Capítulo 10.

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Olá, meus amores.

Dylan... — Uma voz baixinha e amedrontada o chamou naquela noite escura, fria e tempestuosa, o loiro abriu um de seus belos olhos claros, ainda estava com tanto sono e imaginava que estava tendo outro pesadelo estranho com o seu falecido irmão, mas Dylan apenas viu Andrew ali de, de pé e trêmulo, o que estava acontecendo?

— Uh? — Dylan murmurou baixinho, piscando preguiçoso, Andrew deu um pulinho assustado com o som do trovão, o loiro logo percebeu o porquê de o menor estar ali, Andrew estava com medo da tempestade? Hum, bem, Andrew até gostava de chuvas, mas não de tempestades, os sons provavelmente o deixavam gelado de pavor, Andrew devia lembrar-se do porão certamente — Drew, quer dormir aqui comigo hoje?

Aham, por favor, eu estou com medo — Andrew pediu em uma voz exausta, ainda demonstrando uma pequena insegurança em pedir algo assim do mais velho, ele não queria ser tão idiota ao ponto de assumir ter medo de uma tempestade, perguntou novamente com uma timidez nervosa — Eu posso dormir com você, Dylan, por favor?

Aham, ok — Dylan respondeu rapidamente, o puxando para debaixo da coberta rapidamente, com um pequenino medo de Andrew pegasse um resfriado, a última vez tinha sido ruim o suficiente, não precisavam disso novamente, Andrew ficava chato demais doente — Está confortável, Drew?

Uhum, obrigado, Dylan... — Andrew murmurou com um sorriso muito agradecido e contente, os olhos escuros de Andrew piscaram sonolentos, ele relaxou devagar contra o corpo forte e quente de Dylan, pareceu cair no sono imediatamente, Dylan o olhou dormir por alguns segundos, curioso demais.

Andrew tinha um pequeno problema, ele não conseguia se aquecer o suficiente em noites frias. Por mais que estivesse vestindo roupas quentinhas, mesmo a coberta sendo muito macia e calorosa, ele ainda sentia um frio pegajoso e ruim, penetrando a sua pele, carne e os seus ossos. Era incômodo e uma sensação sufocante. O lembrava do porão. Andrew as vezes ainda não acreditava que tinha sido resgatado.

Dylan realmente não ligava de dividir a cama com alguém, era algo relaxante, Andrew dormia quietinho, sem chutar ou roncar, as vezes enfiando as unhas em seu antebraço, mas isso não era incômodo realmente. As unhas de Andrew não o feriam de verdade, eram curtas e arredondadas, Dylan abraçou-o mais apertado contra si, os cabelos de Andrew eram muito cheirosos: maçã verde. Um cheiro bom.

Andrew tinha um cheiro único.

Os olhos azuis claros fixos no vidro da janela, as gotas de água escorrendo, o som da chuva relaxando-o um pouco, esse som o relaxava, mas podia apavorar outras pessoas.

Dylan esqueceu-se por alguns minutos que Andrew ali, começando á pensar em seu passado e em sua vida.

Andrew se mexeu um pouco, ajeitando-se e ficando quieto, ele dormia e não se movia muito enquanto relaxava na cama. Dylan apenas se manteve parado, suspirando fracamente e deitando-se em outra posição. Dormir de conchinha com o seu melhor amigo era um pouco estranho, então ele ainda segurou uma mão de Andrew, mas apenas se manteve deitado de barriga para cima.

Andrew abraçava a sua pelúcia com força, resmungando algumas palavras. Dylan as ouvia, mas sinceramente pareciam não ter sentido algum, com o que Andrew estava sonhando? Alguém que nasceu cego podia enxergar algo em sonhos? Ou eles sonhavam com sons, toques e coisas assim? Dylan queria perguntar ao seu melhor amigo, mas sinceramente isso podia ser desconfortável para Andrew, não é?

Dylan focou sua atenção em outra coisa, ele esperava que algum dia Andrew fosse adotado e bem cuidado. Todos adoravam o bom humor, a bondade e a inocência de Andrew, era algo adorável e encantador de verdade.

Porém por que ninguém o adotava? Andrew podia ter suas dificuldades sociais e escolares, também havia seus problemas de saúde, porém ele era um bom garoto, Amdrew era curioso e muito esperto, aprendia rapidamente.

Ok, ele tinha uma pele escura, possivelmente era beta e também era cego, mas porque todos precisavam ser tão exigentes? Porém dois casais tinham conversado e parecido gostar de Andrew. Então por que ninguém se interessava em adotar Andrew?

Dylan fechou os olhos, era melhor ele dormir agora, estava exausto demais. Ele não podia ficar pensando tanto, tinha uma prova difícil no dia seguinte, o loiro deveria apenas dormir.

Enquanto isso...

Logan pensava na saúde e desenvolvimento de Andrew, estava fazendo algumas reformas em sua casa para poder adotá-lo. Ele gostava de ser prevenido. Tinha pensado muito nisso tudo com muito cuidado e calmaria.

O seu lobo gritava por achar que o menino era um filhote, e bem o que Logan podia fazer? Negar os seus instintos protetores eram coisas tão difíceis, se o alfa queria proteger alguém, então ele o faria. Ele sabia que o menino podia ser um ômega, porém mesmo assim o via como um filhotinho e não como um parceiro em potencial.

Bem, ele tinha ido ao orfanato algumas vezes para conversar com o diretor.

Ele sabia que havia um beta protegendo Andrew, um garoto loiro e alto, que era reservado e um pouco perto de estranhos, mas agia docemente ao lado de Andrew. Dylan, o melhor amigo de Andrew, ele parecia ser um rapaz cuidadoso e decente realmente. O loiro estava sempre tirando o garoto menor de brigas, confusões ou problemas.

Parecia que Dylan tinha um sexto sentido quando se tratava de Andrew.

Logan estava realmente pensando em adotar Andrew. Ele achava que o menino era adorável demais, ele também estava crescendo bem agora que estava fora do porão imundo.

Andrew estava mais saudável, bronzeado e feliz. Parecia alguém diferente do menino resgatado do porão. Ele tinha um sorriso brilhante, seus olhos transmitiam uma vivacidade própria, Andrew estava feliz com a sua vida e amizades.

Logan tinha visto as fotos de onde o menino fora mantido como prisioneiro: um porão sujo, tinha restos de comidas podres no chão, urina e fezes no colchão velho, uma coberta fina e rasgada que também estava no chão, algumas roupas em uma caixa suja, o lugar era totalmente horrível e escuro, empoeirado. Tão imundo que o fez se sentir mal só de ver as fotos.

Não havia livros, brinquedos ou qualquer forma de passar o tempo ali. Não havia nada. O porão era frio, muito frio mesmo e empoeirado. Provavelmente o garoto ainda tinha problemas para se aquecer. Se Andrew não tivesse sido encontrado, provavelmente teria morrido de fome ou de desidratação ou de frio naquele porão escuro. O menino realmente poderia ter morrido.

Que bom que os pais de Andrew estavam presos e que permaneceriam assim por vários anos. Cometer crimes contra filhotes era severamente punido com a prisão perpétua sem direito á condicional ou á pena de morte. Sem poder de recorrer. Se Andrew tivesse morrido no porão pela a negligência deles, Logan sabia que os pais do garoto teriam cumprido alguns meses de prisão e seriam mortos com injeção letal ou cadeira elétrica.

Crimes assim deviam ser punidos com completa severidade para que ninguém tivesse coragem de cometê-los.

A lei era algo rígida realmente. Bem, a lei também não era totalmente boa para todos, Logan sabia disso.

Logan suspirou, bem, dali alguns dias ele daria início ao processo de adoção de Andrew.

O menino e Logan começariam com felicidade uma nova fase em sua vida.

O mais velho estava feliz por isso.

Andrew também se sentiria feliz por ser adotado, não é?


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Até o próximo capítulo, meus amores.

Através da Escuridão.Donde viven las historias. Descúbrelo ahora