14 - Martins (extra)

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Flashback: Noite do pagode.

O moleque já tinha me passado a visão de que a Daniela tava na comunidade, abusada ela né? depois de ter me dispensado ainda com aquele papinho de que não dava pra ficar comigo por que ela respeitava a Milena, ela se acha no direito de vir na minha favela.

Eu já tinha dado o papo nela de que não queria ela aqui e ela veio, tá querendo me afrontar só pode.

Parti com a tropa pro pagode, Maria Luiza tava lá também, tava gata demais, sem dúvidas ia parti com ela depois pra algum lugar, mas aí eu vi a loirinha, mudei o pensamento na hora.

Mandei mensagem pra Daniela que queria falar com ela e ela respondeu na hora falando que já sabia do que se tratava, quer afrontar bandido e achar que vai passar batida, pau quebra filhão.

Os moleques zoavam o Maycon por alguma merda que ele tinha feito e minha atenção só tava na mesa do outro lado, a mina dançava com a bunda virada pra cá, lembrei logo dela sentando, gostosa pra caralho.

Chamei no whatsapp falando pra ela ir para um área mais vazia e fui pra lá, ela tava encostada na parede visivelmente nervosa.

- Qual foi o combinado? - perguntei vendo ela ficar pálida

- Cara, a Milena é minha amiga, sinto falta dela, não podia deixar de vir por um deslize nosso - falou nervosa

- Foda se, te disse que não te quero aqui - me aproximei fechando a cara

- Cara, vamos esquecer isso, isso pode nos trazer um problemão - falou baixo

- Não vou esquecer por que eu adoro um problema - colei meu corpo no dela sem conseguir me controlar - Podemos resolver nosso problema do jeitinho que a gente gosta - beijei o pescoço dela fazendo ela se arrepiar

- Martins - gemeu baixo me fazendo rir

- É isso que tu quer né piranha? - mordi a pontinha da orelha dela

Me virei rápido com a mão na arma já escutando alguém bater palmas atrás de mim, Maria Luiza, com a maior cara de debochada do mundo.

- Que lindo! - soltou uma risada forçada - A amiga da tua filha, Martins, que coisa linda! - gritou

- Ih, tu tá vendo coisa - desconversei

- Vaza, Daniela - falou autoritária, a mina saiu desesperada e só ficou eu e a fera - Você é um filho da puta né - falou puta

- Tô legal de você porra, vem meter bronca pra cima de mim não - tentei passar por ela que entrou na minha frente

- Tanta mulher nesse caralho e tu quer logo as novinhas e a amiga da tua filha ainda, desgraçado - socou meu peito

- Foda se porra, que que tu tem haver com isso? Tenho nada contigo não - segurei os pulsos dela

- Por isso você tá sozinho, você não vale porra nenhuma mesmo, eu vou contar tudo pra Milena e aquela piranha mirim lá, nunca mais vai botar os pés aqui - tentou se soltar, puxei ela empurrando contra a parede

- Vai contar é o caralho, não se mete nisso, e deixa a Milena fora desse assunto, isso é problema meu - disse com raiva - Se tu abrir a boca, eu vou te arrebentar no pau

- Bate então filho da puta, bate, tu não é o pica? dono da porra toda? vai batendo de agora por que eu vou contar - se soltou me empurrando e tentando se afastar, agarrei ela pelos cabelos fazendo ela gritar

Maria Luiza sempre foi abusada e isso fazia eu perder o controle muito rápido - Não me afronta porra - puxei o rosto dela pra perto do meu - Tu sabe do que eu sou capaz.

- Não tenho medo de você, me solta, diabo - ela disse ofegante, soltei ela fazendo ela cambalear pra trás

Sai largando ela lá, casca grossa, nem se eu desse um pau nela ali faria ela abaixar a aguarda.

Procurei o LN pra levar elas pra casa mas foi em vão, encontrei a Dani na mesa com uma amiga, o rosto tava vermelho e parecia que ela tinha chorado, passei direto acionando os seguranças e parti pra casa, chega de estresse por hoje.

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Olhares - Livro 1.Onde histórias criam vida. Descubra agora