onde estamos? • ☁️

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você pode pensar até que o deus tenha conseguido sair do céu, mas não, ele passou os dias da sua vida ainda deixando as nuvens azuis escuras, carregadas de chuva e principalmente lágrimas de solidão, tristeza e angústia. os anos se passavam e os humanos continuavam sendo burros, urano sentia a necessidade de descer e ensinar algo aqueles pequenos, mas tinha certeza de que não conseguiria mais.

chegou o ano de 2015. estava calmo para ser exato, não havia visto muitos empecilhos mas não deixavam de existir. urano até aprendeu a deixar o céu um pouco mais amarelo com o tempo, os humanos gostavam bastante, mais do que o clima frio congelante das nuvens escuras. o deus podia passar horas estudando cada uma das pequenas criaturas, sempre achava algo novo no comportamento delas e isso o confortava, mesmo ainda sendo a mesma rotina. depois de pouco tempo, urano encontrou um humano favorito. o deus sempre o via na praia descansando, ele nunca entrava na água mas, sempre que se sentava na areia, ele começava a chorar. urano não sabia como ajudar mas queria muito poder dizer ao pequeno humano que tudo ficaria bem.

deus passou dias imaginando como seria ser um humano, como seria poder ajudar aquele que estava sempre triste, era de fato assustador não poder fazer nada então, toda vez que ele se colocava a descansar, desejava ser um humano. talvez só por alguns dias, talvez por um ano ou até mesmo dois, mas precisava experimentar a sensação de correr riscos e viver sem dar ordens, parecia uma aventura divertida. ele sempre comentava com eros - seu único amigo nos céus - o quanto desejava só passar la um pouco e o que surpreendeu urano foi o fato de ter convencido o amigo a ir junto quando pudessem. mas era impossível.

em um certo dia, urano acordou com eros o chacoalhando. quando abriu os olhos  o viu debaixo do mesmo que se encontrava eufórico. de primeira, urano se perguntou onde estava porque aquele não se parecia com um lugar normal, mas deixou passar tentando prestar atenção em eros.

"... E EU ACORDEI COM VOCÊ DO MEU LADO,  NÃO SEI ONDE ESTAMOS MAS PRECISAMOS SAB-"

"eros, por favor se acalme! eu também não sei onde estamos e acabei de despertar" - urano tentou o deixar mais calmo, se levantando e olhando em volta - "tem algo errado..."

"é claro que tem! se olhe ao espelho!" - eros apontou a um lado do quarto em que estavam, quando o deus se deparou com a imagem de alguém, alguém que por algum motivo estranho, não era ele.

"mas que...?" - urano se perguntava chegando mais perto da peça que refletia sua mais nova imagem - "como eu me pareço tão juvenil?"

"pare com isso, tem mais!" - eros disse novamente puxando um pedaço de pano que se estendia na parede, deixando a mostra um buraco com muita luz, urano olhou por ele e viu muitos outros deuses. mas depois que pensou e analisou um pouco, percebeu que eram pequenos demais e muitos para serem deuses.

"nós... estamos na terra?" - urano perguntou, com um sorriso crescente em seu rosto - "nós somos realmente humanos? como os que vemos do céu?"

"eu acho que sim, consigo ver as nuvens daqui" - urano correu os olhos vendo suas amadas nuvens, quase chorando de emoção por estarem finalmente em terra - "eu continuo maior que você até mesmo aqui" - eros debochou.

"de que isso importa, nós estamos em terra!" - exclamava alegre saltitando pelo pequeno cômodo.

"olha, eu também encontrei isso. parece que nossos corpos atuais pertenciam a outros humanos." - estendeu dois pequenos objetos com fotos a urano. "choi minho" e "kim jonghyun" não eram nomes familiares aos dois - "acho que devemos usar esses nomes por aqui"

"é mais apropriado, use as idades deles também, eles são mais jovens que nós dois." - explicou explorando mais achando mais pertences - "sempre vejo os humanos usando coisas assim, eles passam horas mexendo nessas coisas com telas brilhantes."

"leve consigo, provavelmente deve ser util se você sempre os vê usar" - eros (ou agora minho) continuava olhando os objetos pessoais dos dois.

"devemos nos vestir" - jonghyun afirmou e minho concordou com um aceno. os dois foram ao que parecia guardar os panos que enrolavam em seus corpos escolhendo algumas coisas.

"ei, eu devo lhe chamar de jong? parece mais fácil" - o mais alto sorriu enquanto se trocava.

"tudo bem, mas eu ainda vou te chamar de eros!"

para os dois deuses serem sinceros, nenhum deles sabia o que fazer primeiro. já haviam se vestido e estavam discutindo a mais de trinta minutos sobre o que fariam primeiro agora. era um lugar com possibilidades infinitas e nunca se sabe o que poderia acontecer. eles decidiram dar uma volta sem rumo, separados.

sky ─ jongkey.Where stories live. Discover now