[CONCLUÍDA] Overlord| Jikook

02° Reinado: Decisão

decisão

substantivo feminino

1.ato ou efeito de decidir; determinação.

2.resolução tomada após julgamento; juízo, sentença.

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Se passou despercebido, Saren = Jin, Seokjin. Eu editei mas pode ter passado algumas vezes.

Jungkook entrou em seu quarto, ficando atrás da porta, ao deixar que seu corpo apoiasse na madeira maciça. Ainda estava atordoado demais, mas uma coisa tinha certamente aprendido ao longo de sua vida.

A facilidade de colocar seu rosto atrás de uma máscara, possibilitou também que ele fosse capaz de fazer isso, ainda que não estivesse usando uma. Bastava respirar fundo, e engolir suas insatisfações junto.

Devagar, descartou a peça e levou os olhos para os pés, vendo o esquerdo descalço. A sensação de que ia morrer naquele rio, minutos atrás ainda corria em sua mente, e a ideia de ter o que quer que fosse agarrando seu pé lhe causou mais um calafrio, a visão daquela mão o puxando para baixo... Inspirou profundamente, começando a retirar as roupas, indo para o banheiro. Como não queria chegar perto da banheira naquele instante, apenas se secou limpando-se como conseguiu, trocando tudo que vestia também, penteando os cabelos sobre a testa, e colocando uma máscara de porcelana branca, por fim. Se olhar no espelho era realmente uma das coisas que mais detestava no mundo.

Jin estava na porta do pátio, de braços cruzados olhando para fora. — No que tanto pensa? — Jungkook pergunta, e o outro quase deu um pulo surpreso.

— Em como você é imbecil... Que ideia foi aquela de ficar em pé no barco no meio do rio, moleque? Aliás, pra onde correu com Hanu ontem, não me respondeu isso até agora... — Jungkook desviou o olhar, cruzando os braços também e negando com a cabeça. 

Não adiantaria de nada falar sobre esse tipo de coisa com Seokjin. Ele deixou claro que não acreditava uma vez, não seria agora que teria mudado de ideia. Até mesmo Jungkook duvidava se nunca tivesse visto ou sentido nada, seria capaz de acreditar. Na primeira vez que teve um sonho que teve com sua mãe, contou para o amigo. Ele disse para não pensar demais nisso e não se preocupar, afinal ver o quadro e saber sobre ela podia trazer sentimentos que causavam esses sonhos. Quando sentia calafrios ao circular pela casa, mesmo com as janelas fechadas, nunca era nada além do vento, as portas que fechavam sozinhas vez ou outra, para tudo Seokjin tinha uma explicação. 

Mas aquela coisa no rio não foi uma memória confusa do meio da noite que podia ser um sonho, nem algo que ocorreu quando estava sozinho, e era isso que alarmava o Príncipe, porque estava piorando muito rapidamente, e depois de uma crise enquanto medicado, ele julgou ser melhor esconder os sintomas, que rezava que não voltassem a aparecer. E apareceram.

O Príncipe louco de Belo Monte, um mentecapto que nunca poderia receber o trono.

Alguns médicos que o trataram certamente sabiam de sua condição, e contratar novos cavaria ainda mais buracos, fendas pelas quais qualquer um poderia ver suas fraquezas como futuro Rei. Se seu Pai enxergasse isso como um problema, sua vida voltaria a ser um inferno silencioso e solitário.