5° Capítulo.

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Retornei para a sala e, depois de algumas horas finalmente acabou a aula, estava completamente curiosa para saber o que meu professor queria comigo.

Assim que todos os alunos sairão do local, caminhei até ele. Marcelo estava apagando a lousa, ao me aproximar ouço ele dizer.

— Oi Tábata. Sente-se ai!

Não disse se quer uma palavra, apenas sentei na cadeira de frente a dele, como havia pedido.
Colocou o apagador em cima da mesa e por fim, sentou-se.

— Está tudo bem com você? — olhou diretamente nos meus olhos.

— Sim. — menti é claro.

— Você tem certeza? — parecia até que desconfiava que eu estava mentindo. —Se precisar de ajuda estarei aqui! — sorriu pra mim.

"Meu professor querendo me ajudar? " Confesso que achei aquilo bonitinho,
embora não iria me abrir a ele, muito menos pedir sua ajuda.

— Não professor, tá tudo bem.

Sinceramente, não estava nada bem. Permaneci olhando-o com um certo deboche, era um dos meus truques, para continuar firme e não cair aos prantos, em tocar no assunto que mais me magoava," lembrar da minha vida, das minhas noites, de usar meu corpo para satisfazer homens em busca de uma diversão extra".

— Ta ok! — me olhou com desaprovação, pegou um caderno azul, que estava em cima da mesa, e direcionou seu olhar pra mim novamente.

— Te chamei aqui, pra te avisar que suas notas caíram muito durante o segundo bimestre, e se você não recuperá-las vai acabar ficando retida no final do ano letivo!

Mesmo já imaginando que estava prestes a reprovar, fiquei entristecida ao ouvir aquele aviso.
Em hipótese alguma eu poderia se quer, pensar em reprovar, não no último ano. Estava prestes a sair daquele inferno.

— Obrigado professor. — sorri ainda nervosa, enquanto processava tudo o que tinha acabado de ouvir. — Vou recuperá-las. — afirmei.

Ele sorriu satisfeito.

— Posso sair agora? — me levantei da cadeira e arrumei minha franja.

— Pode sim. Até mais Tábata!

— Até. — dei um sorriso forçado, em seguida me virei e sai da sala.

Logo que cheguei em casa, tomei um banho frio, preparei um café e sentei para ler um livro, li mais de 300 páginas em menos de três horas.
Fiquei com uma dor de cabeça sinistra, tomei alguns analgésicos, mas nada resolveu. Decidi então tirar um cochilo, mas acabei acordando as 18h.
Levantei rapidamente, tomei um banho quente e então comecei a me produzir.

Nessa noite eu faria o 'show' de abertura da 'boate'.

Fiz uma maquiagem forte, caprichei no delineado e, passei um batom vermelho.
Vesti um cropedd branco e uma saia preta curtíssima, fiz chapinha em todo o meu cabelo o deixando completamente liso, passei uma fragrância amadeirada e calcei um salto preto.

Pra minha sorte, minha mãe não estava em casa, felizmente, não me deparei com ela.
Acendi uma ponta do cigarro de canábis que estava no cinzeiro (prata) e fumei. Parecia loucura me drogar minutos antes de sair, mas de alguma forma, me ajudava a encarar aquela rotina maluca.
Por fim, peguei um táxi e fui para a 'boate'.

Mesmo que fosse trocar de roupa assim que chegasse lá, Joana não permitia que a gente entrasse com roupas normais, até porque a 'boate' ficava aberta o dia todo, ela queria que todos os homens sentissem desejo a nos vermos entrar no local.

Estava certíssima em, tornar isso uma "Regra da Casa".

Caminhei até o camarim e vesti uma roupa preta de couro que, mais se parecia uma fantasia de policial.

As outras garotas chegaram e foram se maquiar. Não era de conversar com elas,
notava que me odiavam pelo fato de eu ser a preferida de Joana.

A mesma logo adentrou o cômodo, me avisando que a 'boate' já estava cheia e estava na hora de ir me apresentar.

Sai do camarim e assim que entrei na 'boate' notei vários olhares masculinos me secarem, avistei também alguns casais sentados.

Subi no palco e grande maioria das luzes se apagaram. As únicas que ficaram acesas eram as que iluminavam o palco, onde eu estava.

Assim que ouvi a primeira batida da música, comecei a dançar lentamente, de uma maneira sensual arrancando diversos olhares de desejo da aglomeração de homens que havia se formado próximo a mim, notei também que um dos casais estavam ali.

Continuei dançando o que havia ensaiado e, não demorou muito para que os homens começassem a me encher de dinheiro.
Colocaram algumas notas em meus seios, outras na minha saia, algumas, na bota que usava e muitas no chão do palco.
Tudo o que conseguíamos arrecadar com as apresentações de abertura, era completamente nosso.

Ao terminar o 'show', voltei para o camarim.

— Seu primeiro cliente está na mesa 06.
— Joana disse entusiasmada enquanto se aproximava de mim. — Pagou 5x o valor do seu programa completo! — sorriu.

Fiquei surpresa ao ouvir aquilo, só do primeiro programa iria arrecadar uma boa quantia.

— Ok, estou indo!

— Não demore muito, pois, tem mais cinco querendo se deitar com você!

— Ok! — dei um sorriso forçado e sai do camarim.

Assim que entrei na 'boate' avistei de longe o casal na mesa 06.

— Olá, posso ajudar vocês? — era a frase que sempre usava, quando me aproximava dos clientes.

— Olá, pode sim! — disse Renan.

Notei que os dois não tiravam os olhos do meu corpo. Ele era definido, mais nada exagerado para uma garota de dezoito anos.

— Vamos? — sorri com malícia e, me virei.
Caminhei em direção aos quartos e eles me seguiram.

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Apaixonada Por Um VampiroWhere stories live. Discover now