Capítulo 73✨

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- Ele deve ter ficado com ciúmes amiga. - Mia fala tentando me consolar.

- Ciúmes sendo que não sente nada por mim?

- Você sabe que isso não é verdade, ele perdeu a memória e não os sentimentos. - Ela rebate enquanto brica com o Enzo.

- Não sei, isso está confuso demais.

- Eu entendo o lado dele, ele acorda e do nada tem uma esposa e uma noiva, talvez ele fosse muito fiel a ela no passado, então não se ver traindo-a ao ponto de estar noivo com outra pessoa, é algo difícil.

- Sim, talvez eu seja um pouco egoísta.

- Não, isso você não é fofa. Agora me fala sobre o Edgar, ele é um homão. - Ela ri.

- Feche os olhos, você já tem o seu.

- Mas meu coração sempre foi espaçoso, você sabe.

- Nossa mia, tá na hora de mudar viu, encolher mais esse coração. - Ela revira os olhos. - Bom, sobre o Edgar, ele não é nada mal, o tempo que eu passei conversando com ele não percebi nada parecido com a Agatha.

- Vá com calma, eu no seu lugar ficaria muito atenta.

- Sim, sim, até demais, mas sabe quando você sente que conhece a pessoa a anos, é exatamente o que eu sinto por ele, vejo verdade, espero que um dia vocês vejam isso também.

- A não, dele eu quero ver é outra coisa.

- Mia! - jogou um travesseiro na cabeça dela, como forma de repreensão.

- A vai dizer que também não tem essa curiosidade?

- Claro que não!

- Você é tão sem sal.

- E você sem bom senso.

Ela põe as mãos no coração e finge está magoada.

- E a Agatha, vai passar o Natal aqui?

- Eu não sei, ninguém diz nada sobre, nem a mãe do Hector, dona Regina, ela anda meio sumida ultimamente também, e a governanta Carmem, anda meio afastada, sinto que agora que a Agatha voltou pra vida deles, eles me excluíram.

- Também senti isso, mas você tem eu, Isa, bia, Gustavo e o Túlio, e nós não pretendemos te excluir nunca.

- Aí de vocês se tentarem também, vocês não têm noção do poder de uma mãe revoltada.

A mia ri como se isso fosse uma piada.

- Sabe o que eu lembrei agora? Da minha mãe correndo atrás de mim com um cabo de vassoura, quanto eu usava todos os biscoitos da casa pra brincar de "dia do chá" com vocês.

- Você sempre dizia que os biscoitos eram seu e que sua mãe nem gostava.

- Era os preferidos dela.

Dessa vez nem eu me seguro e acabo rindo da situação.

- Você era tão má.

- Má não, só era muito pra frente.

- Estou pensando em pedir emprego para o Túlio, sabe, trabalhar em um outro lugar, preciso manter uma gravidez tranquila.

- Mas e o Hector, não fazem parte da mesma empresa?

- Sim, mas eu poderia trabalhar distante dele, em um lugar em que eu não o encontrasse.

- Você sem essas crianças por perto? Não consigo imaginar.

- Nem eu, mas tem dores que são necessárias e essa é uma delas.

- É, mas você vai ter que manter contado com elas mesmo assim, você pode não evitar sua dor, mas evitar a delas é sua obrigação.

Essas palavras caem como um soco pra mim.

- É eu sei, que tal vocês ficarem no meu lugar, o salário vai ser ótimo, a casa é grande, e vocês já se enturmaram.

- Pra mim não seria nenhum problema, tem tanto homem gostoso aqui que vai ser um prazer. Mas você tem que falar com a Isa e a Bia.

- Sim, eu irei falar com elas e com o Túlio. Vocês vão ter que manter o plano de ação das câmeras e microfones, vão ter que tentar gravar cada passo da Agatha.

- Deixe comigo, amo uma missão investigativa. Mas vai passar Natal com a gente né?

- Sim, pretendo, e talvez o ano novo caso tudo der certo.

- Já deu amiga.

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Procura-se uma babá (CONCLUÍDA)Where stories live. Discover now