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Luíza 🌻

Respirava fundo e soltava o ar.

Muito rápido, tava doendo tanto.

Felipe, eu só pensava em como ele iria reagir ao sentir o filho, ou a filha, me chutando.

Provavelmente ele iria rir, pq eu ia falar que tá doendo muito.

Eu não conseguia abrir os olhos, mas eu escutava tiros, até mesmo bombas.

Aos poucos fui sentindo meu corpo flutuando.

Minha barriga doía bastante, eu não tava mais aguentando.

Sentir algo molhado no meu rosto, bem gelado.

Coringa: Se tu não abrir a porta do olho agora, eu corto tua cabeça e levo meu filho.- Ouvir a voz dele.

Sorrir mentalmente, pois não conseguia controlar meu corpo.

Em questão de minutos, pra eu perder total consciência e desmaiar de vez, ainda sentindo minha barriga doendo.

▪▪▪

Coringa: Luíza? - Acordei ouvindo a voz dele, mas não abrir os olhos.- Eu sei que eu fui um filho da puta, mas acorda aí pô!

Luíza: Hm...- Murmurei apenas, levando minhas mãos até minha barriga.

Coringa: Abre esse olho, agora.- Mandou, pela voz, muito nervoso.

Luíza: Como nosso filho tá? - Falei abrindo os olhos, vendo ele me encarar preucupado.

Coringa: Você ficou tão gostosa perguntando isso.- Sorriu de lado, me dando um selinho.- Tá bem, suavão! Sentiu ele mexendo?

Luíza: Sim, tava doendo bastante.- Fiz uma careta de dor.- O nenê tava preucupado comigo foi?

Coringa: Não, com meu pivete! Tava nem aí pra você.- Levantou da cama.

Luíza: Mas se você já sabia que a criança tava bem, tava pedindo pra eu abrir os olhos pq? - Falei rindo.

Coringa: Pq a criança depende de você, otária.- Cruzei os braços.

Luíza: Me ajuda aqui.- Pedi manhosa.

Ele me ajudou a sentar e ajeitou os travesseiro pra mim, sentou do meu lado e me olhou.

Coringa: Tu tá bem? - Revirou os olhos.

Luíza: Tô, tô bem.- Sorrir de lado.- Vocês conseguiram pegar ele?

Coringa: Essa era nossa missão.- Dei os ombros.

Luíza: Cadê o Matheus? - Perguntei sentindo falta da presença dele, a todo momento comigo.

Coringa: Tá com a Rebeca, por quê? - Arqueou a sobrancelha.

Luíza: Só sentir falta dele comigo, em todo momento.- Olhei pro Coringa que tava de cara feia.

Coringa: Ele tem a vida dele agora, assim como você tem a sua comigo.- Falou bravinho.

Luíza: Acho que você sabe que ele é meu irmão.- Neguei com a cabeça, achando super chato esse ciúmes dele.

Coringa: Minha coroa tá fazendo comida pra tu, daqui a pouco ela sobe! Vou cuidar nas minhas coisas.

Luíza: Não, amor... fica comigo vai.- Segurei a mão dele.- Por favorzinho.

Coringa: Você não vai conseguir me comprar com essa voz de criança.- Coçou a cabeça.- Preciso ir trabalhar.

Luíza: Felipe, por favor, sério..- Pedi triste.- Você passa muito tempo longe de mim, eu não faço nem questão, mas hoje eu preciso de você comigo, é tão difícil deixar o trabalho uns minutinhos de lado?

Coringa: É! - Falou sincero, me fazendo suspirar.- Mas vou tentar me fazer um esforço por você e pelo meu filho.

Luíza: Você nem se importa comigo.- Cruzei os braços.

Coringa: É verdade.- Assentiu, sem dar importância.

Na maioria das vezes, ele fala com sinceridade, sobre tudo.

Mas dessa vez, ele não demonstrou mínima sinceridade, o que me deixou feliz.

Abracei ele, deitando a cabeça no meu peito e beijei a cabeça dele, enquanto ele ficou parado, olhando pro nada.

Visita Íntima Where stories live. Discover now