Eu estou me sentindo uma deusa, uma deusa de coração quebrado, mas, uma deusa.
Desço as escadas da casa com o olhar dos Gêmeos em mim, reconheço Túlio pelo traje galante, e Hector pelo estilo paizão.
— As meninas vão olhar as crianças, e qualquer coisa é só me ligar, elas estão dormindo no momento. – Digo enquanto desço as escadas.
— Você parece uma mãe babona Mônica, fica tranquila e se divirta. – Ele diz enquanto beija a palma da minha mão. — E você, juízo. – Ele diz ao Túlio
Na estrada o Túlio parece bem animado, cantarolando, é contagiante.
O restaurante que vamos é o mesmo que encontrei sem querer com o Hector a muito tempo atrás, nada mudou, deu até saudades daquele tempo que era tudo em paz.
— Olha vamos entrar e você me dá uns toques de como conquistar uma mulher. – Túlio diz me puxando para dentro.
Ele escolhe uma mesa bem no centro, ele realmente quer chamar atenção.
— Bom, primeiro você vai ser educado, vai do boa noite, beijar a mão dela e convidar ela para dançar. – Digo.
— Mônica eu não perdi a memória não viu, eu tenho certeza de que eu não era assim.
— Então faz como antes, por que quer minha ajuda?
— Eu apenas perdi o jeito, me fala como você se sentia quando eu jogava meu charme pra você?
— Raivosa, você era péssimo, e eu na maioria das vezes achava que era o Hector.
— Então eu não era tão péssimo assim, escolhe uma mulher e eu vou tentar a sorte.
Eu varro o olho no restaurante todo, uma mulher acaba de sair do banheiro, vestido azul, cabelos castanhos, fariam um belo par. Aponto pra ela e o Túlio sai piscando o olho pra mim.
Ele vai como se fosse o único homem do mundo, todo confiante, pra levar um tapa na cara da moça.
— O que você fez? – pergunto assim que ele retorna.
— Falei a ela que não resisto a uma mulher desacompanhada, mas você esqueceu de olhar a aliança no dedo dela, ela era casada Mônica!
Uma crise de riso me toma espontaneamente, e choro de tanto rir dele.
— Não foi uma boa ideia pedir sua ajuda, você é péssima nessas coisas.
— Eu tenho bom gosto tá? Tente novamente, aquela ali, ela tá sentada sozinha, vejo ela de costas. – Aponto novamente e ele vai até ela.
A conversa parece um pouco estranha, ele me olha o tempo todo e sorri sem graça, os dois pareciam estar indo bem, mas ele levanta e retorna a nossa mesa.
— Eu já tinha ficado com ela Mônica, é uma ex secretaria, e é muito chata.
— Acho melhor você escolher dessa vez.
— Deixa eu ver.
— Você tá afim de um romance né, esse papo de ser pegador é tudo bobeira.
— Túlio romântico? Nunca!
— Você tem que admitir isso a você mesmo, dá para ser feliz do lado de uma só, sendo fiel, basta ser uma que combine com você, que tenha esse espírito livre que você tem.
— E você conhece alguém assim?
— Sim, uma amiga minha. – meu modo cupido desperta.
— Eu quero conhecer, não prometo nada, quem já viu eu conter meu charme só pra uma.
— Você é muito bobo Túlio.
— Esse bobo aqui pode ter a honra de dançar com você?
Como resposta ofereço minha mão a ele, e ele me leva na pista de dança. Música calma, umas pisadas minhas no pé dele, mas está tudo certo.
— Eu quero te ajudar Mônica, o Gustavo conversou comigo sobre a Agatha, eu acredito em você.
— Ajudar como?
— Posso me passar pelo Hector, sou muito bom nisso, a Agatha cai nessas coisas que nem você.
— Haha.
— Iai topa minha ajuda?
— Sim, mas temos que conversar mais sobre isso, precisamos combinar um plano.
— Quem diria eu me tornando caseiro e te ajudando em uma missão!
— Eu estou amando. – digo dando um abraço no Túlio.
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Procura-se uma babá (CONCLUÍDA)
RomanceMônica é gentil, doce e forte. Sempre lutou por seus sonhos e foi por isso que aceitou o emprego de babá. Era para ser um emprego simples e comum, mas um drama, dois gêmeos, sequestro, e muitas revelações, não faziam parte dos planos de Mônica. Agor...