[CONCLUÍDA] Overlord| Jikook

6º Reinado: Construção

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Jungkook se sentiu abraçado durante toda a noite, e quando acordou no fim dela, o professor já havia deixado sua cama.

O rosto do jovem se tornou avermelhado quando o cobriu com as duas mãos para lidar com tudo que veio imediatamente à memória.

Tinha trocado beijos com o professor.

Se um escândalo como esse saísse das portas do palácio, não, das portas de seu quarto... O Príncipe sacudiu a cabeça, afastando a hipótese. Uma vez em um dos livros que mais gostava, tinha lido que é possível morrer por um beijo, e achou a ideia ridícula.

Agora entendia bem aquela frase, e quantos sentidos poderia ter.

Suspirou ao puxar os cabelos para trás, remexendo no lugar, espreguiçando, mas esbarrou a mão em algo, no meio do tecido fino de seda, erguendo um cordão preto. Pendurado nele, havia um pedaço pequeno de madeira, do tamanho de uma falange, da espessura de uma caneta comum, a madeira era escura, e dentro dela havia um material quase fluorescente azul, que lembrava resina. Era como um pequeno mundo azulado, com pontos brancos. Neve, caindo de um fragmento de céu, sobre um fragmento de floresta.

Sorriu minimamente, apertando o objeto contra o peito, relembrando sobre Jimin. Seu corpo se sentia quente, ao trazer à memória sobre suas próprias mãos deslizando sobre ele, encontrando seus cabelos, seus lábios na pele do mais velho durante aqueles beijos, antes que dormissem abraçados. Os beijos do Professor eram doces, intensos e marcantes. Se ele o convidasse para passar a noite o beijando, não receberia recusa, certamente.

Fechou os olhos, desejando poder passar a manhã inteira imerso naquela sensação — Príncipe Jeon! — Abriu os olhos, ouvindo Chung-hee chegar. O mais novo bufou, apertando mais a visão, escondendo o rosto no travesseiro macio. — Não finja que está adormecido! Sei que está acordado, vamos, está na hora de se levantar, sim? — Jungkook resmungou, abrindo um olho quando a luz de uma das janelas veio direto em seu rosto. — Sem pirraças, seu pai já está chegando, deveria recebê-lo.

— Não acho conveniente. Ele vai tratar com o tal Jung Hoseok, e se ele deixar escapar que me viu sem máscaras?

— Shh! — Chung-hee se apressou em se aproximar do Príncipe, tentando fazer com que não falasse aquilo em voz alta. — As paredes têm ouvidos.

— Se não você pelo senhor eu estaria perdido — comentou, sentando na cama, colocando o cordão discretamente debaixo da coxa pronto para puxar as roupas que levaria para o banheiro.

— Não tão fácil, mocinho. Ainda precisa me explicar sobre sua visita noturna.

— Visita noturna? — o mais novo franziu o cenho, fingindo não compreender. Chung-hee ergueu o queixo, numa posição que Jungkook conhecia bem. Era bom que falasse logo. Mesmo que temesse sua reação, Chung-hee estava ali por ele desde sempre. Ele o defenderia com a própria vida, e sempre ficaria do seu lado. — Ah... — arrastou a sílaba. — Está falando do senhor Park... Me lembrei.