|CAPÍTULO 3|

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|Antony|

A festa está a todo vapor. Ajeitamos todo espaço de forma a acolher bem os calouros e ficou tudo maneiro. Enfeitamos com algumas luzes bacanas que irão dar um efeito animado quando o dia estiver escurecendo. Durante a ornamentação da nossa decoração, fomos bebendo e eu confesso que já estou bem tonto, já mandei meu equilíbrio para o espaço.

Contratamos um DJ muito bom, que adora tocar músicas de axés antigos e com o efeito da bebida em meu corpo, eu já estou melhor que o jacaré do "É o tchan" dançando a dança da cordinha. É muito mico para uma pessoa só.

De longe eu vejo meu amigo Theo e preciso ir lá brigar com ele. Como ele está na sala daquela linda índia, eu pedi algumas informações sobre ela. Já tem um tempo bom e até hoje não tive muitos detalhes.

Durante todos os dias de aula eu a observava de longe. Decidi não chegar nela, ainda, mas estou tentando saber mais para ter uma abordagem mais certeira.

- E aí meu camarada, aproveitando a festa? - Falei tocando em suas mãos.

- Demais, Antony. Vocês arrasaram. E essas músicas antigas? A galera está delirando.

- Ah, mas com um pouquinho de bebida no corpo, qualquer música anima, não é mesmo? - Falei sorrindo.

- Ah, isso é verdade. - Concordou.

Conversei mais um pouquinho com ele fui direto ao assunto, queria saber daquela morena. Mas, como eu previa, ele nada conseguiu.

- Porra Theo, eu te pedi para tentar descobrir mais da gata para mim, você está na sala dela e nem mesmo sabe se ela virá?

- Calma cara, não consegui fazer amizade com ela. A garota não é de se enturmar muito pelo o que percebi. Mas o que sei é que ela e a Marcela chegam cedo todos os dias para estudar. Pelo menos o nome dela você já sabe uai.

Fico puto com a incompetência do meu amigo. O cara é bom com os negócios e uma negação como detetive.

Diante da conversa, eu penso. Lis não vêm mais.

Ela não vem...

Esqueço disso por um tempo e volto a dançar com o pessoal da minha turma. Theo que estava mais sozinho vem comigo e se enturma um pouco. Observo as garotas da festa, mas eu queria realmente a Lis. Porém, como ela não vem, observo Bianca, que não para de me cercar. Como ela não é pegajosa, decido ficar com ela mesmo. Pelo menos tenho alguém para terminar o dia.

Ela me agarra e eu seguro firme em sua cintura. A beijo euforicamente como se não houvesse amanhã. Ela corresponde e sobe suas mãos até a minha nuca, entrando com seus dedos em meus cabelos e puxando para trás. - A filha da puta está me atentando. Ficamos nesse agarramento por um tempo até que nos desgrudamos. Uma música mais envolvente começa e ela me puxa para dançar colado ao seu corpo. Quando vejo, estamos mais afastados da galera e mais próximo ao palco. A pegação rolando solta. Quando dou uma girada eu quase não acredito no que vejo. Aquela índia está mais linda do que nunca e me olha. Não desvio o olhar dela e ela também não.

Bianca percebeu que fiquei sério, então, a afastei um pouco de mim.

-Aconteceu alguma coisa, Antony? - Ela perguntou.

- É... não. Espere-me um pouco.

Ela me olhou incrédula, mas não liguei. Segui para perto da morena e decidi puxar assunto com ela. Foda-se, se ela me achar um intruso eu coloco a culpa na bebida.

Cheguei perto dela e parei em sua frente.

- Olá Caloura! Está gostando da festa? -Digo tentando ser simpático.

Nem o tempo Apaga - Livro 1 (Concluído) - Sem revisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora