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Coringa: Luíza, bora pra casa pô.- Falou colocando a cabeça no meu pescoço.

Luíza: Vamo não, amor.- Sorri sapeca, colocando a mão no rosto dele, acariciando.

Coringa: Você gosta de viçar, não é amor? - Sorrir.

Luíza: Continua sendo fofinho comigo, nunca te pedi nada! Dói me chamar de amor, dói?

Coringa: Já falei as paradas, Luíza. Você sabe que eu não sou acostumado. Acho coisa de viado.

Luíza: Mas eu gosto e acho fofo.- Fiz biquinho.

Coringa: Mas eu já num tô melhorando? Antigamente nem pelo nome eu te chamava. Relaxa que tudo é aos poucos.

Luíza: Eu te amo.- Falei beijando a cabeça dela.

Coringa: Eu amo você, neguinha! - Falou baixo, tirando o pescoço do meu ombro.

Segurei o rosto dele e ele levou a cabeça pra trás, eu sorrir e beijei ele.

Ele alisou minha cintura e eu a nuca dele.

Rebeca: Assim eu me apaixono mais por vocês.- Escutamos a voz dela.

Luíza: Obrigada, querida.- Dei língua pra ela.

Magrinho: Tô mó felizão, não sei por qual de vocês dois tô mais! Meus dois irmãos, caraí.

Coringa: Deixe de caô, meu parceiro.- Falou rindo.

Magrinho: Tô falando namoral pô, gado demais vocês.

Luíza: Gado é você.- Apontei pra Rebeca, fazendo ele me encarar.- Gado é você também, somos todos gados.

Coringa: Não faço parte dessa vida, mas valeu pela oferta.- Brincou.

Olhamos pro farpa e pra Beatriz, que estavam dançando na pista e trocando uma idéia, que gargalhavam alto.

Rebeca e Matheus também olhavam, mas Matheus virou pra Rebeca, abraçando a cintura dela.

Só eu e o Coringa, que estávamos sentados.

Luíza: Quer ir pra casa? - Ele concordou com a cabeça.

Coringa: Tô com dor de cabeça.- Esfregou o rosto em mim, depois parou, olhando todo meu corpo.- Aí namoral, tu tá gata demais.

Luíza: Fumou, amore? - Ele fechou a cara negando com a cabeça.

Coringa: Você está gostosa pra caralho, Luíza.- Sussurou no meu ouvido, dando um selinho no meu pescoço.

Beatriz: As alianças vai sair, vai?

Luíza: Verdade, vai? - Olhei em um tom divertido pro Coringa.

Coringa: Aliança de que? - Falou, realmente não entendendo o assunto.

Beatriz: Nunca vi ninguém se passar tanto.

Coringa: Eu já vi, você! - Respondeu na lata, me fazendo prender o riso.- Tu acha que sentar pro cara e ser amiga da mulher dele, não é se passar?

Beatriz: Vou ficar caladinha coringa, não quero arumar briga, nem com você, nem com a Luíza, muito menos no relacionamento de vocês.- Falou, dando as costas.

Ela sabia de alguma coisa.

E se estávamos falando de traição...

Coringa: Não vai pelo papo dela.- Olhou pra mim.

Luíza: Certo! - Cruzei os braços, engolindo no seco.

Coringa: É namoral pô, nunca fiz nada do que tu tá pensando não.- Assenti.

Olhei pra frente, aonde Rebeca beijava Matheus com toda vontade e amor do mundo.

De longe dava pra ver, eles se amavam muito.

Mas, ele vacilou.

Eu estou tão orgulhosa da Rebeca por ter sido forte, e ao invés de chorar, pagou na mesma moeda.

Eu não teria a coragem de olhar pra pessoa que eu amo, após saber de uma traição.

Eu iria ter nojo e todo sentimento ruim, possível.

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