Apaixonada Por Um Vampiro

59° Capítulo.

Tábata narrando..>>

Alguns dias se passaram, minha rotina foi bem frustrante nos últimos dias, senti saudades mais evitei todos os encontros de Tyler, procurei sair com a Luana para me distrair nas últimas semanas para não ficar em casa e ser surpreendida por ele mais uma vez.

Era difícil, eu sei. Por mais que algo dentro de mim, dizia para deixar esse orgulho bobo de lado, outro lado tolo me fazia continuar forte e não ouvi-lo.

Sentia saudades dos nossos encontros, das lembranças dos meus melhores sorrisos que só ele conseguia arrancar, da maneira como me tratava, como conseguia deixar claro o quanto me amava e o quanto eu era importante pra ele.

A pior parte de sermos traídos por quem mais amamos é a dor que sentimos, é o sentimento de incompetência, de fracasso e de que podíamos ter feito mais, ter feito diferente.

Por mais que eu queria correr para os braços dele, dar um beijo demorado em seus lábios e sentir mais uma única vez a segurança que me transmitia através de um único abraço, eu permanecia forte e ignorava todas essas vontades.

O vazio é difícil acostumar, mas as vezes, necessários para nos conectarmos com nossa essência e nos mantermos em equilíbrio.

Foram muitos telefonemas, e-mails, recados.

Chorei em cada trechinho enquanto lia e relia todas aquelas mensagens.

Depois de mais um dia cansativo, tedioso e repetitivo, chego em casa ouvindo algumas músicas em minha playlist, meus cabelos estão amarrados e estou vestindo um vestido preto.

Assim que subo os pequenos degraus para abrir a porta, ouço alguns passos e quando me viro, meus olhos analisam rapidamente cada detalhe do rosto de Tyler, seu semblante entristecido me deixa com uma enorme vontade de abraça-lo e dizer que está tudo bem, que estamos juntos. Mas meu subconsciente me tira dessa ilusão e me faz encarar a realidade.

— Eu te disse para não me procurar Tyler. — balancei a cabeça com desaprovação e em seguida direcionei meu olhar para meu celular, em uma tentativa frustrante de não encara-lo.

— Eu sei, mas… — disse em um tom de voz extremamente suave.

— Sugiro que logo em seguida irá dizer que me "ama". — fiz um gesto estúpido com as mãos enquanto dizia aquela palavra.

— Me desculpas Tábata, eu preciso explicar o que aconteceu, preciso que me escute por favor! — começou a se aproximar de mim rapidamente me deixando sem reação, senti um frio em minha barriga e no mesmo instante fiquei imóvel, era como se alguma coisa me impedisse de me mover, era como se meus sentimentos falassem mais alto que  meu próprio orgulho.