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Luíza 🌻

Duas semanas depois.

Rebeca: Gado demais.- Se referiu a mim.- Agora eu posso passar isso na sua carinha.

Luíza: Ih porra, olha a gado assumida.- Ela fez uma careta, suspirando e soltando uma risada em seguida.

Rebeca: Aí amiga, tô atrasada.- Olhou o relógio.- Mas acho que vou falar mesmo, ficar com você.

Luíza: Não, Rebeca. O começo da faculdade é mó importante, falta não.

Rebeca: Não, mas já tô lá faz um mês, tem nada não.- Gargalhei.

Luíza: Vai lá, beijo.- Ela beijou meu rosto e se levantou, indo embora.

Me levantei da calçada que eu tava sentada e decidir que ia caminhar.

Peguei meu celular do bolso e fui segurando ele na mão.

Não foi questão de segundos pra uma moto aparecer, bem na frente de casa.

Coringa passou, me olhou e sorriu de lado.

Apenas sentir uma vontade de conversar com ele e saber a verdade.

Ouvi muitos boatos, dizendo que era tudo mentira, que ela estava em casa no dia..

E quando eu fui afrontar a mesma, ela se enrolou na história, me fazendo desacreditar

Mas eu precisava também de um tempo só meu, nem que fosse apenas dois dias.

Luíza: Coringa..- Gritei, um pouco baixo, mas ele escutou, me olhando e parando a moto.

Coringa: Brota..- Neguei, apontando pra minha barriga, ele riu debochado e ligou a moto, vindo pro meu lado.

Luíza: Comi pó de café hoje de madrugada.- Falei rindo, vendo ele me encarar com a cara sem demonstração de riso algum.

Coringa: Isso faz mal não?

Luíza: Não, são só os desejos.- Dei os ombros, sentindo ela chutar.

Ele colocou a mão na barriga, fazendo ela se agitar mais ainda.

Coringa: Mas se tu quer dar algum papo, dá logo! tenho que ir pra uma missão aí.

Luíza: Missão pra onde, Felipe? - Ele cruzou os braços.- Você acha que eu vou deixar minha filha nascer sem pai?

Coringa: Você tá com medo de ficar sem mim, pode falar aí.- Sorrir.

Luíza: Desde quando seu humor tá bom?

Coringa: Tá ligada como é né? A gente se afasta de umas pessoas aí e a vida melhora.- Falou rindo de lado.

Luíza: Eu posso te machucar com meu chifre, sabia? - Cruzei os braços.

Coringa: Interessante, mas o que tu quer falar?

Luíza: Quando você me levar pra lanchar hoje de noite eu digo.- Ele fez uma cara feia.

Coringa: Não bota fé, tem missão que eu vou e não sei se volto, ou volto preso, ou morto.- Engoli no seco, negando com a cabeça.- Então se tu quer dar o papo, diz logo.

Luíza: Coringa, você acha que vai se livrar de mim? Sério, você acha que é quem? - Ele sorriu.- É...você sabe né?

Coringa: Você sabe que eu tô certo e você tá errada?

Luíza: Não é questão de quem tá certo e sim que...- Fui falar, mas ele ligou a moto, me interrompendo.

Coringa: Eu amo vocês, se alimenta bem, fica comendo besteira não.- Segurou meu rosto.- presta atenção nas coisas.

Luíza: Tipo no que?

Coringa: Em que eu tô certo, otária! Eu te desculpo pro ter sido precipitada.

Luíza: Aí coringa, vai e volta.- Bufei.- Te amo.

Ele me puxou pra perto, me dando um selinho e eu aprofundei em um beijo, enquanto segurava na blusa dele.

Luíza: Você vai pra missão de que horas? - Passei a unha no pescoço dele.

Coringa: Seis, sem atraso.- Olhou o relógio.

Sorrir sapeca pra ele e ele resmungou, sabendo o que eu queria.

Tínhamos 20 minutos pra matar a saudades de duas semanas.

Visita Íntima Where stories live. Discover now