Ela prostituta por opção, ele um sangue suga ousado e romântico. Tábata queria apenas sair de casa e ter sua própria vida, já Tyler queria apenas encontrar um verdadeiro amor.
Confesso que senti medo de Tyler, eu permiti que ele se alimentasse do meu sangue, mais não imaginei que ele ficaria daquela maneira. Pedi diversas vezes, mais ele demorou me ouvir, ou melhor, se afastar.
Tomei o sangue dele, aquele gosto era horrível. Senti ânsia e por pouco, não vomitei.
Ele saiu rapidamente para fora e fiquei no sofá, refleti um pouco se era isso mesmo que eu queria. E por fim, conclui que era a melhor opção. A dor que sentia, a falta de meu pai me deixou tão mal, tão vulnerável, que sempre que as lembranças junto a ele vinha a minha mente eu desabava.
Peguei os remédios e chamei Tyler para subir comigo até o quarto, iria dar continuidade a transformação. Já tinha sangue de vampiro no meu organismo, o próximo passo então, seria morrer. E sim, eu estava com um pouco de medo.
— Eu te amo muito muito… — eu o abracei forte, em seguida dei um beijo demorado nele.
-Eu amo mais. — ele beijou minha testa e me deu os remédios que estavam em cima da pia do banheiro.
Estava nervosa, porém, determinada. Tomei vários comprimidos. Estava prestes a me matar.
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Em seguida entrei na banheira e pude perceber o quanto Tyler estava nervoso, preocupado. Parecia estar assustado e inconformado por me ver fazendo uma loucura dessas.
Logo minha visão começou a escurecer, fiquei zonza e de repente, não vi mais nada.
Fim da narrativa de Tábata..>>
* * * *
Tyler narrando..>>
Eu não estava acreditando que minha garota estava fazendo isso, estava tirando sua própria vida para se tornar uma vampira.
Não conseguia entender como alguém poderia desejar viver assim.
Fiquei desesperado assim que vi ela desmaiar, mais tranquilo por saber que ela não sentiria tanta dor como eu senti. Fiquei por diversas horas a olhando, mil pensamentos vieram a minha cabeça. Arrependimento e ódio eram os que mais me atormentavam.
Peguei ela no colo e levei para meu quarto. Deitei Tábata na cama, a sequei e a vesti. Peguei um colar que estava dentro do criado mudo ao lado da minha cama, e coloquei em seu pescoço, com ele, ela não queimaria no sol. Cobri ela e, fiquei a observando por várias horas. Até que finalmente, ela acordou. Senti um alívio de imediato, ao ver ela abrir aquele lindo par de olhos castanhos.
