me passar pelo Hector, sou muito bom nisso, a Agatha cai nessas coisas que nem você.

— Haha.

— Iai topa minha ajuda?

— Sim, mas temos que conversar mais sobre isso, precisamos combinar um plano.

— Quem diria eu me tornando caseiro e te ajudando em uma missão!

— Eu estou amando. – digo dando um abraço no Túlio.

Procura-se uma babá (CONCLUÍDA)Where stories live. Discover now