Capítulo 43: Bye Vitor! Oi com gosto de "tchau" Gabriel.

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- Hey! Que surpresa você por aqui. - Sorri automaticamente ao ver o Gabs ali.

- Estava na rua quando vi seus pais chegando com você, aí como não ia fazer mais nada da vida, pensei: "por que não aproveitar e visitar a moribunda?". - Revirei os olhos.

- Não, com certeza você não pensou assim, no mínimo você pensou: "Já que estou aqui na rua de plantão, por que não ir logo visitar o amor da minha vida?".

- Que droga te deram naquele lugar Júlia? - Ele arqueou as sobrancelhas.

- A provavelmente uma de cada. - Dei de ombros. - Sério tomei tanto remédio que já me sinto uma farmácia. E para de charme, eu sei que você ama.

- Amar eu amo mais você já me deu um corte lacerador. - Deu de ombros.

- Para Gabriel! - Bati de leve no ombro dele. - A gente sempre se amou como amigo e antes isso não era problema.

Ele revirou os olhos, mudando de expressão.

- Acho melhor você pegar um carimbo e bater na minha testa: "Friendzone", porquê aparentemente eu voltei pra lá.

- Culpa sua. - Arqueei as sobrancelhas. - Ou se esqueceu que a culpa disso é sua? Que foi um trouxa comigo.

Ele enfiou o rosto nas mãos.

- Até quando vai jogar isso na minha cara?

- Até a minha morte, provavelmente. - Sorri amarelo.

- Então quer dizer que a Jujuba é rancorosa? - Assenti com a cabeça. - Rancor adoece viu. Vi isso na internet.

- A já tomei tantos remédios nos últimos dias Gabs, que um ou dois a mais não devem me matar.

- Você e sua mania de ter uma resposta pra tudo.

- É isso que toda pergunta merece Gabriel, respostas. - Por que pra mim isso é tão óbvio?

- Então me responde essa, como vamos ficar a partir de agora? - Ele olhava tão fixamente nos meus olhos, que tenho certeza que aquilo era pra me desconcertar.

- Gabriel... - Ele já desvencilhou o olhar do meu.

- Caramba Júlia! Só mais uma chance, é só isso que eu estou te pedindo. Uma chance. - Ele se sentou mais próximo de mim na cama. - Ou, eu amo você garota. - Ele tirou uma mecha de cabelo do meu rosto. - Mesmo você toda lenhadinha como está agora. - Ele sorriu. Sim esse desgraçado quer me desarmar. - Só mais uma chance, você não vai de arrepender. - Ele começou a roçar a ponta do seu nariz no meu.

Um gelo já estava percorrendo minha espinha, odeio me sentir "frágil" nessas situações, suscetível a não controlar meus atos e emoções.

Mas o nosso clima foi interrompido por uma falsa crise de tosse.

- Atrapalho o casal? - Era o Vitor.

Tá brincando que o bonitinho só veio aparecer agora? Exatamente agora? É muita audácia e importunismo pra um ser só.

Eu sei que teoricamente estou de caso com o Vitor, mas o desgraçado não teve a coragem de procurar saber sobre mim e tão pouco me visitar nos últimos quinze dias e na hora que ele não precisava aparecer, ele de repente ressurgiu das cinzas.

Talvez seja um sinal divino que Gabriel e eu não devemos reiniciar nada.

É suicídio.

Em algumas semanas vamos ter que nos afastar novamente, por tempo indeterminado, e vai ser como um "luto" mais doloroso que o primeiro.

O Fruto do Pecado - Livro IIOnde histórias criam vida. Descubra agora