começo do fim

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Isabelle narrando

Acordo com uma dor de cabeça terrível, tento me mover mas não consigo então percebo que estou presa dos pés ao pescoço,numa cadeira e com um pano na boca impedindo que eu fale.

Olho ao redor, vejo Deucalion preparando umas agulhas e tubos, Kali estava ajudando-o.

Era uma sala muito menor do que as outras, mais escura, abafada, sem muitas coisas.

Tento gritar mas o som sai abafado demais.

— Oh princesa, que bom que acordou— Deucalion se aproxima e se senta numa outra cadeira ao meu lado— Kali, comece a transfusão.

Me desespero, começo a tentar me mover de todas as formas mas é em vão.

Kali se aproxima com uma bolsa e agulha, ela larga a bolsa em cima de mim e conecta a agulha sem nenhum cuidado.

Logo meu sangue começo a fluir direto pra bolsa no meu colo.

— Isso vai demorar Deucalion, eles podem nos achar!— Kali avisa.

— Tire uma pequena quantidade mas que seja necessária para que dê certo.

Depois de uns 10 minutos, a bolsa estava um pouco mais que a metade e eu me surpreendi pela agilidade.

Eu me sentia mais fraca, sonolenta, sentia que ia desmaiar a qualquer momento.

Kali tira a agulha de mim e joga no chão, o sangue escorre pelo meu braço.

Então ela começa a transfusão no Deucalion.

Depois de um tempo, tudo já estava feito. A merda já estava feita, mas Deucalion não apresentou nenhum sintoma diferente, ele estava do mesmo jeito.

— Eu me sinto mais forte...— ele diz se levantando da cadeira, mas ele começa a tropeçar e cai no chão.

— Deucalion!— Kali tenta se aproximar.

— Fique aí— ele ergue um braço— Estou bem.

Então ele começa a mexer a cabeça pra um lado e pro outro, e quando ele se levanta, eu me assusto.

Ele estava transformado, não completamente, mas era a primeira vez que eu o via desse jeito, medonho.

Sua pele estava acinzentada, garras de fora assim como os dentes, que eram maiores que o normal pra um lobisomem, os olhos estavam na dor de vermelho sangue, também mais vermelhos que o normal. Ele parecia mais um... Demônio.

Claro!

Ele não virou um híbrido, não tem certo, mas ele ficou muito mais forte.

— Muito obrigado, querida— ele arrasta uma unha no meu rosto— Você foi muito útil para mim, mas agora eu não preciso mais de você.

Eu tento gritar nem que seja abafado, mas nem pra isso eu tinha mais força, eu já havia desisto.

— Kali, vamos.

— Mas o que faremos com ela?

— Nada, simplesmente nada. Deixe-a aí, presa, ela vai morrer aos poucos, nessa área ninguém conseguirá achá-la— ele se agachado ficando do meu tamanho— Esse é o agradecimento meu bem, não irei matar você, morra de forma natural, anjo. Agora Kali, vamos acabar com alguns cachorrinhos de estimação, chame o Ethan e vamos.

Eles dois saem da sala.

Esse era o meu definitivo fim.

Derek narrando

A Híbrida Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon