sky ─ jongkey.

o que é necessário para ser feliz para sempre? • ☁️

meses se passaram. jonghyun e kibum nem mesmo trocavam palavras pelas telas pequenas e brilhantes. jonghyun estava aflito, assim como kibum. minho havia sumido assim como jinki e taemin, os dois permaneciam sozinhos, isolados em sua própria bolha esperando pra que algum ser de bom coração, utilizando uma agulha estourasse aquilo que prendia cada um a sua própria solidão.

naquele dia chovia, não normalmente. era como uma tempestade com trovoadas fortes na região onde jong morava, ele podia ouvir as ondas do mar se chocando umas com as outras mas aquilo não o assustava, ele sabia que a grande causa daquele tumulto nada mais era do que ele mesmo. faziam meses desde ele havia sorrido pela última vez e, ele odiava ser a causa do tempo daquela forma. o céu escuro o lembrava da sua vida pacata e triste acima do mesmo e o fazia chorar mais e mais. jonghyun ficava perplexo com o quanto conseguia chorar mesmo estando na terra. seu coração doía, partindo-se cada vez mais em pedacinhos. era a primeira vez que o mesmo havia experimentado a saudade. de repente jonghyun sentiu um aperto em seu coração, todos os pelos do seu corpo se arrepiaram e sua boca secou. ele sentiu uma necessidade enorme de sair de casa mesmo na chuva mesmo com as trovoadas, mesmo com toda a bagunça que ele havia feito com aquele lugar ele precisava sair. ele colocou seu moletom e saiu pela porta sem mais nem menos, andando sem rumo pelas ruas escuras e sem graça das avenidas. o pequeno deus descobriu que sua vida havia perdido toda a cor e toda a graça, como se toda a coloração das paisagens ou mesmo das casas grandes que ele amava tanto haviam sido guardadas nos potes de tintas usados pra pintar juntamente a kibum. era terrível o mundo sem cores. a praia continuava movimentada e jonghyun se assustava a cada trovão barulhento.

por um momento jonghyun olhou ao chão, caminhando como os humanos caminham mesmo em dias normais e ensolarados. ele observou cada tipo de piso diferente à frente de cada casa grande dali até que esbarrou em alguém. 'estranho - ele pensou - alguém na rua mesmo nesse tempo'

"eu sinto muito mil perdões eu não quis..." - jonghyun pedia desculpas até que levantou seu rosto, seus olhos indo de encontro aos de kibum - "k-kibum..? o que faz aqui?"

"eu precisava ver você" - abraçou o mais baixo já chorando, nervoso demais se deixando cair ao chão. os dois ajoelharam se abraçando o mais forte possível, a avenida estava vazia como se o mundo estivesse parado apenas para assistir aquele momento.

quando jonghyun menos esperou seu coração se aqueceu, a chuva parou e os dois ainda não haviam se soltado. o sol se abriu e continuavam no mesmo abraço e, foi ali que jonghyun descobriu que havia encontrado finalmente o amor da sua vida. o único ser capaz de deixar o céu ensolarado.

no fim de dois mil e quinze, não se ouvia mais falar em kim jonghyun e kim kibum, eram apenas mitos conhecidos pela cidade. jonghyun decidiu levar kibum a sua casa até porquê, para ele kibum era mesmo um deus, sempre foi. desde então nos céus ficaram sempre conhecidos como urano, deus dos céus e gaia, deus da terra. desde então o céu vive em harmonia com a terra, criando assim um mundo perfeito.